Imortal e soberano.Thranduil vive sua vida reclusa governando seu reino e indiferente a qualquer sentimento de amor.
Em uma tarde de Primavera, sua floresta é invadida por uma mortal desconhecida, que fugindo de um galeão; se esconde nas terras do...
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O rei élfico tomou a frente junto de seus homens enquanto a adrenalina disparava em suas veias, a sensação repentina e habitual que explodia a cada evento de luta e que possuía outro motivo que não era somente este. Seu corpo ameaçava ceder sua postura dura e orgulhosa, o fazendo encontrar em sua mente um outro significado que seu coração sabia e relutava em admitir. Ele queria negar tal sentimento até o fim, liquidar qualquer resquício que o tornasse preso a mortal e as reviravoltas que o destino insistia em o infligir, mas tudo o que conseguia era voltar seus pensamentos para ela. Ele ponderou as opções que possuía, questionou seu segredo sombrio, invalidou as possibilidades de ter com a garota porém, fora inútil escapar.
As vozes de sua cabeça se confundiam as de seu coração, não dando chance de processar, mas como se sua alma soubesse do que precisava, de alguma maneira Thranduil teria que passar por ela, outra prova que o condicionava a terem contato mais uma vez. Mas ele não ia quebrar sua postura indecifrável. Ele iria resolver tudo e sumir de sua visão.
Quando chegaram ao acampamento, o rei deu as ordens necessárias a sua equipe de segurança e ficou confinado na tenda, exigindo que fosse avisado a qualquer sinal ou movimento estranho.
Yava foi hospedada em outra tenda, sendo orientada por um dos servos do rei, na verdade uma elfa castanha, curandeira da floresta, chamada Ilvë, substituindo assim Elendili. O que por um lado fez a mortal sentir alívio por uma presença feminina em meio a tantos elfos.
Seus machucados foram cuidados por ela e mais tarde Gandalf tentou obter maiores informações sobre seu rapto. Mas foi avisado pela serva que Yava exausta, acabara por adormecer.
-Creio que é melhor deixar a jovem ter um pouco de descanso. Sua estadia com aquelas criaturas foi agitada e a fuga exauriu suas forças.- disse Gandalf para Legolas e sentou em um tronco de árvore passando a preparar seu cachimbo.
Entardecia e o acampamento se preparava para a vigília da noite.
-Ainda temos uma longa trajetória pela frente e não estou seguro com as atitudes de meu pai. -disse o príncipe élfico reflexivo.
-Hum...-fez o mago que soltou uma baforada de fumaça-Ele é um elfo sábio, está querendo fugir de si mesmo e da presença da mortal.
O príncipe sorriu cabisbaixo. Não era novo as considerações de Gandalf quando via as coisas com profundidade.
-Sol e Lua, Gelo e Fogo, Água e Terra assim são eles, que por mais que queiram negar a si mesmo, estão presos ao cordão do amor. Uma utopia para os corações humanos, mas uma verdade incontestável as almas das estrelas. -lançou o mago como a revelar um segredo antigo.
-Imagino que tenha visto alguma coisa. -tornou o príncipe entendendo perfeitamente sua colocação.
-Não posso negar meu caro Legolas que esteja certo, mas ainda é cedo para tirarmos conclusões. A verdade irá se revelar quando chegar a hora.
