Imortal e soberano.Thranduil vive sua vida reclusa governando seu reino e indiferente a qualquer sentimento de amor.
Em uma tarde de Primavera, sua floresta é invadida por uma mortal desconhecida, que fugindo de um galeão; se esconde nas terras do...
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A manhã corria calma e Yava com a possibilidade de caminhar pelo extenso jardim, se distraía em meio a natureza. Os dias ensolarados ultimamente contribuíam para tornar o verão escaldante, porém as chuvas rápidas davam trégua a estação e as sombras das majestosas árvores a deixavam mais confortável, quando ganhava acesso ao lugar. Sempre que podia ficava perto ao chafariz ou ia até uma parte coberta de flores que escolhia para ficar a vontade.
Nos últimos cinco dias, não viu novamente o rei, aumentando o desejo de estar em sua presença. Agora, o fato dele se manter ausente por muitos dias, a maltratava e a mortal sentia-se triste. Ela não queria alimentar sentimentos que a deixavam lasciva ao elfo soberano e quebrar o acordo a sua mãe. Sem contar, que ele não a amaria que o trato seria feito e por certo, ela não mais teria contato. As preocupações como um peso a deixavam inquieta e sem conter o choro abriu seu peito passando a falar com a falecida mãe. Sentada a relva suplicava:
—Não pude evitar. A floresta foi o único lugar que me salvou. Como iria imaginar que um dia encontraria com os elfos. Eu sei que agi errado e continuo a agir. Mas eles, não são seres maus...eu sei que não. Não quero mais sofrer e estou disposta a pagar pelo descumprimento. Me perdoe minha mãe. Mãezinha...eu estou apaixonada por ele... Meus sentidos se dirigem somente a ele...meu corpo e meu coração não me pertencem... Por favor, mãe, eu imploro para que me perdoe...mas eu o amo e ele tem sido como o ar que respiro...
E, ela caiu em soluços, se sentia amargurada por carregar a desdita de seu coração. Mas falar era uma forma de alívio e mesmo que não tivesse alguém em presença para ouvir, acreditava que onde sua mãe estivesse poderia a perdoar. Tinha de dizer, expressar seu tormento e esvair aquela culpa e promessa que só serviam para a fazê-la sofrer.
Buscou respirar e secar as lágrimas, vendo o céu pelas fendas das copas das árvores e voltou a direção para regressar. Havia se afastado bastante da ala do rei e poderia ser surpreendida por algum dos guardas. Caminhou distraída e sem olhar para onde pisava, seu pé enrolou no vestido e acabou por tropeçar sendo surpreendida pelos braços do rei que a segurou. Seu coração quase saiu pela boca, ao sentir o aperto dele a fazendo soltar um grito.
—Calma, sou eu.—fez Thranduil que sentiu seu tremor. Ela estava pálida e assustada.
O rei reparou sua expressão de espanto, havia ligeiro sofrimento em seu rosto, fazendo aflorar sentimentos ternos sem que pudesse evitar e perguntou:
—O que está fazendo aqui?
Ela recobrou o fôlego e tentou explicar:
—Eu precisei andar um pouco...Me perdoe. Eu não devia ter permanecido muito tempo.
—Está tudo bem, eu peço desculpas por tê-la a assustado.—disse ele, vendo ela inclinar seu rosto e encontrando seus olhos.
