Imortal e soberano.Thranduil vive sua vida reclusa governando seu reino e indiferente a qualquer sentimento de amor.
Em uma tarde de Primavera, sua floresta é invadida por uma mortal desconhecida, que fugindo de um galeão; se esconde nas terras do...
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Não era possível, revoltou-se Yava ao extremo. Ele fez de propósito. Pediu para o ajudar e a incriminou. Rei maldito, pensou ela e o xingou de todas os nomes possíveis. Ficou presa em uma cela pior que a primeira. Será que ele ainda não percebeu que ela não era uma ameaça para ele? pensava, articulando uma forma de sair dali. Seria, quase impossível, mas tinha que pensar em alguma coisa.
Três dias exatos permaneceu na masmorra até, em uma tarde se ver a frente de Elros que abriu a cela, dizendo que o rei queria vê-la. Teve ímpeto de arranhar sua cara de lua. Qual seria a desculpa pensou? Ele não iria se desculpar, quanto menos agradecer por ela o ter ajudado. Nunca pensou em se deparar com um rei ébrio, principalmente um elfo. Quando ficou diante dele, a observou com a mandíbula erguida, a desafiando com seus olhos azuis de oceano e a garota o encarou, pois ao contrário, sua postura jamais a intimidaria. Aquilo era uma fachada para demonstrar ser poderoso.
—Espero que esses dias em sua ala reserva a tenham feito refletir.—disse cínico.
Se era para ficar com medo não funcionou e ela rebateu:
—Confesso que não me intimidou meu senhor. Esquece que vivi em um galeão?.
Ele franziu as orbes, o vermelhão lentamente tomando seu rosto, porém pigarreou e disse com autoridade:
—Isso significa que da próxima vez, posso deixá-la em um lugar pior ou quem sabe, fazer da masmorra seu lugar permanente.
Yava mastigou as palavras e não as devolveu. Não iria dar o gosto de começar uma discussão e parar no mesmo lugar de novo. Ele explicou:
—Descobri que Galion exagerou no preparado do vinho. Trocou um dos barris. Há um tipo de bebida que consumimos muito forte e a usamos em alguns eventos.—ressaltou com voz grave— Mas esta, ficou mais do que esperado.
Ela nada respondeu e ele continuou:
—A deixarei na segurança apenas na parte da manhã. O resto do dia, ficará fazendo trabalhos com as servas. Eu designarei onde ficará.
Dizendo isso, ele fez um sinal e ela deixou a sala do trono.
Mal teve tempo, de trocar suas vestes e tomar um banho. Aletria entrou o quarto.
—Preciso que venha comigo. O rei me pediu que a levasse até a biblioteca. Temos coisas para fazer por lá.
Ela revirou os olhos indo junto com ela. Passaram alguns passadiços e corredores chegaram a biblioteca. Havia realmente muita coisa a fazer, pilhas de livros desorganizados, estantes empoeiradas e objetos fora de lugar.
—Limpe os que alcançar. Outra serva virá ajudá-la.
Ela deixou o que precisava para limpeza e Yava foi puxando os livros que conseguiu. Havia livros de todas as línguas, muitos antigos, ela passou a limpar e ler alguns. Sabia um pouco sobre a linguagem élfica. De alguma forma, se sentia atraída pela leitura.
