Imortal e soberano.Thranduil vive sua vida reclusa governando seu reino e indiferente a qualquer sentimento de amor.
Em uma tarde de Primavera, sua floresta é invadida por uma mortal desconhecida, que fugindo de um galeão; se esconde nas terras do...
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Yava acordou nos braços do rei. O vento do Outono invadiu o cômodo real, rolando folhas de hera pelo tapete e o dia aquecido pelos raios de Sol, inundou o quarto, através da abertura da varanda. Luin desobediente, ronronou pelo movimento do casal que despertava, demonstrando que passou a noite aos pés da cama. As cobertas dobradas ao final do leito, foram o que precisava para virar uma bolinha e ali fazer seu aconchego.
A brisa fria, arrepiou a pele desnuda da mortal que mesmo aquecida pelo braços generosos do rei, chegou mais perto de seu peito. A distração fizera esquecer de fechar a abertura. O calor do corpo de Thranduil, os lençóis macios eram viciantes demais para ousar levantar.
O rei tinha seus compromissos, mas reteria aquele momento mais uns minutos, nem que para isso atrasasse a reunião. Seus conselheiros não tinham como mover uma palavra negativa e o rei beijou os cabelos de sua querida, vendo ela enrolar suas pernas nas dele. A verdade é que acabara por adormecer, nunca se dava a esse capricho, até porque sua natureza élfica tinha limites para o sono.
-Por favor, não se mexa. -balbuciou ela sentindo seu coração que batia descompassado. Não sairia daquele abraço nunca mais.
-Ora, ora temos alguém querendo impor ordens aqui. -fez o rei dançando os dedos em seu couro cabeludo.
-Você disse que íamos levantar mais tarde.
Ele franziu a testa, não lembrara de ter feito esse juramento e retrucou:
-A senhorita é muito esperta, sabe que se o fizesse não teria como descumprir. Diga o que quer fazer hoje?-tornou ele vendo ela, com olhos cerrados e embriagada por seu aconchego.
-Ainda não pensei-disse ela que abriu os olhos-Tem alguma sugestão?
-Tenho muitas, algumas inclusive que a deixariam corada. -soltou o elfo com olhos brilhantes de malícia.
Yava silenciou o obrigando a perguntar:
-O que está pensando?
-Em quando o vi pela primeira vez.
Thranduil ajeitou a postura, se inclinando para ficar a frente de seu rosto. Aquilo o interessou e teve que perguntar:
-E então, o que sentiu ao me ver?
-Quer mesmo saber?
-Claro e não me importo o que seja, posso afirmar que não foram as melhores coisas, mesmo assim quero que as diga. -disse o rei a encarando com covinhas no rosto.
-Bem...eu o achei desprezível, mais do que muitos falam. Senti vontade de bater em seu rosto muitas vezes, mas depois vi que você não era tão horrível assim...
Ele deixou escapar um risinho audacioso para dizer com voz grave:
