A brisa do mar

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Chegamos na casa e logo fomos deixando nossas coisas no quarto principal, não tinha nada na casa para comer e não queria comprar nada pronto, então avisei a Lewis que iria ao mercado comprar algumas coisas para preparar a refeição, o que eu não esperava era que ele quisesse ir também.
- Podem nos reconhecer, não tem problema? - eu perguntei acreditando que ele não gostaria de ser fotografado junto comigo.
- Justamente, não posso te deixar ir sozinha, e se eles te reconhecerem e você não conseguir sair. - ele se explicou.
- Aqui é bem tranquilo, frequento a cidade a um tempo, é como acharem celebridades por aqui, justamente por ser comum que sempre tem algum paparazzi ao redor. - justifiquei. - para mim não é um problema, para você é? - testei para vê se minha tese estava correta.
- Não, uma foto juntos não significa nada. - ele respondeu me deixando ainda mais triste do que antes, não que eu queira que signifique algo, mas saber que ele não se importa em ser visto comigo, porque não há nada para esconder dói um pouco.
Saímos então e dessa vez dei a chave para ele dirigir, e cá para nós o homem era muito sexy dirigindo. Paramos no estacionamento do supermercado que fica mais próximo e saímos para fazer as compras.
    Pegamos algumas verduras, ele pegou alguns produtos veganos para fazer alguns pratos que ele disse que eu irei amar.
    - O que você acha de alguns mashmallows para assarmos na fogueira na praia? - ofereci e enquanto ele empurrava o carrinho pelo corredor do mercado.
    - Ótima ideia, pegue uns dois pacotes. - ele disse e eu acatei.
   - Qual cerveja você prefere? - perguntei a ele quando chegamos a parte das bebidas.
   - Já pegamos o vinho da minha escolha, então a cerveja é por sua conta.
   - O que você acha da stout?
  - Pode ser. - ele respondeu receoso e eu coloquei um fardo de stout e outro de lager para caso ele não tomasse a minha.
    - Estamos bem equipados agora. - ele disse rindo da quantidade de bebida alcoólica que estávamos levando.
    - Nunca é demais. - respondi rindo. - sou brasileira, nós somos bom de copo.
   - Mel. - alguém me chamou e eu virei para ver.
    - Ei Jah. - disse quando vi a pessoa que estava atrás de mim.
    - Não sabia que estava aqui. Devia ter avisado, teria marcado algo.
    - Você sempre tem algo marcado. - disse o fazendo sorrir.
    - Justo, mas e então quer aparecer por lá hoje? - ele me convidou.
   - Não sei, eu meio que tenho planos. - disse apontado para Lewis que olhava atento minha interação com meu amigo. - Nyjah, Lewis, Lewis, Nyjah. - disse apontando de um para outro os introduzindo.
    Eles se cumprimentaram e apertaram as mãos.
   - Se quiserem aparecer lá em casa hoje vamos fazer um role suave, pouco gente, algo mais low profile, você sabe como é, Mel. - Nyjah nos convidou.
    - A gente te avisa depois o que decidirmos. - eu disse e nos despedimos.
   Quando Nyjah saiu Lewis olhou para mim.
   - Eu conheço ele de algum lugar.
   - Ele estava no met, ele é skatista profissional. - esclareci.
   - Vocês já.... - vi o questionamento dele e logo fui esclarecer.
   - Não. - disse rapidamente rindo. - eu e o Nyjah nos conhecemos aqui em Laguna quando comecei a frequentar a cidade, ele tem uma casa por aqui e agita bastante por aqui com as festas, começamos a fazer trilha juntos e nos tornamos amigos. - esclareci.
   Nitidamente vi a tensão sair do rosto dele.
   - Oh Lewis, não imaginava você como o tipo ciumento. - brinquei e ele riu, mas não negou.
    Terminamos de fazer as compras tranquilamente e voltamos para casa.
     Chegando começamos a preparar as coisas e fizemos um almoço leve, ele sabia bem como preparar uma boa comida e eu mostrei também o que eu podia fazer na cozinha.
     Após o almoço fomos jogar PlayStation, eu era ótimo no futebol pela época em que tinha um homem como meu colega de quarto, mas quando fomos para o f1 fui a maior negação, ele ria tá minhas tentativas e das minhas reações de frustração.
    Ele tentou por várias vezes me ensinar, eu tentava, as vezes apelava. Quando ele me cercou pela costas para me mostrar como se jogava eu fiquei tensa com a aproximação, não pude entender nada do que ele disse.
     Quando ele percebeu ele me deu um beijo terno no ombro antes de se afastar. Deixei o controle de lado e me aproximei dele, coloquei minha mão em seu rosto, ele estava me encarando para ver o que eu faria em seguida, então dei o primeiro passo é beijei-o.
   Ele me puxou para mais perto dele e me colocou em seu colo, o beijo foi se intensificando e senti uma protuberância por baixo de mim.
