Capítulo 6 Festival de Primavera

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Yava entrou no quarto, mas o mesmo estava praticamente vazio

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Yava entrou no quarto, mas o mesmo estava praticamente vazio. Os uniformes não se encontravam no armário e menos ainda suas coisas pessoais. Achou estranho e antes que pudesse descobrir o que aconteceu, uma serva de cabelos ruivos, jovem e baixa entrou.

—Com vossa licença, senhorita, eu me chamo Tília. O rei ordenou que levasse suas coisas para outro quarto. Me acompanhe por favor.

Sem entender, ela foi com a serva. Tomaram um passadiço chegando até o quarto. Era maior que o anterior com janelas grandes uma cama aconchegante com lençóis finos. Os uniformes estavam lá, assim como outras peças de roupas. Vestidos coloridos e acetinados. Yava se espantou e a serva esclareceu:

—Este será seu novo quarto. São ordens do rei.

—É muito agradável, mas por que me enviou para cá?—disse Yava sem entender.

—Na verdade, ele nada disse senhorita, apenas ordenou que viesse.

Ela agradeceu a vendo sair e olhou tudo com curiosidade. Ficou surpresa com a atitude do rei tentando compreender porque o merecia. Ele a havia punido severamente. Odiou ter ficado na última masmorra, fétida e escura. Não conseguiu o compreender se fosse um agrado não havia motivo ele não tinha apreço algum por ela.

Estava habituada ao outro quarto, principalmente porque ouvia o som do rio, mas considerou muito aconchegante. Tinha vista para o floresta e o jardim. Passou a mão pelo lençóis macios da cama. As cortinas verdes da janela casavam a mobília dourada. Sentiu cheiro de lavanda, tudo muito perfumado e limpo.

Thranduil em seu escritório, abriu a trava de uma gaveta de sua escrivaninha. Retirou de dentro um livro envelhecido com emblema élfico e o abriu. A mente foi distante, vagou por memórias sombrias, uma parte de sua vida que não se orgulhava.

Em uma das páginas leu a seguinte frase:

"O amor é como as estrelas que fitam as tempestades sem jamais ser atingido por elas."

Seu olhar cintilou um brilho triste e o coração bateu descompassado.

Melmë, amada Melyana sinto você tão perto de mim...seria um sonho?

Thranduil sussurrou levando os dedos as flores secas, dobradas pelo peso das páginas envelhecidas. A saudade gritava ainda em seu peito, mas sua lembrança, era seu porto seguro, um raio de Sol a aquecer seu coração frio. Ultimamente se via sonhando com ela. Era raro, mas quando acontecia sua alma se enchia de felicidade como se os dois se unissem em um só.

A maldita profecia interrompeu seu devaneio, como sombra misturou-se aos pensamentos da amada e o rosto alvo perdeu o brilho sentimental, congelou como rio em meio a neve, tirando sua paz.

Devolveu o livro ao mesmo lugar a trava foi fechada e se perguntou por que não o queimava. Ás vezes, o levava para seu quarto, relia as páginas, ora o esquecia, era um escape para sua saudade e tristeza. Ele suspirou profundamente, não queria que Legolas o presenciasse emotivo, seus momentos de nostalgia eram altamente secretos e jamais os partilhava com alguém.

No Coração da Floresta (Thranduil Fanfic)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora