Capítulo 7

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Acordei antes do sol, na verdade eu nem dormi, minha cabeça estava cheia, deixei Jennie na cama, fiz minha higiene, tomei banho e fui direto para minha mesa de pesquisas.

Liguei meu notebook, tablet e imprimi um mapa dos arredores da casa dos Minatozaki's.

Só preciso encontrar uma forma de entrar e de sair dessa casa, único problema é que o cara é um cagão, depois de receber meu lenço vermelho e minha adaga ele  reforçou a segurança, instalou várias câmeras de segurança e tem um carro da polícia sempre em frente a sua casa.

Para as câmeras de segurança eu posso entrar em contato com Jimin para excluir qualquer vestígio meu, então eu não me preocupo nenhum pouco com isso.

Agora como eu vou entrar? Talvez pelo teto seja uma ideia inteligente. Descer de um helicóptero, mas talvez seja burro, pois seria facilmente visto.

Vi Jennie se aproximando tomando uma caneca de café, e tinha outra em mãos.

— Bom dia meu monstrinho. Tá estudando a morte de quem?

Ela me entregou a caneca com café e olhou para o mapa aberto na mesa.

— A casa dos Minatozaki.

— Já tem alguma conclusão?

— A principal eu não sei, preciso encontrar uma forma de entrar.

Jennie pegou meu mapa e deu uma olhada.

— Essa árvore da acesso ao muro da casa, você pode subi nela e entrar por alguma janela.

Olhei para o tablet e percebi que Jennie tinha razão. De cima do muro mesmo eu conseguiria entrar em uma janela do terceiro andar.

— O que vai fazer com relação as câmeras de segurança?

— Jimin deve dar um jeito nisso para mim.

Coloquei minha caneca com café na mesa, me encostei na mesma encarando Jennie concentrada mexendo no tablet.

— Como está se sentindo hoje?

Ela soltou uma longa respiração, mas não olhou para mim.

— Bem.

Ela respondeu seco e sem humor.

— Jen me prometa que vai me falar quando não estiver se sentindo bem? Por favor, vamos procurar um bom médico e fazer um tratamento. Podemos sair do país, passar em especialistas.

Ela deixou o tablet na mesa e enfim me encarou.

— Rosé eu não quero ficar lembrando que estou morrendo aos poucos, por favor, esqueça que eu estou doente.

— Jennie é impossível! Qual seu tipo de câncer?

— De mama.

Ela levantou a camisa pegou uma das minhas mãos e me fez apalpar um ponto do seu seio direito, dava para sentir o nódulo. Meus olhos encheram rapidamente de lágrimas. Jennie também estava chorando, ela me abraçou e me confortou, quando na verdade era para ser ao contrário.

— Não faça isso mais difícil do que já está sendo Chaeng. Preciso fazer quimioterapia, mas acho que não sou forte o suficiente para isso.

— Me desculpe, eu não consigo absorver a ideia de te perder.

Depois de uns 10 minutos abraçada a Jennie resolvi tomar alguma atitude.

— Okay Kim. – Fechei o mapa que tinha na mesa e peguei meu notebook. — Onde mesmo você queria ir? França? Vamos tirar umas férias.

Jennie me olhou surpresa, deu dois pulinhos enquanto batia palmas.

— Está brincando!

— Uma semana em Paris o que acha?

A maluca se pendurou no meu pescoço, eu a girei no ar.

— Não acredito que vai fazer isso por mim!

— O que você quiser baby, vamos fazer tudo que você quiser.

Voltei para o notebook, encontrei um vôo para Paris em duas horas.

— Roseanne não podemos ir assim! Quero comprar roupas!

— Claro que podemos, passamos no shopping para comprar o que você quiser.

Fui até meu quarto, abri uma mala, coloquei algumas roupas variadas, produtos de limpeza pessoal, documentos, cartões de crédito. Fechei meu guarda-roupa deixando todas as roupas do anjo da morte para trás. Durante esses dias eu serei apenas a Rosé. Ou melhor, a Chaeng da Jennie.

Sai com Jennie de casa, ela estacionou em um shopping, e se divertiu provando as mais variadas roupas, das mais variadas lojas. Eu apenas me sentei em uma poltrona e deixei que ela queimasse meu dinheiro.

— Ela é sua esposa? – Disse uma mulher de uns 40 e poucos anos que parecia super legal, já que Jennie havia me largado ali a mais de uma hora, seria bom conversar com uma vovó simpática.

— Am... Sim, ela é sim minha esposa. – Sorri sem mostrar os dentes.

— Ah que pena, uma gostosona dessas já ser comprometida. Olha filha, se quiser sabe, se divertir qualquer dia desses, pode levar sua esposa, eu adoraria.

Ela enfiou um papel no bolso do meu blazer, depois desceu a mão pelo meu corpo e apalpou meu seio. Dei um pulo de susto em tamanha ousadia, fui assediada ao vivo, se fosse um macho tinha morrido aqui mesmo.

Que velha tarada!

— Que delícia... – Ela piscou um olho para mim e foi embora.

Eu estava tentando raciocinar o que diabos tinha acontecido. Quando olhei para frente Jennie estava se acabando de dar risada.

— Podemos ir minha esposa?

Passei a mão no meu cabelo e levantei da poltrona com vergonha.

— Que velha safada do caralho! – Eu ainda estava abismada com o que aconteceu.

— Rosé você é bonita, fica andando toda engomadinha com roupas sociais a mulherada lésbica vai a loucura.

— Jennie eu fui assediada! – Falei baixo, mas com a voz ríspida.

— Ela pegou com vontade em? Talvez isso foi o mais próximo que uma mulher encostou em você nos últimos dias?

— Você não é uma mulher? Você pega direto nos meu seios.

Jennie voltou a rir.

— Porra aquela velha safada se apossando do meu título! Eu era a única mulher da sua vida!

Jennie no fim comprou uma mala de roupas, com tudo que precisava. Comemos no shopping, e quando saímos nosso vôo faltava minutos para decolar.

Próxima parada Paris - França.

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The angel of Death Where stories live. Discover now