Imortal e soberano.Thranduil vive sua vida reclusa governando seu reino e indiferente a qualquer sentimento de amor.
Em uma tarde de Primavera, sua floresta é invadida por uma mortal desconhecida, que fugindo de um galeão; se esconde nas terras do...
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-Aqueles malditos elfos negros -reclamou Thranduil impassível-Estão escondidos em algum lugar. O ouro jamais poderia ser deles e quantos a nós, uma chance ainda nos resta.
-O ouro continua sendo tão amaldiçoado que antes, não podemos nos apossar dele. Como sabe a caixa continua selada.-respondeu Legolas com uma ruga de preocupação na testa.
O rei levantou do assento e caminhou devagar indo de encontro a janela. Fitou a paisagem e tornou:
-Não estou preocupado com isso. O que desejo de fato, é encontrá-los. -ele se voltou para o príncipe-Tive uma visão, não muito clara e ao que tudo indica, seremos mais uma vez desafiados.-Ele refletiu por segundos. Sempre teve sinais dos Valar ou Erú e ultimamente tudo o que conseguia era alcançar um borrão de imagens. Desta vez, mesmo não vendo com precisão, um pressentimento ruim se apossou de si.
Legolas baixou o olhar pensativo. As visões do rei sempre eram certeiras.
-De qualquer forma, ele não tem homens para um confronto...a não ser que...
Antes que Folha Verde continuasse, bateram a porta do escritório e viu Eland:
-Com vossa licença alteza, a comitiva está preparada para o retorno a Dale.
O príncipe agradeceu e o viu se retirar. As vendas do vinho ainda eram de sua alçada e independente do pedido do pai, pressentia que não iria realizar seu desejo imediatamente. Thranduil fez sinal para liberá-lo e o viu deixar a sala. Confiava que seu herdeiro cumpriria com pedido.
Yava foi para outra aula, iria exercitar a dança élfica. Foi levada por uma serva até o Salão de Festines onde encontrou um grupo de elfas. A garota os cumprimentou sendo apresentada pela orientadora; uma elfa castanha de olhos verdes muito expressivos, pele acetinada e alta. Vestia um vestido fluído alvo. Sobre sua ordem, todas fizeram o círculo e ao toque da música passaram ensaiar os passos. A mortal as seguiu mesmo com gestos diferentes. Elas dançavam com perfeição e se esforçou para acompanhar o ritmo, até ouvir alguém:
-Você dança como um bode.- ironizou uma elfa de cabelos pretos e olhos azuis. Ela passou a imitar o animal-Mééé...mééé.
As elfas riram. Yava trincou o maxilar, segurando o revide para a elfa que a confrontou com um olhar petulante.
-Meninas mais respeito com Yava, ela está aprendendo. Brith! Seus maus modos irão interferir em nossa aula. Outra palavra sua e será banida das danças. -fez a mestra com autoridade.
A elfa assentiu, não sem antes esboçar um sorriso falso. Yava respirou fundo, nem bem acabara de chegar e conquistara uma rival. Desviando a atenção dela se concentrou em seu aprendizado. Não fosse por Thranduil não estaria ali, o fazia por que queria o ver orgulhoso dela. Seria um desafio e mesmo gostando de uma novidade, não havia dúvidas que ia exigir muito de si. Quando a aula finalmente terminou, para seu alívio, se despediu de todas e antes de tomar outra direção, ouviu a conversa delas, escondida entre um dos pilares com hera:
