Capítulo 22

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•• Cristina Megalos ••

O que uma boa noite de sono não resolve? Após um belo jantar acompanhado de algumas taças de champanhe, dormir era a minha única preocupação.

Ontem consegui fazer tudo que tinha em mente e foi tudo perfeito, calma e frieza realmente são virtudes invejáveis pois você não se preocupa com as consequências e quando elas chegam, você lida com elas como se não tivessem importância. Fico um pouco triste por eu não ser assim todos os dias.

Hoje não tenho planos, deixarei a monotonia de meus dias se instalar e apenas farei o necessário.

— Bom dia! — falei assim que encontrei o Alex na mesa da cozinha.

— Bom  dia! — ele respondeu e sorriu. — Vamos sair hoje? 

— Depois do almoço? — questionei e ele assentiu. — Vamos então!

Tomamos nosso café da manhã em silêncio e logo depois o Alex me levou pra faculdade como sempre. 

— Hoje eu não ganho beijo? — perguntei assim que tirei o sinto.

— Ganha quantos você quiser! — Alex respondeu e se aproximou para nos beijarmos.

Estava com saudades de ficar assim com o Alex, ontem a gente não conversou muito e acho que nem nos beijamos. Eu amo o fato dele respeitar meu espaço quando preciso, Alex fica super de boas com isso pois sabe que sou assim.

— Preciso ir! — falei quando terminamos o beijo.

— Queria ficar com você o dia inteiro… — Alex choramingou e eu dei um selinho.

— Depois do almoço ficaremos juntinhos! — falei enquanto acariciava seu rosto e finalmente sai do carro.

Eu amo esses pequenos momentos, afinal, são eles que tornam o relacionamento forte e precioso.

— Bom dia flor do dia! — Júlia falou com um sorriso de orelha a orelha quando me viu.

— Bom dia princesa! — falei e abracei ela. — Por que está tão animada?

— Tive a melhor noite da minha vida! — ela falou e piscou o olho.

— Safada! — falei e começamos a rir.

Pouquíssimo tempo depois fomos pra sala pois nossas aulas estavam prestes a começar.

(…)

Quando as aulas do dia acabaram, comecei a pensar que sempre ficamos ansiosos para que uma fase da nossa vida chegue ao fim, como por exemplo as crianças do ensino fundamental que esperam ansiosas pelo ensino médio,  os adolescentes do ensino médio esperam ansiosos pela faculdade, e nós da faculdade sonhamos com o dia do exercício de nossa profissão. 

Tudo em nossas vidas são fases, são etapas que não vivemos como deveria pois estamos ocupados demais sonhando com a próxima fase. E sabe o que é mais engraçado nisso tudo? A próxima fase pode não chegar!

Deixamos nossos dias passarem como se não fossem nada, deixamos de agradecer o que temos por causa de algo que não possuímos. Nós somos idiotas ao ponto de deixar o que é mais importante passar, deixamos de enaltecer o mínimo porquê ele simplesmente não é o extraordinário, mas se nós não vemos o simples, como veremos algo extraordinário?

Enaltecer o mínimo, agradecer o mínimo que possui, fazer o mínimo que pode, são coisas que aos poucos se tornam extraordinárias para si mesmo ou para  alguém.

— Cristina! — escutei uma voz masculina falar e me tirar de meus pensamentos.

— Oi?! — questionei assustada e olhei na direção da voz, era o Pedro.

— Estava no mundo da lua era? — ele brincou.

— Pode se dizer que sim! — falei e paramos no corredor para conversarmos.

— Queria sair com você! — Pedro falou olhando em meus olhos.

— Quando? — questionei.

— Agora mesmo, podemos sair pra almoçar juntos! — ele falou com uma certa empolgação.

— Desculpa, eu já tenho algo planejado… — Falei e sorri um pouco sem graça.

— Tudo bem, quem sabe na próxima né?! — ele sorriu sem graça também e foi embora.

Que falta a Júlia faz nessas horas, essa garota teve que sair logo na terceira aula. Revirei os olhos quando lembrei disso e continuei meu caminho.

Me deu frio na barriga assim que tive visão da frente da faculdade, estou ansiosa para sair com o Alex, sempre fico assim.

Saí rapidamente pra calçada mas não estava vendo o carro do Alex em lugar nenhum, comecei a andar um pouco devagar na procura dele pois havia muitos carros e pessoas circulando.

Meu coração começou a bater mais rápido, aquela situação estava me deixando preocupada e aflita, assim que olhei pra frente, vi o homem que tinha visto no outro. Nossos olhares se cruzaram mas dessa vez ele não desviou, me encarou com tanta frieza que eu tenho certeza que a minha respiração parou por alguns segundos. Dei alguns passos para trás e ele para frente, em poucos segundos eu já tinha dado as costas e andava com passos rápidos.

— Xiiiii! — ele falou quando tampou minha boca com sua mão. — Vou tirar a mão da sua boca, mas faça o que eu mandar ou eu atiro!

Senti a arma no meio das minhas costas e não tive outra escolha a não ser fazer o que ele me pedisse, não tinha nem mesmo como realizar algum golpe para tomar sua arma.

— Ok! — respondi com a voz falha.

— Sem gracinha! — ele avisou e me deu um leve empurrão para que eu andasse.

As pessoas a nossa volta estavam tão distraídas com suas rotinas intensas que nem se quer percebiam o que estava acontecendo comigo. Uma vontade de chorar enorme me invadiu e eu só desejava que o Alex chegasse a tempo de me tirar dos braços desse cara.

Eu me estava me sentindo indefesa, estava me sentindo como uma criança perdida e longe de seus pais. As lágrimas começaram a escorrer pelo meu rosto e eu perdi as forças das minhas pernas, não conseguia andar e aos poucos tudo foi ficando escuro.

— Ela tinha que desmaiar? Droga! — escutei a voz do homem que me segurava como se estivesse muito longe de mim.

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Oiii

Esse capítulo foi um pouco menor pois eu não queria estender muito, queria deixar um suspensezinho kkkkk

Vou TENTAR fazer o próximo capítulo um pouco maior. ❤

É isso, não tenho muito o que falar  kkkk

Aguardem o próximo capítulo Ok? ❤

Para Sempre Seu ProtetorOnde as histórias ganham vida. Descobre agora