277° capítulo

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Maria Clara.

Eu estava meio desconfortável com um menino na aula hoje, ele era legal mais... Fazia piadas e brincadeiras que eu não me sentia a vontade.

Ele disse que era "humor negro", mas sei lá...

Porém essa aula era de matemática e o professor viu que eu estava muito desconfortável e me tirou de perto dele.

Isso gerou... Uma conversa.

"Maria, precisa ter voz pra dizer que não tá gostando".

Eu xinguei ele, e quando eu tive voz pra dizer que eu não queria estar entre suas mãos e ele não me ouviu?

Que ilário, não?

- aaaah eu quero esse. - digo ficando de joelhos na cadeira do balcão, eu estava em casa e contei pro daddy sobre o ocorrido hoje.

- tem várias coisas meu amor. - daddy tinha feito compras, ele saiu duas horas antes do trabalho só pra fazer compras e achou várias coisas que eu podia comer e coisas gostosas também, tipo waffles! Mas a gente não tem aquele negócio pra fazer ele, tipo a torradeira, mas o daddy já comprou pela internet e vai chegar logo.

- mais posso comer esse? - concordou e fiquei feliz.

Era pipoca... Colorida e doce!

- ó a tigelinha. - me entregou e me sentei direito abrindo o saquinho. - quer conversar? - ia tirando as compras da sacola.

- sobre oque? - fechei o pacote após pegar o necessário de pipoca mas daddy pegou, fechou melhor e foi guardar colocando um prendedor pra não abrir.

- sobre oque me falou no carro.

- sobre o menino? - concordou.

- que tipo de piada ele fez? - suspirei.

- era humor negro igual ele disse, eu não sei oque é mas ele zuou o meu infantilismo. - comi uma pipoca, a rosa. - hummmmmm é muito bom! - daddy sorriu.

- tá mais... Ele te xingou? - neguei.

- não daddy, ele era nerd eu acho, por que ele também falou de jogos no computador e ele lê livrinhos.

- livrinhos? - concordei.

- é, tipo em quadrinhos.

- aaaaa. - disse entendendo. - e o... Daniel...

- viu que eu não tava gostando e me tirou dali, aí ele conversou comigo sobre o ocorrido e falou pra eu ter voz. - eu continuei comendo.

- hum. - disse bufando bravo. - a hora que eu dar um soco na cara dele...

- daddy, você não pode ter ódio.

- não tem como. - bateu a caixinha de leite no balcão e me assustei. - desculpa. - colocou a mão no rosto. - eu não estava lá quando ele fez aquilo contigo, então na minha cabeça ele te tocou de todos os jeitos. - penso, lembrando.

- ele só me prensou na parede... E até tocou mas não tirou a minha roupa ou me bateu. - daddy suspirou.

- tá. - continuou tirando as coisas da sacola.

- eu sei que não gosta dele.

- eu odeio ele.

- tá mais você precisa lembrar que ele me ensina matemática.

- eu posso pagar um professor bem melhor. - respirei fundo.

- tá daddy para, a Helena não quer ficar ouvindo sobre o Daniel. - continuei comendo e daddy continuou guardando as coisas.

• ʙᴀʙʏ ɢɪʀʟ 2Where stories live. Discover now