|Bolinhos|

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No dia seguinte, quando chegamos na escola, todos só falavam da festa. Contavam como haviam se divertido e até mesmo bebido de forma deliberada. Eu ainda sentia o sermão do meu pai, como se ele tivesse acabado de dar, então nem imagino o que teria acontecido se tivéssemos ingerido bebidas alcoólicas.

ㅡ Isso é injusto. ㅡ ouvi a voz de Noram e vi quando adentrou o colégio. Do lado de fora estava tio Nam e ele acenou para nós.

ㅡ Bom dia Nono. ㅡ Alisha o cumprimentou, juntando sua mão a dele.

ㅡ O que é injusto? ㅡ perguntei.

ㅡ O papai Jin tirou o meu cartão da mesada, ele disse que vou ficar um mês inteiro sem comprar nada...

ㅡ Não é injusto, nós merecemos. ㅡ falei olhando ao redor. ㅡ Vocês viram Jongin?

ㅡ Ué, ele não veio com vocês no ônibus? ㅡ Noram perguntou. Neguei.

Nabi entrou no colégio logo em seguida, acenando para nós, mas parou para esperar Jennie e Jisoo que acabavam de chegar.

ㅡ Vou falar com ela. ㅡ Alisha avisou antes de ir.

Continuei olhando ao redor, numa tentativa de encontrar Jongin. Noram riu, fazendo-me desviar os olhos em sua direção.

ㅡ Então vocês estão namorando?

ㅡ O quê? Não pira!

ㅡ Mas vocês ficaram, não foi?

ㅡ Foi um beijo, talvez dois ou três.

Talvez vários.

ㅡ Eu acho que vocês se gostam e isso é uma opinião bem antiga.

ㅡ Como assim, antiga?

ㅡ Ah, desde bebês vocês sempre ficaram juntos e Jongin sempre foi ciumento com você. Ele não me deixava brincar com os carrinhos dele, mas deixava você, lembra?

ㅡ Isso não tem nada a ver, só somos amigos. E você sempre quebrava nossos brinquedos, então não te emprestar era uma proteção

ㅡ Eu não tenho culpa, papai Namjoon diz que minha força é descontrolada assim como a dele, e acabo quebrando as coisas sem querer. E sobre essa amizade sua e dele... São amigos que se beijam então, não é?

Revirei os olhos e suspirei. O sinal tocou, avisando que era hora de ir para as salas que as aulas começariam. Caminhei ainda com Noram, mas ficamos em silêncio por todo o trajeto. Assim que cheguei à sala, encontrei Jongin sentado na carteira onde sempre sentávamos, lá no fundo e no cantinho, perto da parede.

Não pude conter o sorriso.

Ele acenou e me chamou. Eu fui e me sentei bem ao seu lado, aproveitando que a mesa larga e ampla proporcionava que ficássemos juntos ali.

ㅡ A quanto tempo está aqui? ㅡ Perguntei retirando minha pasta e colocando-a sobre a banca.

ㅡ Há uns quinze minutos, talvez. Tive que sair mais cedo de casa.

ㅡ Por quê? Aconteceu alguma coisa?

ㅡ Não. ㅡ ele negou sorrindo e buscou a própria mochila. ㅡ Mas eu quis passar naquela padaria que você gosta e como o papai iria ficar com meu cartão, eu fiz isso antes. ㅡ Jongin então abriu a mochila, retirando de lá uma sacola de papel marrom e se aproximou. ㅡ São suas favoritas, não é?

Meus olhos abriram num misto de espanto e surpresa e concordei com a cabeça logo em seguida. Logo senti o cheirinho dos Kyungdan na sacola e Jongin retirou um, entregando-me e me olhando com aqueles olhos gigantes logo em seguida.

UNKNOWN - Jikook | MpregWhere stories live. Discover now