Já haviam se passado cerca de duas semanas desde a minha conversa com Jongin sobre a França. Eu praticamente dormia e acordava pensando nisso, mas não comentava nada com ele na escola ou quando nos encontrávamos no jardim de casa e ficávamos apenas conversando.
Desde o dia da festa também não havíamos sequer nos beijado mais, era como se tudo tivesse voltado ao normal.
Tudo menos o meu coração que ainda parecia completamente entregue a ele.
ㅡ O que há nessa cabecinha, uh? ㅡ ouvi a tia Sky perguntar. Olhei-a sorrindo quando ela se aproximou.
Eu estava no sofá da sala, jogando videogame ali porque a TV era maior que a do quarto. Tia Sky sentou ao meu lado, sorrindo tão doce quanto papai Jungoo sorria.
Tio Jun-ho também entrou, mas apenas acenou para mim e foi direto para a cozinha, junto ao papai Jungoo e papai Minie, que pareciam um pouco bravos com ele por algum motivo.
ㅡ Não é nada. ㅡ sorri de volta e olhamos juntos quando o falatório na cozinha se estendeu e aumentou um pouco o tom. ㅡ O que aconteceu?
Tia Sky suspirou.
ㅡ Bom... Nós vamos ter um bebê. ㅡ ela disse simples.
Meus olhos se abriram em surpresa e mesmo que a tia Sky já tivesse mais de trinta anos, aquilo era mesmo uma surpresa.
ㅡ Você está grávida? ㅡ perguntei.
Ela riu negando.
ㅡ Não, você sabe o que eu penso sobre gravidez. Nunca me vi passando por isso. Mas eu e Jun-ho, alguns meses depois que casados, decidimos entrar com um pedido de adoção lá na Etiópia. Nós encontramos uma ONG que ajuda mães e pais desamparados e que querem entregar os bebês, pois infelizmente não conseguem cuidar... Fizemos nosso cadastro a cerca de dois anos, mas só nos contataram a sete meses. Nós pagamos por todo o pré-natal de uma das mulheres que queria nos entregar o bebê e agora precisamos viajar para lá porque ela em breve dará à luz e precisamos estar presente.
ㅡ Mas vocês deveriam ter nos contado desde o início. ㅡ ouço papai Jungoo reclamar ao sentar ao nosso lado e possivelmente ele esteja só repetindo o que falou para o tio Jun-ho. ㅡ Eu vou ser tio-avô, você entende isso? ㅡ eu já podia ver as lágrimas pintadas nos olhos dele.
Papai Minie já chorava enquanto abraçava de modo forte o tio Jun-ho.
ㅡ Nós queríamos ter contado, tio Koko, mas e se não desse certo?
ㅡ Há casos em que a pessoa que irá entregar o bebê desiste, você sabia? ㅡ Tio Jun-ho falou sentando à nossa frente.
ㅡ Imagina a frustração e tristeza que isso gera... ㅡ Tia Sky suspirou entristecida. ㅡ Se fosse esse o nosso caso, seria apenas a minha tristeza e a de jun-ho, não queríamos deixá-los mal com nossas coisas, entendem?
ㅡ Não entendo não. ㅡ Papai Minie falou, mas ele não parecia bravo. ㅡ mas eu estou tão feliz que poderia bater em vocês dois. ㅡ apontou. ㅡ Imagina amor, um bebezinho!
Papai Jungoo ainda parece um pouco bravo, ele realmente não gostava de ser o último a saber das coisas, mas ele entendia claramente o no caso presente, e assim, mesmo com demora, ele sorriu olhando para o papai Minie.
ㅡ E qual será o nome?
ㅡ É uma menina, e pensamos muito a respeito do nome, porque ela ainda terá as raízes culturais em si, mesmo conosco. Então pensamos em chamá-la de Ayana. ㅡ Tio Jun-ho fala completamente animado.
ㅡ Significa: Flor bonita, em africano. ㅡ Tia Sky completa. ㅡ Será a nossa flor, tio Koko. ㅡ disse olhando para o papai Jungoo ㅡ Eu nunca pensei que meu coração fosse amá-la assim, mas o sentimento que eu afastei tanto por muito tempo está aqui. E talvez fosse só medo.
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UNKNOWN - Jikook | Mpreg
FanfictionPark Jimin, um jovem pintor de vinte e seis anos, descobre que está à espera do seu primeiro bebê. Ele vê o sonho de ter a própria família no pequeno teste positivo de gravidez no momento em que o segura entre os dedos, mas a recusa de seu noivo, Yo...