Capítulo 19

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Pov Lisa

Faz alguns dias que eu não tinha nenhuma notícia de Rosé, algumas vezes eu caí na tentação e liguei para ela, o celular apenas chamava até cair na caixa postal. Talvez ela não queira mais falar comigo.

Essa noite Jisoo me chamou para ir até a casa dela, comemorar seu aniversário. Estava apenas a gente e sua namorada.

Jisoo estava em plantão em uma certa noite, encontrou essa mulher baleada próxima a casa de Sana, no dia que o senhor Minatozaki foi assassinado. Jisoo levou a moça para o hospital e cuidou dela. Quando estava internada, descobriu que a moça tinha câncer bem avançado, e lhe deu suporte para o tratamento, agora meses depois, ela continua em tratamento, mas está reagindo bem.

Estava rindo de um piada que Jisoo falou quando meu celular tocou. Era um número que nunca tinha visto antes.

Levantei do sofá, coloquei meu copo com vinho na mesinha e fui até a varanda para atender.

— Alô?

— Lisa.. – A voz dela arrepiou todos os meus pelos, estava baixa e sofrega. — Me ajuda, eu não tenho muito tempo.

— Roseanne o que diabos aconteceu?

— Fui sequestrada – Ele soltou um gemido de dor — A alguns dias, estou presa e sendo torturada.

Meu coração passou a bater rapidamente.

— Tem alguma ideia do endereço? Como conseguiu esse celular?

— Roubei de um deles. Presta atenção. – Ela fez uma pausa. — Vá para frente da minha casa, saia com o carro a uns 60 por hora, conte até 40 a primeira rua que você ver quando chegar nesse número vire a direita.

— Espera, eu preciso anotar.

— Vai rápido, eles vão voltar.

Corri até Jisoo, pedi o celular dela emprestado e coloquei para gravar.

— Repita meu bem.

— Vá para frente da minha casa, conte até 40 com o carro a 60 km/hr e vire a direita na primeira rua que você encontrar. Siga reto, mais ou menos uns 3 km vire a esquerda. Você vai passar por uma especia de Ponte, pois eu ouvi água. Novamente reto, você vai chegar em uma rua movimentada, tem artistas de rua tocando violino. Conte até 30 e vire a direita, mantenha o carro a velocidade de 80 a 100 km/hr. Estou em uma casa rústica meio abandonada, terceiro andar cor verde musgo. Não venha sozinha, e não trata a polícia com você, venha com alguém que você confie.

A ligação foi desligada.

Pisquei meus olhos freneticamente olhando para duas mulheres esperando uma resposta minha do que diabos tinha sido essa ligação.

— Essa mulher que você estava falando por acaso se chama Roseanne Park? – Perguntou Jennie, um pouco desnorteada.

— Sim, você a conhece? – Franzi minha sobrancelha para ela.

A mulher sentou rapidamente no sofá com os olhos cheios de lágrimas.

— O que aconteceu com ela?

— Foi sequestrada.

O soluço dela me fez ter vontade de chorar também. Olhando melhor para ela agora... Porra não é possível. Como eu pude ser tão burra?

— Não é possível que você é a Jennie amiga dela. – Ela confirmou com a cabeça. — Roseanne me falou que você tinha morrido.

— É uma longa história. Eu só achei melhor ela realmente achar que eu tivesse morrido, pois eu estava com quadro de câncer muito avançado e não queria vê-la sofrendo novamente se eu morresse. Não queria que ela me visse se acabando aos poucos, aceitei fazer o tratamento e reagi bem, recentemente o procurei, mas não o encontrei. Pensei que ela tinha seguido nossa ideia de viajar para outro país.

— Ela se mudou, agora mora em frente a casa de Sana.

Pude ouvir que Jennie resmungou alguma coisa, mas não entendi.

— Eu posso falar em particular com você Jennie?

Fui até a varanda da casa de Jisoo, o vento frio me vez arrepiar.

— Você tem alguma noção de quem possa ter sequestrado a Rosé?

— Não faço ideia, ela é uma boa menina.

— Eu sei de tudo, corta esse papo furado de ser uma boa menina.

Jennie arregalou os olhos para mim.

— Am... Como assim? Não sei do que você está falando.

— Sei que ela é o anjo da morte Jennie. – Falei um pouco baixo para Jisoo não ouvir.

— Porra, como você sabe disso?

— Me envolvi com Rosé, amorosamente, eu amo aquela idiota.

A cada palavra Jennie parecia ainda mais surpresa.

— Puta merda, não acredito que perdi isso da vida de Rosé! Ela deve estar quase surtando sem ter ninguém para conversar sobre isso.

— Última vez que a vi, foi quando descobri.

— E você não matou ela? E nem prendeu? Por que? Essa era sua maior vontade quando entrou na polícia.

Bufei em frustração, alisei meus braços pelo frio, enquanto olhava para os movimentos dos carros abaixo de nós.

— Eu amo a Chaeyoung, ela é doce, frágil, e amável. Não sei como isso aconteceu Jennie, eu só... a amei.

— Ela sabe disso?

— Não, ela não sabe com essas palavras. Havia me declarado a ela após um bom sexo, mas logo no outro dia, todo o conto de fadas veio a baixo.

— E você está bem com isso?

— Claro que não, sinceramente não sei o que sentir, não sei se é certo, se posso pegar toda essa bagagem da Rosé e fingir que não existe. Não sei Jennie, estou confusa. Agora eu só quero ir atrás dela e a trazer para casa em segurança. Preciso da sua ajuda para isso.

— Se eu tivesse o celular dela seria bem mais fácil, podia acionar nosso contatos. O que ela falou para a gente seguir?

Mostrei a gravação para Jennie, a mulher soltou uma longa gargalhada.

— Rosé é uma pilantra inteligente, eu amo essa mulher da mente brilhante! Bora pegar esse desgraçados Lalisa Manoban, vamos atrás da nossa garota.

Jennie levantou minha camisa e roubou minha arma que estava na minha cintura.

— Que arma bundola em Lisa? Puta merda.

Ela olhou quantas balas tinha e colocou a arma na própria cintura. Essa garota é uma folgada né? É realmente amiga de Rosé, as duas são igualzinha.

Tudo bem, coragem Lalisa, vamos pegar esses otários.

(.) (.)

Pensaram mesmo que eu ia matar a Jennie? Kkkkk

The angel of Death Onde histórias criam vida. Descubra agora