Capítulo 13

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Passou algumas semanas, eu não mandei nenhuma mensagem para Lisa, nem como Roseanne, e muito menos como o anjo da morte.

Sai para dar uma volta de moto, comprei um buquê de flores e parei em um grande abismo que dava uma boa vista da cidade, onde eu e Jennie costumávamos vir para conversar, olhar as estrelas e as ondas do mar batendo contra a parede de pedras.

Desci da moto, fechei meus olhos enquanto olhava para as ondas lá no final daquele abismo.

— Sempre irei te amar, sinto tanta sua falta, você levou um pedaço meu, junto de você. E eu nem sabia que ainda poderia ser repartida, acho que você levou minha única parte boa com você Jennie.

Joguei o buquê de flores no mar, fiquei vendo ele boiar, e as águas o jogar de um lado para o outro.

Meus olhos se encheram de lágrimas, me sentei no chão, e coloquei minha cabeça entre minhas pernas.

Tudo era mais fácil com ela, desde que Jennie se foi, eu acho que desaprendi até a sorrir, minha vida está em uma completa escuridão e eu me sinto perdida, sem vontade de viver.

Com Jennie eu tinha alguém comigo, ela me tirava sorrisos, me mostrava caminhos. Eu tinha um apoio, agora não tenho mais nada. Tinha Lisa, mas depois daquele dia, a mulher simplesmente sumiu, deve estar até agora tentando entender o que ela é, e sem querer assumir para de própria que se interessa por mulheres, ou ela se interessa apenas por Roseanne Park? Bom, eu ainda não sou uma sexualidade para ela se referir com Rosesexual.

Acordei dos meus pensamentos obscuros e confusos com meu celular tocando. Olhei o remetente, era meu investigador pessoal.

— Pode falar senhor Jungkook.  – Falei ao atender.

— Boa tarde senhora Chaeyoung, pediu que eu te informasse quando soubesse de alguma ação policial perigosa em que Manoban estivesse. Eles estão de saída para um bairro perigoso e comandado pelo tráfico na zona oeste.

— Me envie o endereço correto por mensagem.

Desliguei a ligação, abri a mochila que sempre carrego nas costas, peguei um lenço preto e cobri meu rosto, prendi meu boné na calça, uma jaqueta para esconder meu cabelo, luvas, coloquei o capacete, depois um óculos escuro para cobrir meus olhos, caso eu desse de cara com Lisa e ela olhasse para mim. Conferi quantas balas tinha na arma da minha cintura e enfim peguei o celular conferindo o endereço que me foi enviado.

Subi na minha moto e fui na direção do endereço. Nem sei por que estou fazendo isso, mas quero me aproximar mais da polícia, quero que eles tenham certeza que eu não sou uma inimiga, muito pelo contrário.

A alguns quilômetros de chegar no bairro, eu já pude ouvir os tiros.

Estacionei minha moto pelas redondezas, tirei o capacete e escondi pelos matos, resolvi ir por cima dos prédios em parkour. Não demorei a chegar no local do tiroteio. A polícia estava em desvantagem, vi muitos deles feridos. Não demorei a perceber que tinha algum sniper atirando neles, por isso a desvantagem.

Vi outro policial ser baleado na perna, olhei na direção em que a bala veio e encontrei o cara no topo de um prédio próximo a mim.

Continuei por cima dos prédios, até chegar no que estava o sniper, pulei das telhas direto nele, quebrei seu pescoço com uma única chave de braço.

Entrei no prédio com uma arma em mãos para ver se não havia ninguém. O cara estava realmente sozinho.

Assumi a posição do sniper, a arma que ele usava era bem bosta, mas dava para o gasto.

Vi Lisa cercada por três bandidos em um beco. Ela olhava de um lado para o outro, enquanto os caras se aproximavam dela.

Derrubei o primeiro, recarreguei rapidamente a arma. Os outros dois apontaram a arma para Lisa, mirei e derrubei mais um, antes do terceiro ter alguma reação Lisa puxou o gatilho da própria arma e derrubou o cara.

Essa é minha garota!

Me virei para frente em puro instinto, bem na hora que um homem ia acertando minha cabeça com um cabo de arma. Desviei rapidamente na pancada, e em seguida já dei uma rasteira, assim que ele caiu no chão eu acertei um chute no rosto dele, fazendo o cara desmaiar no mesmo segundo.

Desci do prédio, fui até o carro da polícia, peguei um lenço vermelho e amarrei no retrovisor. Foi quando senti uma arma na minha nuca.

— Parece que enfim nos encontramos... – Reconheci imediatamente aquela voz. — Muito inteligente da sua parte amarrar um lenço vermelho no meu carro, cadê a adaga?

Me virei em um só movimento e desarmei aquela mulher, ela parecia surpresa. Tirei as balas do revólver, coloquei as balas no meu bolso e joguei a arma no chão.

Pelo olhar de Lisa ela estava pronta para puxar meu lenço do rosto. Antes que ela tentasse algo do tipo, tirei uma adaga do meu bolso e joguei em cima do capô do carro.

Sem dar tempo de reação para a mulher, pulei pelo capô do carro e sai correndo, podia sentir ela correndo atrás de mim, e me avisando que iria atirar, porém eu sou bem mais agiu e rápida. Não demorei a conseguir despista-la. Estava em cima do telhado de uma casa, Lisa estava embaixo rodado de um lado para o outro me procurando.

Peguei mais um lenço na minha bolsa, e joguei no chão. Quando ela viu o lenço caindo ao seu lado, que olhou para cima, eu fiz um cumprimento do exército colocando a mão aberta com quatro dedos na minha testa.

Pude jurar que vi Lisa ficar vermelho de tanta raiva, sorri por baixo da máscara e tratei de sair dali.

Se ela quiser me pegar, precisa de muito mais que uma arminha na minha nuca. Fala sério.

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The angel of Death Where stories live. Discover now