Capítulo 27 (The end)

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Pov Lisa

Os anos eles podem te devolver um sorriso, e te apresentar o seu verdadeiro amor. O meu amor veio em formato de uma linda garota loira, olhinhos de gato, dentinhos pequenos que iluminam minha vida com o sorriso mais doce desse mundo. Ela é minha paz, minha luz e toda a minha vida e amor. Minha pequena Chaeyoung, não a minha primeira Chaeyoung, mas a minha segunda. Minha filha.

Amor verdadeiro de corpo e alma só existe um, eu encontrei o meu e infelizmente ela se foi antes de mim. Rosé deixou um grande buraco dentro de mim, depois dela, jamais consegui ao menos beijar outro alguém, sinto que ela ainda está comigo e nossa filha, como uma força maior que me dar força e sustentabilidade.

Fiz por Rosé a única coisa que poderia fazer, talvez ela conseguisse descansar melhor quando soubesse que matei o responsável por jogar minha pequena Roseanne naquela escuridão, o assassino que matou seus pais os Madsons, como Rosé sempre imaginou. Foi uma investigação complicada pelos anos que se passaram, usei todo meu poder na delegacia para tal feito, quando tive a certeza, peguei minha arma, descarreguei ela inteira contra aquele homem, quando vi ele se ajoelhando aos meus pés, seu sangue escorrendo, foi como tirar uma tonelada das minhas costas, eu não devia ter me sentindo bem, mas eu me senti, é como se Rosé tivesse assumido meu corpo naquele momento, e aquele, foi o último trabalho do anjo da morte, cravei uma adaga no coração daquele homem com um lenço vermelho, limpei minhas digitais, fechei a porta da casa e me retirei.

Parei a moto que Rosé tanto amava em um penhasco, e olhei para o movimento das ondas, não me senti culpada, talvez eu tenha me sentindo vingada, e acho que esse era o sentimento que Rosé sentia a cada assassinato que ela cometia, não era por ela, mas por outra garota que sofreu aquela dor. Entendi seus motivos, quando ela não estava mais aqui, Rosé se dizia ser frágil, mas ela foi a mulher mais forte que já conheci, mesmo nossa história tendo sido tão curta, foi o suficiente para me apresentar um sentimento que ela jurava não existir dentro de si. Rosé se sentia insuficiente para amar alguém, mas na verdade, esse era o sentimento que predominava dentro dela, ela não era uma assassina, não era um anjo da morte, ela era guardiã, uma justiceira, que defendia garotas, e evitou que muitas se jogassem na mesma escuridão que ela entrou depois que perdeu seus pais.

Rosé amou Jennie como uma parte de si, e foi para mim, uma parte de mim.

Um ano depois de sua morte, cinco meses depois que a tirei da escuridão vingando a morte de seus pais, eu percebi que precisava de alguém a meu lado, alguém para me fazer sorrir, amar e ser a minha luz, e não, ninguém na terra seria capaz disso, então eu entrei em uma clínica e fiz um processo de inseminação, e qual nome eu poderia dar aquela menina, se não o nome da mulher que mais amei na minha vida? Chaeyoung me devolveu a parte de mim que Rosé levou junto dela, e sim, mesmo sem estar aqui, mesmo sem ter aceitado ser a segunda mãe de Chaeyoung, eu sei que Rosé queria isso, e sei que ela onde quer que esteja é o anjo da nossa pequena garotinha.

Cheguei em casa depois de um dia exaustivo de trabalho, tirei o boné da minha cabeça e logo que entrei senti o meu pequeno amor colidindo com minhas pernas.

— Mamãe, eu estava com saudade!

Peguei ela em meus braços e enchi seu delicado rostinho de beijos.

— Já estou de volta sua grudenta. Cadê a titia Jennie?

— Mamãe sabia que a tia Jisoo tentou matar a tia Jennie? A sorte que eu cheguei bem na hora.

— Como assim filha?

Sentei no sofá com ela ainda em meus braços. Chaeyoung tem 3 anos e fala mais do que realmente deveriam.

— Ela estava em cima da tia Nine, puxando o cabelo dela, já tinha tirado a blusa, você precisa prender ela mamãe.

Comecei a rir alto e abracei Chaeyoung. A doce inocência de uma criança.

The angel of Death Where stories live. Discover now