Capítulo 14

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Já era noite, eu havia tomado banho, vesti apena uma calça jeans e um sutiã de bojo preto que deixava meus seios com um bom volume que não existia em mim, fiquei descalça e deixar a calça jeans com o botão aberto. Me sentei no sofá para ver um programa qualquer de televisão, enquanto saboreava um macarrão coreano que fiz para jantar.

Estava com a boca cheia de comida e com um tigela nas mãos quando a campainha tocou, o que era estranho, pois eu nem tenho amigos e não estou esperando ninguém.

Respirei fundo e fui até a porta, antes de abrir olhei pelo olho mágico e meus olhos não podiam acreditar.

O que diabos essa mulher quer?

Abri a porta, os olhos dela desceram pelo meu corpo. Eu não fiz o mesmo tão descaradamente, mas me deu uma enorme vontade, ela estava com roupas de trabalho, uma calça jeans da cor bege, uma camisa preta com o escudo da polícia e na manga a bandeira dos EUA, seu distintivo era bem notável preso na calça.

— Boa noite Lisa... - Falei o nome dela baixo e com tom debochado.

Ela parece que ficou em uma luta interna procurando uma resposta.

— Eu queria conversar um pouco com você.

Balancei minha cabeça em afirmação, ela continuava parado do lado de fora, e eu escorado na porta.

— Trouxe vinho – Ela falou depois de esperar uma resposta minha que não veio.

— Entra aí Lisa - Resolvi tirar aquele clima pesado do ar.

Dei espaço na porta, ela entrou um pouco recuada, porém já parecia mais relaxada.

Assim que sentei no sofá, lembrei que eu estava jantando, pois a vasilha com macarrão estava bem na minha frente.

— Eu estava jantando, você quer? Fiz bastante.

— Parece bom, estava no serviço, vim direto para cá.

Fui na cozinha, pude notar ela me seguindo. Entreguei um prato limpo a ela, e apontei para a panela sobre o fogão.

Lisa colocou uma quantidade generosa, antes de sentar na mesa já foi enfiando uma garfada de comida na boca.

— Hummm... – Ela falou com a boca cheia. — Não sabia que você cozinhava tão bem.

— Vivo sozinha a anos Lisa, não dá para viver apenas de enlatados ou comidas compradas.

Ela terminou de engolir a comida para poder falar. Eu me virei para o armário e peguei duas taças para servir o vinho que ela tinha comprado.

— Também moro sozinha, e isso não significa que eu sei cozinhar.

Peguei o vinho que ela tinha trago e olhei o rótulo, um vinho tinto suave, porcentagem de álcool bem fraca. Lisa comprou um suco de uva, isso não pode ser chamado de vinho, bem que me falou que não entende de vinhos, ela não estava errada.

— É um bom vinho? – Ela perguntou com receio.

Tive vontade de rir pela pergunta, e a resposta debochada que estava entalada na minha garganta.

— Bom, depende do seu gosto para vinhos, se você gosta de suco de uva com álcool esse é uma boa escolha. Só faltou estar gelado.

Ela me olhou sério, mas logo começou a rir, eu apenas acompanhei.

— Da próxima vez vou comprar um suco de uva mesmo. Não dá para ficar passando vergonha com um vinho errado. E essa droga foi caríssima.

Ri ainda mais dela.

The angel of Death Where stories live. Discover now