Imortal e soberano.Thranduil vive sua vida reclusa governando seu reino e indiferente a qualquer sentimento de amor.
Em uma tarde de Primavera, sua floresta é invadida por uma mortal desconhecida, que fugindo de um galeão; se esconde nas terras do...
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Bard caminhou vagarosamente, pela sala apoiado em seu cetro e sentou a poltrona atento ao filho. Ultimamente, alguma coisa assombrava Dale e não sabiam explicar do que se tratava. Bain relatou episódios de brigas pelos arredores. A cidade estava em paz depois da visita do príncipe Legolas. Havia também informações de que a guarnição élfica esteve próximo a região e rumores de que o rei derrotara um dragão se espalhavam. Andaria uma nova criatura se infiltrando naquelas terras? Essa foi a pergunta que o arqueiro teve de fazer e ouviu de Bain:
-Para nossa sorte não é algo nessa proporção. Parece ser um pequeno grupo que relatam ter familiaridade com elfos negros.
Bard cofiou a barba para logo considerar:
-Isso está ficando muito estranho.Ao que tudo indica pode haver relação com eles.
-Sim, me pergunto como poderíamos agir referente a isso. Lorn o guarda da cidadela disse não ver nada diferente nos últimos tempos. Havíamos reforçado nossa segurança como prometido.
-Alguma novidade sobre o reino de Thranduil? Como andam os negócios com o vinho?
-Tudo indo perfeitamente bem. -Bain levantou do acento, a verdade é que tinha pressa
-Aonde vai? -indagou Bard
-Eu preciso voltar ao Porto, tenho coisas a resolver por lá e preciso falar com Tilda.
Filhos, pensou Bard, as conversas entre os dois sempre eram rápidas e ele sabia o motivo. O aconselhava a encontrar uma esposa. O via muito concentrado em suas atividades, vez ou outra nas tabernas, tinha o orgulho por vê-lo tão dedicado a cidade, mas em determinados momentos o achava boemio, distante de compromisso. Tinha de ter uma conversa franca com ele.
Tilda estava a cozinha com a empregada, decidiam o que iam fazer para o almoço e foi pega de surpresa quando viu um braço ir em direção a cesta de maçãs.
-Você quer me matar de susto!-fez ela com a mão no peito.
-Anda muito distraída irmãzinha e sei o motivo, Lord Bennet não passou por aqui essa semana. -ele jogou a maçã no ar e a pegou para a seguir dar uma dentada. Puxou uma cadeira e sentou com as pernas abertas de frente para o encosto. O rosto dela mudou radicalmente.
-Deixe de ser metido. Eu e Lord Bennet não temos nada em comum.-disse ela franzindo o olhar aborrecida.
-Você é uma péssima mentirosa. -fez ele rindo com olhar indócil.
-Afinal, está tão interessado em minha vida assim? E quanto a você? Me fale quando vai deixar a boemia para arranjar uma esposa.
Bain ficou sério de repente e disse com leve rubor:
-Minha vida está perfeita e eu ainda não desisti do meu objetivo.
-Sei. Essa garota deve estar por aí, desbravando um lugar qualquer, eu e você sabemos que Onor não criou sua filha para casar. Ela é uma guerreira, de maus modos e voltada a espadas.
