290° capítulo

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Maria Luísa.

- tá... Posso ser o pai mal só hoje? - ri.

- pode. - papai e eu estávamos frente a frente na mesa, conversando sério. Com um caderno cheio de regras e uma caneta.

- regra número 1... - pegou o caderno. - sexo..

- pai.. - interrompi ele com vergonha.

- você pode... Isso aí. - não conseguiu dizer. - pode tá? - concordei com receio. - porta destrancada, não vou entrar lá sem bater mas porta destrancada. - concordei. - tá essa foi a regra número 2... Regra número 3. - queria rir. - se ele vai vim às 19 então vai ter que tomar banho certo? - penso até concordar. - ele vai fazer isso no banheiro do corredor, seu banheiro é de menina, só meninas podem entrar lá. - sorri.

- tá bom, fechado.

- ok, regra número..

- 4. - ri.

- isso... Ahn... - procurou. - ah, camisinha.

- paiii. - corei cobrindo o rosto.

- filha, isso é normal. - tocou meu braço e tirei minhas mãos do rosto. - você pode fazer.

- eu sei é que...

- entendo oque sente, por isso a porta deve ficar destrancada, caso ele force você grita.

- ele é diferente pai... A gente nem nunca tocou no assunto de sexo, não assim de combinar. - sorriu.

- que bom, mas mesmo assim, quando ele chegar eu vou dar camisinhas pra ele. - ah meu deus, sentia minhas bochechas queimarem. - regra número 5... Roupas.

- roupas?

- roupas. Iram dormir de roupas, peças íntimas, depois os pijamas, nada de só peças íntimas ou só pijamas.

- combinado. - digo concordando.

- chegamos à regra número 6. - suspirei esperando por algo ruim. - nada de vídeos.

- como assim?

- bom... Um amigo do golfe me disse que o vídeo íntimo da sua filha vazou na internet..

- pai eu nunca vou fazer isso.

- sei disso, mas ele me disse que só vazou por que o menino falou que ia colocar na lanterna mas na verdade ele ligou a câmera. - abri a boca chocada. - ela nem sabia que havia sido gravada.

- meu deus pai.

- pois é, então nada de vídeo... No caso, nada de celular. - concordei. - pronto.

- só isso? - fechou o caderninho.

- é.

- e... Drogas, bebinas..

- iram fazer isso? - neguei.

- não mais... Se eu fosse o pai da minha filha ia dizer: sem bebida, sem baseado, sem filmes mais 18, sem ficar acordado até tarde, sem banho juntos... Sexo... Milhares de coisas. - explodi ficando sem ar, papai riu.

- ah minha filha, confio em você, sei que posso confiar em você diante disso tudo, as regras servem para Gabriel, serão dadas a ele, você diz tudo que não podem fazer. - papai pegou minhas mãos. - tem bom coração, não faz coisas erradas, não comete erros... Acho que até deixo você fazer algo proibido hoje por que nunca faz nada de errado. - sorri fraquinho.

- ah pai. - me levantei indo o abraçar. - você é o meu melhor amigo.

- e você a minha. - sentei em seu colo o abraçando. - cuide de você, digo pra fazer... Sexo... Mas se respeitando, se não está pronta deve dizer, não ache que só por que ele quer, significa que você tem que fazer, entendeu? - concordei. - ele não ficará triste, homens não ficam triste por que foram negados a isso, e esse Gabriel é um bom rapaz. - sorri.

• ʙᴀʙʏ ɢɪʀʟ 2Where stories live. Discover now