   Quando ele já estava me deitando no sofá e vindo por cima, meu telefone que estava por perto começou a tocar interrompendo nosso momento, só decidi atender porque era o toque da minha mãe e poderia ser algo sério.
   - Oi mãe, aconteceu algo? - perguntei quando alcancei meu telefone.
   - Oi filha, não, está tudo bem, só queria saber como você está. - ela disse suavemente e eu bem ao oposto já ficando enfurecida pela interrupção desnecessária, mas mesmo assim não queria demonstrar até porque ela não sabia o que estava acontecendo.
    - Estou bem, estou em Laguna, tenho visita. Posso te ligar depois?
    - Oh sim, sua irmã está em LA, ela não te disse? - minha mãe falou e agora eu sabia do que se tratava o telefonema, minha mãe querendo checar se minha irmã estava comigo.
     - Ela chegou quando?
     - Saiu daqui na sexta.
     - Bem, eu cheguei aqui hoje e não vi ela ontem nem hoje, mas não si preocupe, ela deve está trabalhando ou na casa de uma amiga. Ligue para ela, vou ligar para Dev e ver se ela apareceu por lá. - falei para tranquiliza-la.
    - Ok, obrigada, se eu souber de algo te aviso. - ela disse por fim e nos despedimos antes de desligar.
     Como estávamos falando em português ao telefone Lewis estava um pouco confuso com a situação. Como o clima já havia se dissipado decide levantar e avisei a ele que iria sair para fazer uma ligação.
    Liguei para Dev, mas ela também não teve notícias da minha irmã, liguei para Milena e caiu na caixa postal. Comecei a ficar preocupada quando minha mãe retornou e disse que ela e o namorado haviam ido para LA juntos e já estava voltando para NY.
    Passei a mão no cabelo em frustração e xinguei minha irmã por não ter informado as coisas direito para minha mãe. Por mais que nós somos adultas teremos sempre que manter minha mãe antenada sobre nossa vida.
     - Está tudo bem? - Lewis perguntou confuso chegando atrás de mim que estava na varanda olhando o mar.
     - Agora está, apenas um susto que minha irmã deu em minha mãe. - expliquei. - quer ir à praia? - ofereci porque o dia estava lindo e quente e a praia nos chamava com aquela brisa gostosa do mar.
    - Claro. - ele respondeu.
    Fomos para o meu quarto colocar roupas de banho, quando sai do banheiro vestindo um biquíni ele me olhou de cima a baixo e deu um sorriso safado, ri da cara dele e mandei-o entrar para se trocar antes que perdêssemos aquele resto da tarde.
    Quando ele saiu de short, sem camisa e com um chapeuzinho de praia foi minha vez de dar uma conferida no corpo dele e soltei um assobio, ele riu me pegou bela cintura e me deu um beijo.
     A casa tinha uma pequena parte de areia que tínhamos como praia particular o que era bem útil quando se era uma figura pública, podíamos ficar tranquilamente na areia e no mar sem se preocupar se alguém iria ver ou fotografar.
    Descemos para a praia e entramos no mar, depois de alguns mergulhos fomos para a areia e eu deitei de brusco para tomar um sol nas costas, para provocá-lo retirei meu top e joguei para ele que estava saindo da água e vinha em minha direção para sentar ao meu lado.
     Ele pegou o top no ar e deu uma gargalhada, sentou ao meu lado e me deu um tapa na bunda.
    - Que belo fim de semana. - ele disse. - uma praia dessa com uma mulher dessa.
   - Sempre que quiser. - disse brincalhona.
   Ficamos lá por mais uma tempo até que decidi me virar e precisava do top para cobrir meus seios, pedi a ele que estava com o top no bolso da bermuda.
     - Nem pensar, agora é a melhor parte. - ele disse.
     - Lewis. - ri insistindo que ele me entregasse. - alguém pode passar pelo mar e me ver assim.
    - Eu te protejo gata, não esquenta. - ele falou com todo aquele charme na voz.
   Acabei cedendo a vontade dele e me virei dando plena vista da minha frente nua. Ele olhou e lambeu os lábios e sorriu.
     - O paraíso. - ele sussurrou e eu ri mais ainda.
   Ele deitou na areia ao meu lado, traçou um caminho com seu dedo da minha cintura até o topo da lateral do meu seio direito e o meu corpo todo se acendeu, fechei meus olhos e aproveitei a sensação.
    Ele veio se aproximando e me deu um beijo na ponte do meu nariz, abri o olho e olhei bem em seus olhos.
    - Você é tão linda, suas curvas, seu rosto delicado. - ele disse cada elogio devagar enquanto me dava um selinho em cada lugar do meu rosto. - estou doido para te ter aqui e agora. - ele anunciou e era isso que faltava para que continuássemos o que tentamos fazer o dia todo.

Apenas um encontroWhere stories live. Discover now