mille vite per amarti

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—Não posso fazer isso. —nego com a cabeça encarando a mulher no espelho. O vestido antes perfeito agora estava apertado e não fazia nada para esconder a minha barriga gigante, meus pés estavam inchados demais para caber na porcaria dos saltos que Anna escolheu para mim, as flores me davam enjôos com seu perfume doce demais, é o pior dia. — Eu não devia ter esperado tanto, estou ridícula. Henry não quer casar com a versão free willy daquela mulher que ele pediu em casamento, nem minha bunda ta gostosa. — tento ver minha parte traseira sem sucesso no espelho soltando um soluço frustado.

—Amelia. — Anna esfrega a ponta do nariz quando olho o rosto vermelho dela.

—Agora você está com raiva de mim. — sento na cama arregalando os olhos ao escutar o barulho de tecido sendo rasgado.

É um sinal, só pode ser um sinal.

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  〰️〰️〰️〰 ️Henry Cavill ️〰️〰️〰️〰️
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—Então...— viro meu rosto encontrando o olhar do meu pai, um olhar de orgulho que não recebi durante minha vida inteira. Amélia mudou a vida de todos na minha grande família. — Você não acha que deviam esperar até minha neta nascer? Amélia não pode ter tantas emoções assim no fim da gestação.

A preocupação na voz dele é cômica já que ele vive dizendo que minha filha, ele teima que é uma menina, devia nascer com pais casados. Não que eu realmente esteja incomodado com Mia usar minha aliança novamente, ou meu sobrenome. Ou que chamar ela de minha esposa não deixe meu pau dolorido, mas são detalhes que guardo para mim.

—A médica disse que faltam algumas semanas ainda pai, e você sabe como Amélia é teimosa. Ela quer casar hoje. — por mania olho para o relógio no meu pulso enquanto as pessoas se juntam no jardim da nossa casa e o juiz está arrumando tudo atrás de mim. — Apesar de ela estar demorando um pouco mais do que eu esperava.

—Noivas se atrasam Henry. — Declan bate no meu ombro ao se juntar a nós dois no pequeno altar improvisado perto da trilha das árvores.

Amélia queria que o casamento em si fosse na padaria, mas o espaço era pequeno demais para a mente criativa de Anna e minha mãe.

—Henry. — como se minha mente chamasse a ruiva, minha irmã corre no corredor decorado com flores. A expressão em seu rosto faz meu coração acelerar e minhas mãos molharem com suor enquanto me afasto dos dois homens rapidamente.

Amélia...

—O que aconteceu? É o bebê? Cadê a Mia? — agarro os braços de Anna enquanto ela me encara ofegante. — Fale logo Anna!

—Um desastre. — meu coração da outro salto e solto ela sem escutar o resto das palavras correndo para dentro da casa sabendo que ia quebrar metade das regras da minha mãe.

Meus pés me carregam rapidamente ao nosso quarto onde elas se arrumavam e entro sem esperar permissão encontrando minha mãe com as mãos cruzadas na frente do corpo, a expressão perdida no rosto enquanto olha minha garota sentada na cama.

Ela está linda.

É a primeira coisa que consigo pensar, linda não, maravilhosa. O cabelo em uma trança com alguns cachos soltos e enfeitados com pequenas flores, a pele com um brilho leve que não tem nada a ver com maquiagem, os seios apertados contra o vestido branco e que claramente não devia ser tão decotado quanto parece, não que eu esteja reclamando. As bochechas estão vermelha, e por causa do meu deslumbre demoro a perceber que o nariz também e que ela está chorando.

—Farfalla? — murmuro me aproximando preocupado e me abaixo na frente dela escutando a porta se fechar, minha mãe provavelmente nos deixou sozinhos. — O que está acontecendo?

Dolce Pandoro - ConcluídaWhere stories live. Discover now