|Para sempre|

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JIWAN

ㅡ Você vai mesmo falar pro tio Kook? ㅡ Jongin me olhava em um misto de medo e diversão.

ㅡ Claro que vou. ㅡ falei fechando minha pequena mala.

Estávamos voltando para Seul. Após dois anos, depois do fim do curso de Jongin, enfim estávamos voltando para a casa.

ㅡ Você sabe que ele vai querer me matar, não sabe?

ㅡ Eu te protejo. ㅡ Pisco para ele, pondo minha mala no canto junto a dele.

ㅡ Ah, é? E como?

ㅡ Bom, eu grito: corre. E você então corre.

Jongin não segurou a risada por mais do que cinco segundos e riu alto, jogando-se na cama.

ㅡ Você é louco, eu vou mesmo morrer.

Logo estávamos deixando o apartamento, e assumo que doeu em meu peito deixá-lo. Foi meu lar com Jongin por meses, nós nos divertimos muito, amamos muito e fizemos muitas besteiras juntos também, tudo nesse lugarzinho que se tornou só nosso.

ㅡ Prometo que voltaremos. ㅡ eu falo para as paredes antes de fechar a porta por fim. Jongin riu junto a mim, mas assente e me abraça pela cintura.

ㅡ Voltaremos.

Trancamos o lugar e descemos as escadas com nossas malas. Foi um tanto difícil, mas quando chegamos ao fim, respiramos aliviado. Eu logo vi a barraquinha de flores que ficava bem a frente e outra vez senti meu peito doer, até mesmo das flores dali eu sentirei saudade, já que Jongin criou uma espécie de mania onde todas as semanas ele comprava um novo buquê de flores para enfeitar nosso cantinho. E bem, eu peguei um pouco de sua mania também, por todos os cômodos de nossa casa havia flores, tantas flores que o apartamento sempre tinha uma mistura boa de aromas.

Parei para comprar uma única flor e tentei me despedir em francês com o senhor que me vendeu. Eu havia aprendido um pouco do idioma, mas ainda não conseguia falar frases sem parar para pensar ou trocar as palavras. Jongin, por outro lado, já parecia um nativo dali, porque ele falava tão bem que qualquer um duvidava quando ele dizia ser coreano.

Jongin também se despediu do homem, explicou que estávamos voltando para nosso país e eu percebi o semblante tristonho que o homem pôs após ele explicar que talvez não voltaríamos tão cedo.

Chamamos um táxi para nos levar ao aeroporto e logo estávamos despachando nossas malas. Jongin segurou em minha mão quando sentamos em nossos lugares e ele sorriu ainda tentando me fazer não falar com o papai Jungoo, pelo menos não assim que chegássemos. Jongin parecia mesmo temer o papai, porque ele sempre dizia que precisava de tempo para arquitetar formas de fugir para longe, antes que o papai o matasse.

Um exagero, eu diria. Papai Jungoo é calmo, ele nunca mataria alguém por algo bobo.

ㅡ Temos vinte anos na coreia. ㅡ Jongin falou alheio, ainda segurando minha mão. ㅡ já somos maiores de idade, podemos fazer o que quisermos, não é? ㅡ assenti. ㅡ Então acho que o tio Kook e o tio Chim não vão ficar com pilha. Acho que nem o tio Hyun... não é?

ㅡ Claro que não vão, amor. Eu fui para Paris com dezessete anos e sozinho, qual a diferença de responsabilidade agora?

ㅡ Quer mesmo que eu cite? ㅡ ele disse rindo enquanto eu revirei os olhos.

O voo demorou muito de volta, não dormimos durantes, mas chegamos esgotados. Assim que o avião pousou e desembarcamos, eu sorri por encontrar o papai Hyun com uma placa escrita "JIWAN" enquanto papai Jungoo acena com ambos os braços para cima.

UNKNOWN - Jikook | MpregWhere stories live. Discover now