Capítulo 11

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O que usar em um jantar com "conhecidos"? Eu não faço a mínima ideia. Nunca sai para nada do tipo, nem sei qual classe social dessas pessoas.

Resolvi que usaria o básico, uma calça bem passada de marca, blusinha preta de alça e um blazer bem alianhado por cima. Arrumei meu cabelo, fiz uma leve maquiagem, conclui com jóias e o meu perfume favorito. Bom, acho que não daria para passar vergonha caso sejam pessoas de uma classe alta.

Será que ficou bom?

Ouvi a campainha tocar, dei uma última olhada no espelho, mais um pouco de perfume e okay, vamos lá

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Ouvi a campainha tocar, dei uma última olhada no espelho, mais um pouco de perfume e okay, vamos lá.

Ela é bem pontual, marcou de me pegar as 19:00 e nem é isso ainda.

Abri a porta, Lisa estava parado usando uma calça de algodão vermelha e uma camisa simples branca, roupa que eu normalmente uso para dormir.

— Uau! Não precisa de tanto, minha família é bem simples. Podemos ir? – Ela tinha um sorriso nos lábios e uma mão no bolso. — Você está lindíssima.

A meu Deus, eu achei que estava simples, na verdade me arrumei demais. Se Jennie estivesse aqui ia morrer de rir disso.

Entrei no carro com Lisa, ela agora parecia mais leve na minha presença. Lisa cantava uma música de rock que passava no rádio do carro e usava o volante de bateria.

Eu permaneci calada, nem sei porque diabos estou indo na casa dessa mulher

A casa dela não era tão longe da minha, logo chegamos. E agora eu entendi o que ela quis dizer com "minha família é simples" realmente são, a casa pequena, bem humilde, mas aparentemente bem aconchegante.

Lisa abriu a porta e me convidou a entrar. Confesso que existe um nervosismo dentro de mim.

Logo na sala tinha um senhor de uns 50 anos.

— Pai, cheguei com Chaeyoung.

Ele me olhou com um sorriso, logo levantou para me cumprimentar. Antes que o senhor falasse algo apareceu uma senhora secando as mãos em um pano de prato.

— Aaaaah querida, quanto tempo, você está tão grande. – Ela veio a meu encontro e tocou meu rosto. Tinha um grande sorriso nos lábios, podia jurar que estava emocionada. — Lisa me contou sobre seus pais, eu sinto muito, não fazia ideia, desde que vocês mudaram não tivemos mais notícias.

O pai de Lisa colocou uma mão no meu ombro, fazendo um carinho, como se tentasse me passar alguma proteção ou conforto.

— Eu já superei, foi difícil no início.

Eu estava me sentindo desconfortável, nunca tive intimidade com mais ninguém fora Jennie, e essas pessoas vem com simpatia para perto de mim.

Entreguei ao senhor Marco uma garrafa de vinho que eu havia trago, ele sorriu e foi até a cozinha com a esposa.

Lisa segurou minha mão e me puxou para o sofá.

— Parece nervosa. – Disse ela.

— É estranho, não conheço muitas pessoas, rever pessoas que foram próximas a muitos anos atrás, é bem fora do normal para mim.

— Quer que eu te leve de volta?

— Não! Não me entenda mal, adorei seus pais, eles são incríveis. Logo irei me sentir mais confortável, não se preocupe.

A única pessoa que eu realmente conhecia ali era Lisa, e nem ela eu conheço perfeitamente, mas me sinto bem na companhia dessa garota.

O pai dela voltou da cozinha com a garrafa de vinho aberta, três taças e a senhora Manoban trazia uma bandeja com petisco. Tinha algumas frutas, azeitona, queijo e presunto.

Lisa ajudou ao pai a servir o vinho, logo ela me entregou uma taça.

— E então pequena Rosé, o que faz da vida? Está casada?

— Meus pais tinham uma boa condição financeira, invisto a minha herança na bolsa de valores. Moro em uma casa sozinha em um bairro classe média.

— Mora sozinha querida? Não é perigoso uma moça tão delicada como você, morar sozinha? – A senhora Manoban parecia preocupada.

Tive vontade de rir. O perigo é exatamente eu, senhora.

— Lisa também mora sozinha meu amor, e Chaeyoung não me parece tão frágil assim, ela parece muito convicta de suas ações. – Disse o simpático Marco.

— Já me adaptei a essa vida senhora, o lugar que moro não é tão perigoso.

Continuamos em uma conversa animada, o senhor Marco não parava de contar piadas e fazer vergonha a Lisa contando as coisas que ela fazia na infância.

A senhora Manoban me mostrou o álbum de Lisa e algumas fotos que tinha nossa quando pequenas. Ela também me contou histórias dos meus pais, acabei me emocionando um pouco e Lisa me abraçou passando um certo conforto. Era incrível como Lisa me fazia bem, mas se ela soubesse quem eu realmente sou, me odiaria.

O jantar estava simplesmente magnífico, tinha gosto de comida de mãe, e fazia tantos anos que não comida algo tão saboroso.

Depois do jantar continuamos a conversar, recebi convite para aparecer mais vezes. Lisa quem prometeu que me arrastaria de volta aquela casa.

Nem sei quando Lisa ficou tão próxima, ela só meteu o chute na porta da minha vida e entrou, nem esperou ser convidada.

Lisa tinha algo que me irritava, ela era legal demais, simpática demais, fofa demais, gentil demais, prestativa demais. Por que se meteu no caminho do anjo da morte Lisa? Por que? Eu jamais teria coragem de te fazer algum mal, e isso pode acabar sendo um problema para mim.

Estou virando amiga de uma policial, isso não podia ser pior, mas pode, pois Lisa me caça dia e noite quando está no trabalho.

Jennie, por favor me ajuda, acho que estou fazendo merda e não consigo parar.

(.) (.)

The angel of Death Where stories live. Discover now