266° capítulo

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Maria Clara.

Eu estava de cama, tomei uma injeção muito dolorosa e agora não tô me sentindo bem.

- Maria. - Malu me tocou.

- oque ela me deu? - digo com medo e fraca.

- eu não sei. - Malu queria chorar.

- eu vou pedir pra ela parar. - disse Mari com medo também.

- não tem como fazer ela parar agora. - disse Malu. - vamos sair daqui logo, seja forte, só isso.

Senti seus carinhos e os da Mari também e fechei os olhos aos poucos pegando no sono.

Henrique.

Fumei o décimo cigarro, três anteontem, três ontem e quatro hoje.

Estava chapado e bem. Muito bem.

Fora o cheiro da Maria que estava no moletom dela, tão pequeninho e rosa.

Se você morrer, me mato, mas por enquanto tô aguentando firme e forte enquanto você estiver por aí.

Mas vamos ficar juntos pra sempre.

- Henrique.

- ahn. - digo atirado na cama com os olhos fechados.

- cara que fedor de maconha. - era Pedro.

- só sair. - digo com preguiça.

- mano não é assim que se resolve as coisas, pensa se Maria ia querer isso. - refleti. - cara olha esse lixo. - abri os olhos aos poucos. - da isso. - pegou o resto da maconha da minha mão.

- sai Pedro, eu tô bem.

- vê se a mãe quer isso. - me sentei na cama e senti uma vibe tão boa. - vai toma um banho.

- eu não tô afim.

- Priscila vai trazer o Vitor. - abri os olhos ficando sério. - vai lá, não pode ficar assim quando ele vim. - me levantei, meio tonto mas cheguei no banheiro, deixando o moletom da Maria sobre a cama. Talvez eu tenha acabado com o seu perfume.

Liguei o chuveiro no quente e me enfiei ali em baixo.

Vitor tá vindo, é a única coisa que me mantém bem além da maconha.

Após um tempo, depois de me lavar, Pedro entrou no banheiro e deixou uma toalha e falou que tinha uma roupa na cama pra mim, aí eu saí e ele já tinha saído do quarto.

Me vesti com uma calça de moletom e uma blusa normal. Não era o meu favorito mas tava bom.

Me sentia melhor aliás, mas ver e sentir o perfume da Maria no seu moletom agora, estava me deixando mal.

Guardei dentro do guarda roupa, arrumando o cabelo e colocando um chinelo.

O quarto realmente tinha um cheiro forte de maconha e era bom, mas abri a porta da sacada e passei perfume em mim e um pouco no ar, descendo logo em seguida.

- bom dia Henrique. - disse minha mãe. - parou de se drogar naquele quarto? - perguntou brava.

Pra elas a muitos modos e meios de sessar a dor, mas eu só consigo com maconha.

- Pedro disse que o Vitor tá vindo. - peguei água na geladeira.

- não, ficar tirando um recém nascido pra rua toda hora não dá. - olhei pra ela.

- ele não vem? - negou.

- não sei da onde Pedro tirou isso.

- foi pro seu bem. - ele apareceu. - melhor assim, viu? - comecei a ficar triste de novo.

• ʙᴀʙʏ ɢɪʀʟ 2Where stories live. Discover now