Cápitulo 33

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                              Jade 👩🏻‍🦱

Hoje era sábado e tinha baile aqui no morro! Desde que o Kaique veio aqui na semana passada me pedir desculpas ele não apareceu mais e eu nem tenho saído muito na rua então ainda não esbarrei com ele.

Ele mandou um vapor trazer dinheiro pra eu fazer compra aqui pra casa, não tem mandado mensagem e nem nada. Tenho ficado aqui sozinha já que a Alice não pode vir sempre por causa da escola.

Sai da escola particular e estou tentando entrar em uma pública aqui pelo morro mesmo, mas como só tenho 15 anos eles estão pedindo pra algum responsável meu vir resolver. Affff!

To tentando um emprego também mas pela minha idade eu também não consigo, parece que a minha vida nunca vai melhorar e eu já estou ficando de saco cheio.

Levantei da cama pra desligar o despertador, olhei e eram 7h da manhã e hoje eu ia tentar um emprego pelas lojinha aqui do morro. Como é sábado, dia de baile, aqui fica muito movimentado. Vai que alguém está precisando...

Tomei um banho, fiz minhas higienes, e me arrumei.

Desci a rua aqui de casa e fui em direção a pracinha que tinha de frente pra minha rua.

Quando cheguei lá fui entrando de lojinha em lojinha falando com os donos e ninguém precisava de alguém pra trabalhar, e minha última tentativa era no depósito de bebidas que tinha ali. Ele ficava cheio demais, ainda mais em dia de baile.

Jade: Eu tenho total certeza que vou ser muito útil e o senhor não vai se arrepender! - disse para o dono do depósito.

Henrique: Pai, o senhor sabe que estamos precisando de alguém aqui pra ajudar. Só eu e você não estamos dando conta, ainda mais hoje que é dia de baile.

Henrique era o filho do dono do bar, tem 17 anos e é muito bonitinho. Eu acabei de conhecer ele e tenho uma breve impressão que ele ta dando em cima de mim.

Sr. Anderson: Tudo bem Jade. Você está contratada! Pode vir hoje mesmo as 18h? - eu assenti com o sorriso de orelha a orelha- esse é o horário em que começa o movimento aqui em dia de baile. Vou ficar te aguardando para te orientar sobre algumas coisas e você começa a trabalhar com o Henrique atendendo!

Jade: Muito obrigado Sr. Anderson, eu vou dar o meu melhor e o senhor não vai se arrepender! - disse apertando sua mão e me levantando da mesa.- tchau Henrique, até mais tarde. - falei piscando e ele sorriu de um jeito safado pra mim.

Sai de lá sorrindo atoa, finalmente alguma coisa tinha dado certo.

No caminho pra casa decidi ir pela rua de cima achando que iria dar de frente pra minha casa. Já que estou morando aqui eu preciso conhecer esse morro.

Entrei na rua e fui indo em direção ao final e parecia que a rua não terminava nunca! Entrei em beco, sai de beco e nenhuma dessas porra dava na rua em que eu morava. Eu nem sabia mais aonde eu tava.

Meu pai do céu eu to perdida, e essa merda de telefone que a Alice me emprestou só pega quando quer.

E agora o que eu faço? Só tenho vontade de sentar e chorar, porque informação eu não vou pedir pra ninguém pq tenho vergonha.

De repente no Complexo da PenhaOnde histórias criam vida. Descubra agora