Capítulo 40 Óleos Perfumados

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Um sorriso contornou a face polida de Thranduil. Ele nunca se sentiu tão pleno de felicidade, como nunca se viu tão amado novamente.

O sonho...

Ele lembrou de tudo. Como sabia que Erú estava dando ele uma nova chance e ele não poderia ficar tão ansioso.

"Minha doce Meliana, obrigado por tudo."

Seu sussurro como uma prece de profundo amor, arrancou-lhe uma lágrima dele, que a enxugou; uma lágrima da mais pura felicidade. A profecia que tanto temeu, acabou por ser uma benção disfarçada. Uma benção que venho de Erú, o permitindo amar novamente.

Com surpresa, o som de harpas lá fora, murmúrios dos elfos, e risos já demonstrava júbilo por sua união. As festividades iniciaram cedo em Valfenda, mesmo ainda faltando um dia. Era pouco tempo, mas Thranduil preferiu desse modo, não queria esperar um minuto para ter a amada mortal em seu reino como esposa.

No momento, seu desejo latente era estar a sós com ela, um instante para tê-la em seus braços. Claro, esse tempo seria muito pouco, queria mais, pois a euforia que enchia seu íntimo o deixava em ansiedade, como um adolescente na expectativa do primeiro encontro. No entanto, Yava, precisou descansar, abriu mão de seu repouso e até de se alimentar, velando suas noites.

Nem bem chegou ao exterior, a recepção acalorada deu lugar a chuva de informações. Legolas apareceu dizendo que o acampamento foi saqueado, houve tumulto e briga com os anões, não ficou claro o motivo, o que serviu para seu humor mudar radicalmente.

-Está tudo bem pai.-contemporizou Legolas. - Já foi resolvido.

-Resolvido? -a zanga nublou o rosto pálido do elfo.-Chega aos brados, como se o mundo estivesse a explodir e diz que foi resolvido? Eu quero saber as razões. E onde está sua segurança?

Legolas contraiu os ombros. Foi uma péssima ideia falar o que houve. Seu casamento ia acontecer, e compreendia a expectativa, porém deu sua palavra de deixá-lo informado. Acreditava que o pai tivesse superado sua ira com os anões.

-Eu sou minha própria segurança.- disse com firmeza, vendo Thranduil contrariado.

- Esqueça. - deu dê ombros passando por ele. -Eu vou resolver isso.

Legolas franziu o cenho vendo sua determinação e os elfos, pararam a música e o alarido.

Thranduil tomou da espada, acenou para um de seus homens para preparar a guarnição, mas antes decidiu ver sua adaneth.

Não era possível que nunca tinha um minuto de paz, que não ia ao menos poder se casar. Evidente, Thranduil, pensou irritado, você é um Rei. Com passos firmes trilhou o corredor ouvindo o fluir das cachoeiras e alcançou o quarto onde ela estava. Duas batidas na porta fizeram a serva abri-la.

-Majestade?-fez a elfa surpresa.

Yava ao lado de duas elfas, usava apenas as vestes debaixo, recebendo passadas de óleo de flores, impregnando o quarto pelo perfume. Ela virou-se sendo atingida em cheio pelo olhar cintilante do elfo.

-Deixe-nos a sós por favor. A ordem foi dada e imediatamente ambas deixaram o quarto.

Entre surpresa e feliz, um sorriso ganhou o rosto da garota, não sem antes ver a preocupação declarada no semblante de Thranduil. Conhecia aquele olhar, a geleira da montanha ao qual sucumbia seus ânimos quando algo o desagradava. Não esperava vê-lo ainda. Conforme as orientações das elfas, ela ia seguir os cuidados para o casamento. Sentia-se ansiosa e já se preparava com afinco para ele.

-Perdão, por chegar assim, -ele antecipou sem jeito. Fora invasivo, mas eram íntimos e precisava falar. -irei até Valle. Parece que aconteceu uma série de problemas lá. O acampamento foi invadido, houve roubo e não há explicações. Pelo menos as que Legolas não omitiu.- explicou tentando manter a calma.

-Que feio duvidar de seu filho Thranduil.- brincou ela com um sorriso, vendo ele se aproximar lentamente.

Um silêncio caiu sobre os dois. O rei paralisado, mediu seu corpo, cada centímetro, sentindo o torpor de desejo ganhar força.

