•• Alexandre Pachis ••
Após deixar a Cristina na faculdade, fui até a "empresa" do André conversar sobre a Luz. É melhor contar a verdade e ter a consciência limpa do que contar uma mentira e arcar com as suas consequências desastrosas.
Assim que cheguei no esconderijo do André fui á sua procura.
— Onde está o Sebastian? — perguntei a um dos guardas.
— No escritório! — concordei e fui até lá.
Meu coração estava disparado, minhas mãos molhadas de suor e a respiração desregulada. Ninguém sabe o que esperar do Sebastian, tenho receio dele querer tirar a Luz de mim ou me demitir, quero continuar protegendo a Cristina mas também quero criar a Luz.
Se ele me pedir pra escolher uma das duas, eu fujo com elas e pronto, não vou perder nenhuma.
— Pode entrar! — Sebastian falou após eu bater na porta.
— Podemos conversar? — questionei e ele apontou a poltrona em sua frente para que eu sentasse.
— Diga! — ele falou.
— O senhor lembra que eu estava cuidando de uma bebê por uns dias? — questionei.
— A filha do seu amigo que estava com a esposa internada, né isso? — ele perguntou e eu assenti.
— A esposa dele não resistiu e faleceu, meu amigo por sua vez não suportou a ideia de viver sem ela e se matou. Eu estava pensando em ficar com a filha dele, não quero que ela vá para um orfanato! — contei uma meia mentira e comecei a rezar para que ele acreditasse.
Sebastian olhava no fundo dos meus olhos com uma expressão pensativa, eu não sabia dizer o que ele iria falar ou se ele acreditou no que falei.
— Você se apegou a ela não é mesmo? — sorri e assenti. — Pode ficar com ela desde que isso não afete o seu trabalho!
— Muito obrigado! — agradeci com um enorme sorriso e me levantei.
— Vou te ajudar com a documentação para que não tenha problemas. — ele falou me pegando totalmente de surpresa.
— Obrigado! — agradeci e apertei sua mão.
Me surpreendi com a atitude pacífica do Sebastian pois ele não costuma ser tão bondoso, talvez exista algo por trás disso e eu vou ficar atento a qualquer sinal que seja.
(…)
Passei a manhã inteira brincando com a Luz, ficar com ela sem medo de perde-la é algo indescritível, mas esse medo não foi totalmente embora, a questão da documentação ainda não foi resolvida.
Estava tudo tão tranquilo que não percebi as horas passarem e quando finalmente me dei conta, eu já estava atrasado meia hora pra buscar a Cristina.
Mais uma vez sai correndo, deixei a Luz com a Ester e fui buscar a Cristina. Assim que cheguei na frente da faculdade me deparei com um prédio vazio e meu coração começou a bater compulsivamente, minha mente parecia o deserto e minha respiração parou por alguns segundos.
— Cristina! — falei, sai do carro e olhei para todos os lados.
Sabe quando você está em uma situação inesperada, preocupante e não sabe o que fazer? Eu estou assim!
Peguei o celular e liguei para ela, mas ninguém atendia. Liguei o rastreador do celular e procurei pelo celular da Cristina, estava se movendo e parecia estar indo em direção ao porto.
Pensei em ligar para o André mas preciso averiguar a situação primeiro, se ele souber que falhei na simples tarefa de buscar a Cristina na hora certa por causa da Luz, ele com certeza vai fazer de tudo para me tira-la.
Lembrei que a amiga da Cris está namorando com o Vinicius que também trabalha para o Sebastian, tenho certeza que ele pode me ajudar. Peguei o celular e liguei para ele.
— Oi Vinicius, vou direto ao assunto pois estou sem tempo, pergunta a Júlia se ela sabe onde a Cristina está, mas pergunta de uma forma discreta! — falei assim que ele atendeu.
— Pode deixar, assim que ela me falar eu te ligo, precisa de ajuda com mais alguma coisa? — ele questionou.
— Talvez sim, fica atento ao celular! — falei.
— Pode deixar! — ele falou e eu desliguei o celular.
Continuei seguindo o sinal do celular da Cristina e eu espero que ela esteja com ele, espero que ela esteja bem.
Com o passar dos minutos o raciocínio começou a funcionar e lembrei que nesta área existe a venda clandestina de mulheres, muitas acabam sendo vendidas para donos de prostibulos ou são usadas por uma única pessoa como escrava sexual. As vendas acontecem em um navio e o dono é um amigo do Sebastian, esse amigo paga uma pequena porcentagem ao Sebastian para que o mesmo permita o funcionamento dos negócios.
Se a Cristina estiver lá, talvez eu consiga me infiltrar, mas se ela foi sequestrada pelo dono e ele estiver afim de usa-la para chantagear ou confrontar o Sebastian, tudo estará terrivelmente perdido.
Meu celular começou a tocar, era o Vinicius.
— Oi?! — falei assim que atendi.
— A Júlia falou que saiu mais cedo da faculdade e a Cristina só sairia na última aula... — ele falou.
— Obrigado, eu tenho algumas ideias do que pode estar acontecendo, você pode vir ao porto? — questionei.
— Posso, chego já aí! — ele falou e desligou o celular.
Faltava alguns míseros quilômetros para chegar no local exato do sinal do celular da Cris. Tudo indica que a minha teoria está certa, alguns carros estão próximos ao navio que está ancorado e o sinal vem de algum desses carros.
Estacionei em um local um pouco afastado mas que tinha ampla visão dos veículos e do navio. Irei esperar o Vinicius para dar início ao plano.
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Oiiiii ❤
Eu sei que demorei, mas é que eu não estava com muita criatividade nesse capítulo (acho que deu pra perceber) e por isso ele foi um pouquinho menor.
O livro está fluindo e eu estou muito feliz com isso, ainda tem muuuuitas surpresas pela frente e eu conto com a leitura de cada um de vocês. ❤
Obrigada a todos que estão acompanhando. ❤
Gostaria que vcs me falassem o que estão achando do livro, podem comentar nos capítulos ou no pv, eu sempre respondo.
É isso, beijos e até o próximo ❤
ESTÁ A LER
Para Sempre Seu Protetor
Romance[Concluído] As mentiras começaram antes mesmo de Cristina Megalos nascer e aumentaram com o passar dos anos. Atualmente, aos 20 anos de idade, Cris luta pela sua liberdade pois foi privada de viver pelo seu pai, o maior mafioso da Grécia. Sua luta t...