Capítulo 12

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•• Cristina Megalos ••

Infelizmente eu não conseguia bolar nenhum plano que fosse capaz de despistar o meu pai e o Alexandre, pensei por longos minutos, conversei com a Júlia e nem mesmo ela conseguia pensar em algo, na verdade ela tentou fazer com que eu desistisse dessa loucura, mas eu vou de qualquer maneira.

— Eu não vou deixar você ir sozinha, eu vou com você! — ela afirmou e eu pulei em seu pescoço e dei um abraço bem apertado.

— Você sabe que é como uma irmã para mim né? — ela fez que sim com a cabeça e me abraçou com força também.

Eu sempre quis ter uma irmãzinha ou um irmãozinho, mas após o meu nascimento, minha mãe teve complicações e foi necessário retirar o útero.

— Cris, mudando de assunto. Onde está o seu guarda-costas? Ele está atrasado vinte minutos… — ela olhou o relógio no pulso e depois olhou para o lado. — E o meu pai já chegou! — ela acenou para ele e sorriu.

— Com certeza ele deve estar com a namorada dele e esqueceu de vir me buscar! — falei, cruzei os braços e fiquei de cara feia, é inadmissível que ele não cumpra o trabalho por causa de uma mulher.

— Está com ciúmes! — ela me empurrou levemente e seu rosto ganhou um sorriso enorme. — Não julgo, ele é muito gato!

—JÚLIA! — repreendi e ela gargalhou.

— Vamos para a minha casa já que ele não veio até agora, não vou deixar você aqui sozinha! — ela pegou a minha mão e saiu me puxando sem esperar a minha resposta.

Fui com ela sem questionar, era melhor estar com pessoas conhecidas do que dentro de um taxi com um estranho. Júlia é uma amiga incrível, esteve sempre ao meu lado nos momentos bons e ruins, torce pela minha felicidade e eu pela felicidade dela.

— Olá! — cumprimentei o pai dela com um aperto de mão.

— Olá! — ele sorriu para mim e depois olhou para a filha.

— Pai, essa é a minha amiga Cristina que tanto falo, ela pode ir conosco hoje? — ela questionou e fez cara de cachorro sem dono.

— Claro que pode! — ele falou com simpatia. — Vamos!

Entramos todos no carro e em poucos segundos já estavamos indo. Confesso que estou ansiosa e feliz por estar indo pra casa da Júlia e por estar indo para um lugar diferente.

Quando se trata de sair, de conhecer novos lugares e novas pessoas, eu volto a ser a criança que ficou presa em casa por anos.

— É longe a casa de vocês? — quebrei o silêncio de cemitério que havia se instalado entre nós.

— Não muito, estamos já chegando! — o pai da Júlia respondeu. — Então Cristina, o que o seu pai faz?

— Meu pai é empresário… — respondi e ele assentiu.

Não demorou muito para chegarmos. A casa da Julia é muito linda e é grande também, assim que entramos a mãe dela me deu um forte abraço e disse que eu sou muito bonita.

Estavamos almoçando quando meu celular começou a vibrar em meu bolso, desliguei rapidamente e coloquei no silencioso. Continuei almoçando calmamente em meio a alegria da família da Júlia, eles estão sempre sorrindo e conversando. Eu já sabia que eles eram uma família unida, mas agora eu tenho certeza e os admiro ainda mais.

— Quer comentar algo Cristina? — a dona Iná questionou após perceber que eu estava olhando-os.

— Não, não. Podem continuar, só achei incrível a relação de vocês! — sorrimos uma para a outra e no mesmo instante a conversa foi retomada.

Para Sempre Seu ProtetorOnde as histórias ganham vida. Descobre agora