258° capítulo

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Mariana.

E-eu... Acho que... Fiz uma besteira.

Mas pensem comigo... Só assim poderei sair daqui.

Se existir uma mãe de verdade, ela vai me salvar, mas pra isso... Preciso delas.

- filha eu entendo que Malu era sua melhor amiga...

- mas você disse que ela não morreu. - mamãe estava com pressa, precisava sair pra se encontrar com alguém importante, que até então estavam passeando pela França também.

- eu sei que falei, sua amiga está viva...

- e... - ela colocava seus celulares dentro da bolsa assim como outras coisas.

- filha a mamãe realmente precisa ir rápido, peça o café da tarde, oque quiser tá bom? - me deu carinho.

- mamãe quero ela de volta.. - digo como se não fosse a minha última frase.

Me virei pra ela e ela pra mim.

- filha..

- você sabe sequestrar uma pessoa... Faça isso. - engoli em seco. - ela vai ficar feliz em me ver.

- como eu farei isso..

- mamãe... Eu tenho certeza que ela é infeliz onde está. - mamãe suspirou. - e... Tem a irmã dela também. - eu suava. - precisa trazer as duas. - mamãe me olhou triste e veio até mim.

- entendo que está chateada.

- mamãe será como presente de aniversário. - mamãe sorriu.

- meu bebê vai fazer 17 anos. - por incrível que pareça, Sabrina e eu nascemos no mesmo dia.

Mas ela não é como eu e Malu, só somos parecidas. Uma vez Luis disse que a gente não passava de "sócias", eu não sei oque significa mas estou praticando aulas aqui na França, o francês parece mais fácil do que o português.

Vou pesquisar mais tarde no meu dicionário.

- será que... Você pode fazer isso por mim? - perguntei tímida. - mamãe... - a olhei. - é muito importante. - vi que o seu olhar mudou, mas pra bom.

- tudo bem. - sorri. - mas só quando a gente voltar para o Brasil. - fiquei feliz.

- ebaaa, obrigada mamãe... Eu amo você. - abri os olhos e parei de sorrir.

- eu também amo você. - olhei pra ela. - bom, peça o café da tarde tá? - concordei. - já sabe pedir? - concordei novamente sorrindo.

- Je voudrais commander un café l'après-midi pour quelqu'un s'il vous plaît. - mamãe sorriu.

- isso aí, em poucos meses vai estar falando fluentemente. - sorri animada.

Mamãe se despediu e assim que fechei a porta e tranquei, parei de sorrir e comecei a ficar com falta de ar.

- bombinha... Cadê a... Bombinha.. - procurei eufórica e estava em baixo da almofada no sofá da sala.

Apertei duas vezes e respirei fundo fechando os olhos.

Me senti melhor.

Eu acabei de... Colocar minhas irmãs em perigo.

Mas só assim poderei sair daqui.

E eu amo a mamãe, eu a amo tanto, me sinto protegida do seu lado.

Mas julgando pelos fatos... Mamãe é uma pessoa horrível.

Ela matou milhares de crianças, todas mortas por seus mandados claro.

E todas que foram estupradas e sequestradas, mamãe não ligou nem um pouco pra dor delas.

• ʙᴀʙʏ ɢɪʀʟ 2Where stories live. Discover now