4 - Investida contra a Moebius.

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Yuji Shinakawa - Primeira Pessoa.

Se passaram alguns dias desde meu primeiro encontro com Takemichi e a Toman, desde então, não falei mais com o loiro, principalmente por estar envolvido profundamente com meu treinamento. Nesses poucos dias, meu corpo se fortaleceu levemente e a memória muscular que eu tinha em meu antigo corpo começou a aparecer. 

Além disso, alguns delinquentes da Moebius tentaram me atacar, mas fui capaz de dominá-los com extrema facilidade. Adolescentes comuns já não eram um problema para mim, contanto que não fossem muitos ou carregassem armas. Isso tudo me rendeu uma fama divina na escola, principalmente devido ao fato de que eu sempre impedia os membros da Moebius de machucar alguém.

Para os alunos do primeiro ano, eu era como um protetor, já para os segundanistas, eu era uma pessoa que eles deveriam  respeitar, enquanto os terceiros anos simplesmente mantinham o mínimo de respeito, já que eu havia derrubado vários alunos mais velhos.

Não é como se eu pedisse por este tipo de reconhecimento, já que eu estava apenas me defendendo e testando minha força no processo.

Também comecei a correr a noite, pois durante este horário, o corpo se torna mais ativo, pois os picos das funções musculares e força são atingidos a maior parte do tempo neste período. Isso me ajudou a treinar por ainda mais tempo e de forma intensa.

E era exatamente isso que eu estava fazendo no momento.

Com o som calmo da noite, eu corri tranquilamente pelas ruas, o vento frio acertando minha pele e passando uma sensação agradável por meu corpo. Eu nem mesmo me preocupei com o ambiente ao meu redor, focado apenas em manter minha respiração estável enquanto continuo a correr.

É incrível como, mesmo depois de dias correndo a noite, nunca fui abordado por ladrões. No máximo alguns valentões tentavam me interceptar, mas rapidamente os derrubei. Pelo que parece, os adolescente deste mundo são ainda mais burros do que de onde venho, pois mesmo tendo uma vida financeiramente estável devido aos seus pais, ainda assim se juntam a gangues e cometem crimes.

Não estou falando daqueles obrigados a se juntarem, mas sim aqueles que entram por vontade própria.

"Por que ainda paro para pensar sobre? Esse é um mundo onde lutas de gangue acontecem a cada esquina. Todos resolvem as coisas com os punhos, pessoas assim não podem ser muito espertos."

Enquanto caminho, diminuo o ritmo quando percebo o que acabei de falar. 

Parece que sou um pouco hipócrita, não tentei realmente conversar com os valentões antes de bater na cara deles.

Eu rio com isso, um leve sorriso se formando em meus lábios.

Acho que devo rever este comportamento.

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Bash!

Um som que conheço bem soou a alguns metros de distância de onde eu estava. Curioso, eu paro de correr e me ponho a ouvir, não demorando para que eu pudesse escutar várias risadas ao longe junto do que pareciam algo batendo em carne. 

Uma luta? Parece se tratar de um grupo.

Esse tipo de coisa realmente não era problema meu, e eu poderia apenas ir para casa, mas a ideia de que alguém pudesse estar sendo espancado não saiu da minha mente, o que me levou a caminhar em passos rápidos em direção da origem do som.

Não demorei para encontrar dezenas de motos estacionadas em um parque, os postes de luz iluminando um grupo mais a frente, que parecia estar rindo enquanto estavam ao redor de uma briga.

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