-Bom, eu... -murmurou vendo seu rosto com ar travesso-quero dizer que... não aguento mais esperar. - Pela forma de sua voz, a preocupação deu lugar a manha de um homem apaixonado e Yava puxou o ar com um sorriso provocante.

Sua beleza, a forma doce que olhava para ele brilhando as curvas pelos óleos perfumados, podia jurar serem afrodisíacos, pois Thranduil sentiu sua pélvis faiscar.

Com dois passos, fechou o espaço entre os dois, um arquejo sôfrego saiu dos lábios dela, quando o punho forte do rei puxou seus cabelos domando a nuca para trás. Os lábios sedentos dele rastrearam seu pescoço de beijos delicados que viraram lambidas. Ele estava afoito, parecia descontrolado pelo desejo e Yava fez força para manter-se sobre suas pernas tendo medo de se desequilibrar. Sua mandíbula veemente foi puxada para encontrar sua boca o que a fez tropeçar e batendo em seu peito, e ela segurou-se em seus quadris, sentindo o ventre em ebulição pelo roçar de seus corpos.

Thranduil estava amando se perder na corrente luxuriosa, se esfregando um no outro, entre beijos, sentindo a correspondência. Os dois explodindo em tesão, misturada a adrenalina podendo ser surpreendidos a qualquer momento. A mortal ficou submissa, delirava com seu toques e envolveu sua ereção pontuda por baixo da calça. Ele disse partir e sempre tinha pressa, quando na verdade pareceu esquecer sua determinação. Sim, ele precisava de um tempo, alguns minutos para sair da irritação a qual ficou.

Com um movimento a tirou do chão, e a levou em seus braços até a cama. Passou a tirar a roupa com a ajuda dela e o fogo de carícias, se misturou a gemidos, beijos. Suas pernas se abriram para recebê-lo e Yava ofegou pelo atrito ao sentir ele meter tudo dentro dela. Com seu corpo sobre o dela, beijou seus lábios, vendo sus expressões e choromingos. Ela estava tão expressiva, tão entregue o deixando louco de vontade. Thranduil prendeu suas mãos ao lado da cabeça, bombeando rápido.

Sentia as paredes macias e apertadas esmagá-lo, os seios a bater sobre seu tônus. Yava mal via seu rosto pelas mechas louras cobrindo-lhe a fronte, apenas gemidos, rosnados dele numa profunda catarse de deleite e loucura.

A cama trepidava, batendo seu arco na parede fazendo barulho, e o medo da calmaria de Valfenda ser quebrada por seus sons, causou mais adrenalina. Thranduil não conseguia deter-se somente afrouxando o aperto, quando se afundou numa gozada a estocando forte, a fazendo grunhir chorosa pelo aperto e o clímax que a deixou com as pernas bambas.

Ainda presos um no outro, o peso do corpo dele sobre ela a fez suspirar. Thranduil deitou a cabeça sobre seus peitos, gemendo abafado esvaindo a última gota de seu prazer, a deixando trêmula.

Não deu margem para pensar que o palácio ouviu a sonoplastia indecente dos dois. As aberturas os deixaram a vista, podia-se ver tudo do outro lado, a paisagem as quedas e muito possível quem passou por ali os viu também.

Ele ergueu a cabeça e focando em seu rosto, Yava vermelha pelo prazer deixou brotar um sorriso serelepe. Thranduil depositou um beijo ofegante em seus lábios.

- Eu te machuquei?- perguntou preocupado. Seu corpo estava brilhante pelo óleo, com cheiro de flores e o cheiro dela.

- Não. Estou ótima e feliz.

- Você me deixa louco adaneth que não consigo raciocinar direito. - suspirou saindo dela e voltando a realidade.- Mas eu, infelizmente tenho que ir.

- Vai me deixar?

- Claro que não, florzinha do campo. Vai ser rápido.

- Eu irei com você.

- Não adaneth, lá está cheio de homens e problemas que...

Ela freou seus lábios.

- Não pode pedir isso para sua futura esposa, como não pode tomar meu corpo e sair como se fosse sua diversão. Eu irei.

- Adaneth?!- ele arqueou uma sobrancelha e Yava o ignorou. Levantou da cama e passou a vestir-se.

No Coração da Floresta (Thranduil Fanfic)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora