•• Cristina Megalos ••
Infelizmente eu não conseguia bolar nenhum plano que fosse capaz de despistar o meu pai e o Alexandre, pensei por longos minutos, conversei com a Júlia e nem mesmo ela conseguia pensar em algo, na verdade ela tentou fazer com que eu desistisse dessa loucura, mas eu vou de qualquer maneira.
— Eu não vou deixar você ir sozinha, eu vou com você! — ela afirmou e eu pulei em seu pescoço e dei um abraço bem apertado.
— Você sabe que é como uma irmã para mim né? — ela fez que sim com a cabeça e me abraçou com força também.
Eu sempre quis ter uma irmãzinha ou um irmãozinho, mas após o meu nascimento, minha mãe teve complicações e foi necessário retirar o útero.
— Cris, mudando de assunto. Onde está o seu guarda-costas? Ele está atrasado vinte minutos… — ela olhou o relógio no pulso e depois olhou para o lado. — E o meu pai já chegou! — ela acenou para ele e sorriu.
— Com certeza ele deve estar com a namorada dele e esqueceu de vir me buscar! — falei, cruzei os braços e fiquei de cara feia, é inadmissível que ele não cumpra o trabalho por causa de uma mulher.
— Está com ciúmes! — ela me empurrou levemente e seu rosto ganhou um sorriso enorme. — Não julgo, ele é muito gato!
—JÚLIA! — repreendi e ela gargalhou.
— Vamos para a minha casa já que ele não veio até agora, não vou deixar você aqui sozinha! — ela pegou a minha mão e saiu me puxando sem esperar a minha resposta.
Fui com ela sem questionar, era melhor estar com pessoas conhecidas do que dentro de um taxi com um estranho. Júlia é uma amiga incrível, esteve sempre ao meu lado nos momentos bons e ruins, torce pela minha felicidade e eu pela felicidade dela.
— Olá! — cumprimentei o pai dela com um aperto de mão.
— Olá! — ele sorriu para mim e depois olhou para a filha.
— Pai, essa é a minha amiga Cristina que tanto falo, ela pode ir conosco hoje? — ela questionou e fez cara de cachorro sem dono.
— Claro que pode! — ele falou com simpatia. — Vamos!
Entramos todos no carro e em poucos segundos já estavamos indo. Confesso que estou ansiosa e feliz por estar indo pra casa da Júlia e por estar indo para um lugar diferente.
Quando se trata de sair, de conhecer novos lugares e novas pessoas, eu volto a ser a criança que ficou presa em casa por anos.
— É longe a casa de vocês? — quebrei o silêncio de cemitério que havia se instalado entre nós.
— Não muito, estamos já chegando! — o pai da Júlia respondeu. — Então Cristina, o que o seu pai faz?
— Meu pai é empresário… — respondi e ele assentiu.
Não demorou muito para chegarmos. A casa da Julia é muito linda e é grande também, assim que entramos a mãe dela me deu um forte abraço e disse que eu sou muito bonita.
Estavamos almoçando quando meu celular começou a vibrar em meu bolso, desliguei rapidamente e coloquei no silencioso. Continuei almoçando calmamente em meio a alegria da família da Júlia, eles estão sempre sorrindo e conversando. Eu já sabia que eles eram uma família unida, mas agora eu tenho certeza e os admiro ainda mais.
— Quer comentar algo Cristina? — a dona Iná questionou após perceber que eu estava olhando-os.
— Não, não. Podem continuar, só achei incrível a relação de vocês! — sorrimos uma para a outra e no mesmo instante a conversa foi retomada.
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Para Sempre Seu Protetor
Romance[Concluído] As mentiras começaram antes mesmo de Cristina Megalos nascer e aumentaram com o passar dos anos. Atualmente, aos 20 anos de idade, Cris luta pela sua liberdade pois foi privada de viver pelo seu pai, o maior mafioso da Grécia. Sua luta t...