Fugaz [Wei Ying X Hua Cheng] (Pt-Br)

Capítulo 10

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A língua de Hua Cheng moveu-se habilmente dentro da boca de Wei Ying, os dois se enlaçando e se acariciando.

Ao mesmo tempo, as mãos de Wei WuXian correram sobre os ombros e costas de Hua Cheng, enquanto este explorava as coxas de Wei Ying.

Logo, o movimento de suas mãos parou.

Eles estavam se beijando há apenas alguns segundos, mas começaram a perder o ar e foram forçados a se separar.

Eles se encararam. Ambas as respirações colidindo, uma contra a outra, ligeiramente agitadas.

Isso foi realmente constrangedor. Eles duraram apenas alguns segundos! 

"Você já beijou alguém antes?" Claro, Wei WuXian foi o primeiro a falar e ao mesmo tempo lambeu os lábios durante a pergunta. Hua Cheng sorriu, de alguma forma ele parecia um pouco chateado.

"Não." Ele respondeu com sinceridade.

Mais uma vez, Wei Ying riu alto.

"Você está falando sério? Como isso é possível? Quantos anos você tem?"

"Talvez uns trezentos." 

"Você não beija ninguém há trezentos anos? Hahaha, Hua Cheng, isso é muito divertido." Wei WuXian ergueu a mão enxugando algumas lágrimas que se acumularam na borda de seus olhos enquanto ele ria.

"Basta, é chato ouvir você rir de tudo." Hua Cheng estalou a língua e se sacudiu tentando se levantar. "Você provavelmente morreu sem beijar alguém também, então você não tem permissão para provocar."

"Você está errado." Wei Ying não permitiria que Hua Cheng se levantasse. Ele aplicou um pouco de força em seus ombros e o derrubou na grama. "Sou um homem com muita experiência." 

"Ah sim?" Por algum motivo, Hua Cheng parecia não acreditar absolutamente nele.Ele ergueu uma sobrancelha e sugeriu: "Anseio por ouvir uma das muitas aventuras que o Patriarca de Yiling conseguiu ter."

"Ok, ok. Apenas uma vez fui beijada por uma donzela. Mas ainda assim, isso não tira o fato de que eu tenho mais experiência do que você." Ele tentou consertar a situação, ele não podia se dar ao luxo de perder prestígio assim.

"Já que você é tão especialista quanto mencionou, por que não me ensina?" As palavras de Hua Cheng foram como uma explosão dentro dele, inesperada. Wei WuXian sentiu seu rosto esquentar e ficou internamente grato por estar escuro e não ser visto.

"Não há nada para ensinar, você fez muito bem. É preciso apenas prática."Ele respondeu inclinando-se para a frente e permitindo que Hua Cheng colocasse a mão sobre a curva que havia se formado em suas costas.

Desta vez, os dois respiraram e voltaram a juntar suas bocas ansiosos para se encontrar.

Eles conseguiram controlar a respiração melhor do que da primeira vez. Mas os dois sabiam que uma segunda vez não seria o suficiente e que deveriam continuar praticando.

Já era de manhã e Wei WuXian como nunca antes, havia se levantado cedo.

Ele saiu para explorar as florestas e montanhas que estavam ao redor, porque neste ponto ele estava começando a se sentir como um pássaro enjaulado, ele estava dentro da Cidade Fantasma por um longo tempo, sem nunca sair. Em parte, ele admitiu que isso se devia à sua própria preguiça, preferia ficar no quarto que Hua Cheng havia designado para ele quando chegasse, e se saía era apenas para conversar com os cidadãos e beber.

Agora, quando começou a prestar atenção no caminho que estava passando, ao seu redor percebeu que havia mais espíritos e fantasmas do que ele pensava.

Alguns, como Hua Cheng disse, simplesmente vagavam sem rumo, mas também havia outros que pareciam ter algo para fazer.

Ele não sabia o quanto havia viajado ou por quanto tempo, mas logo ele encontrou um rio.

Como não havia nada e ninguém ao redor do rio, ele dobrou as calças, tirou as botas e mergulhou os pés na água fria e calma.

Ele usou as duas mãos para afrouxar o laço que amarrava seus cabelos e mergulhou-o da mesma forma, refrescando a cabeça e aproveitando para lavar os cabelos.

Ele fechou os olhos e deixou algumas memórias fluírem.

"Wei-xiong, pegue o peixe rápido!"

"Ah, ah, ahh, fugiu de mim."

"Wei WuXian, seu estúpido! Você o assusta!" 

"Eu? É você com sua cara amarga!" 

Ele resistiu o máximo que pôde debaixo d'água, e não foi até que algumas bolhas começaram a subir à superfície que ele colocou a cabeça para fora, jogando gotas de água por toda parte.

Ele respirou fundo e olhou para frente.

Havia uma enorme plantação de bambu.

Sem pensar muito, deu alguns passos até cruzar o rio, que felizmente não era muito estreito. Ele colocou a mão dentro das mangas, de lá, ele tirou uma pequena lâmina que havia "emprestado" do salão de armas de Hua Cheng e cortou um galho de bambu.

Apenas alguns cortes e ele fez sua própria flauta.

Antes de voltar para a água, ele colocou seu novo instrumento em uma pedra e terminou de tirar a roupa, deixando apenas o interior.

Wei WuXian se virou de costas, permitindo-se flutuar na água fria. Naquele instante, seu corpo estremeceu da ponta dos pés até a raiz do cabelo.

Calmamente, ele pegou a flauta entre os dedos delgados e a levou à boca.

Ele tocou todos os tipos de melodias. Alguns tristes, alguns animados, alguns que eu tinha ouvido antes e outros inventados.

Seus pés e pernas brincaram com a água, conforme as notas soavam uma após a outra, até que suas vestes internas foram desarrumadas e separadas o suficiente para expor suas pernas finas e coxas firmes. Várias gotas de água também escorregaram dessa área, muito lentamente sobre a pele.

Ao recuperar a noção do tempo, percebeu que o sol estava ficando laranja, como o céu e as poucas nuvens que o adornavam.

De repente, ela sentiu um movimento suave nas pernas. Ele olhou para cima; havia uma linda pequena borboleta esvoaçando no meio.

Algo dentro de Wei WuXian disse a ele que não era a primeira vez que ele a via.

Como o rio não era profundo, ele se sentou e esticou o dedo na direção da borboleta, porém ela não parecia querer sair de suas pernas.

Ele tentou com um tapa e a borboleta voou para sua bochecha fazendo cócegas nele,mas foi rapidamente puxado devido às irritantes gotas de água caindo da franja de Wei WuXian. 

Naquele momento, ele vibrou bem na frente de seus olhos. Como o sol ainda brilhava, Wei Ying não tinha sido capaz, até agora, de notar a luz prateada emitida pela borboleta.

Seu rosto aqueceu e ficou inconsciente, apenas por impulso, ele jogou água nela e cobriu as pernas e o peito que há muito estavam expostos.

"Hua Cheng, seu canalha."