O caminho para o calor

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     Saímos da festa e eu ainda estava um pouco desnorteada, Lewis dirigiu em silêncio até a casa e eu fiquei olhando pela janela, evitando qualquer contato visual para que ele não questionasse o que tinha acontecido.
Quando chegamos praticamente pulei para fora do carro. Entrei correndo na casa e fui em direção ao quarto, ouvi ele chamar meu nome, mas continuei subindo as escadas. Quando estava perto da porta ele me alcançou e segurou meu braço me impedindo de prosseguir.
- Precisamos conversar. - ele falou sério e eu me contorci por dentro, sabendo que precisava esclarecer algumas coisas, mas não sabendo até onde conseguiria falar.
Acenei com a cabeça para que ele entrasse no quarto e eu entrei logo depois fechando a porta.
- O que rolou entre vocês? - ele foi mais rápido já formulando o questionamento.
Respirei fundo e me preparei mentalmente para construir um narrativa onde eu não iria me expor demais, mas ainda sim deixar claro.
- Eu e o Colson nos conhecemos em 2016 quando fomos filmar um filme juntos, nós éramos um casal na trama, tinha algumas cenas mais íntimas em que eu não me sentia confortável para fazer, mas ele me ajudou muito a ficar confortável no set, uma imagem bem diferente do bad boy que ele parecia ser. - falei andando até a cama e me sentando encolhida no centro da cama.
Ele me ouviu atentamente e sentou ao pé da cama de frente para mim.
- Eu estava ainda no início da minha carreira, não conhecia muitas pessoas e não sabia muito sobre o lado obscuro dessa vida midiática. - eu fiz uma pausa para refletir como contar a primeira parte merda da história. - naquela época eu tecnicamente estava em um relacionamento, digo tecnicamente pois era puramente midiático. Eu e Mino estávamos começando a carreira em LA, ele era a única pessoa em que eu confiava e tinha como amigo, ele me convenceu a contratar sua agência e a primeira atitude da agência em acordo com a produtora do filme que estávamos gravando era usar nossa imagem como um casal nas telas e fora dela. - soltei a primeira fofoca e observei a reação dele que não era nenhuma, claramente ele já estava acostumado com coisas assim.
- No início não me pareceu algo ruim, eu e Mino nos dávamos super bem, fomos morar junto em um lugar melhor do que eu vivia antes, tínhamos muita conexão e gostos parecidos, ele me apresentou muito sobre a cultura dele e me incentivou muita a estudar música. Quando eu conheci Colson o problema começou, enquanto trabalha com ele no filme ele começou a me chamar para festa e eventos que eu nunca tinha ido, para manter a imagem de casal eu sempre chamava Mino para ir junto comigo e ele sempre ia, Colson e Mino se tornaram grandes amigos, tinham gostos semelhantes, inclusive pelo uso excessivo de álcool e drogas. - eu levantei da cama inquieta lembrando daquela fase, Lewis continuou olhando para mim, mas não se levantou.
- Nós três andávamos para todos os lugares juntos, todas as festas em LA nós três estávamos, os dois me ensinaram tudo que eu sei sobre a música e me deram força para fazer a especialização em produção musical, juntos nós três criamos muito conteúdo bom enquanto passávamos o dia chapados, mas como isso meu trabalho como atriz ia ladeira a baixo, com atrasos no cronograma, falta de ensaio e brigas com produtores. Colson me apresentou para um novo mundo, eu não me sentia mais tão sozinha, tínhamos muitas pessoas ao redor que eram amigos dele, ele me introduziu na indústria musical e com o tempo eu e ele fomos nos aproximando mais intimamente, ele praticamente morava comigo e o Mino, e isso foi muito bom até que Colson começou a questionar meu relacionamento com Mino. Toda vez que ele usava muita droga ele começava a questionar minha proximidade com o Mino e dizia que ele sentia algo por mim, além disso ele não gostava do fato de que eu era sua namorada, mas o mundo achava que eu era namorada do Mino, a gente sempre discutia e as vezes as discussões se tornavam bem agressivas. - falei me encolhendo lembrando de alguns conflitos, Lewis levantou da cama e andou até a minha direção, mas eu fiz um sinal com a mão para ele esperar até que eu terminasse.
- Do outro lado estava uma carreira fudida, a produtora encerrou o contrato comigo e Mino, então ele enfiou a cara mais ainda nas drogas, a agência estava abusando do uso da nossa imagem, minha família estava questionando a minha postura na mídia e os negócios financeiros no Brasil não estavam muito bom visto que eu não estava cuidando. - parei por aí pois certas coisas que aconteceram naquela época ele não precisava saber.
- Mino começou a ter problemas com ataques de raiva e Colson ao invés de me ajudar a lidar com isso começou foi a ser mais um problema. Foi aí que eu decidi que era o momento do ponto de virada, eu cancelei o contrato com a agência, sai da casa e fui atrás de um novo começo. - falei encerrando e dessa vez deixei que ele viesse até mim e me abraçasse.
- Mino não conversa comigo até hoje por achar que eu virei as costas para ele, e Colson ficou com ódio porque naquela época não queria saber dele, não respondia mensagens nem atendia ligações e quando ele me procurava eu não conversava, fiz isso porque sabia que ele era tóxico para mim e que eu precisava voltar ao trilhos, ele me culpou pelo agravo de sua depressão e disse que o deixei para morrer, por isso ele tem tanto ódio de mim atualmente. - expliquei em partes para ele entender de onde surgiu aquele surto de hoje.
- Nossa, que merda, mas você não deve se sentir culpada por se afastar de algo que era ruim para você. - ele disse tanto me confortar, mas a real era que ele não sabia de toda a história, então me senti mal por ele, como se estivesse o enganando então me afastei e fui até o banheiro retirar a maquiagem.
- Não gosto de falar sobre isso, ame traz memórias que não gostaria de lembrar. - disse tentando encerrar o assunto.
- Tudo bem, obrigada por mim contar, se depender de mim esse idiota não vai mais chegar perto de você. - ele disse encostando na bancada do banheiro e me assistindo a retirar a maquiagem.
Retirei a maquiagem em silêncio e depois retirei minha roupa para tomar um banho, ele ficou ali em silêncio me assistindo, eu não queria que ele saísse, então deixei que ele estivesse lá, queria ver até onde ele iria.
Por mais frustrada que eu estivesse com ele eu gostaria de sentir um pouco do seu carinho para compensar o vazio que estava sentindo depois daquele confronto na festa.
Eu entrei debaixo do chuveiro e estava ensaboando quando senti ele vindo por trás de mim e me abraçando completamente nu. Joguei a cabeça para trás e encostei em seu peito, deixei que ele passasse a mão ao longo do meu corpo e me permiti sentir aquela sensação que fazia minha mente ir em espiral.
———//———
Quando acordei na manhã seguinte Lewis estava deitado ao meu lado, minha cabeça estava estourando, imagino que deveria ser pelo shots que tomei na festa do dia anterior, relembrei de tudo apesar de que eu não estava muito grogue quando tudo aconteceu, mas definitivamente eu não me senti orgulhosa das minhas atitudes.
Levantei na ponta do pé e vesti uma roupa, estava debatendo sobre o que fazer em relação a Lewis. Eu queria tê-lo por perto, mas o quanto ele me queria por perto?
Eu não queria que tudo fosse mais um mero encontro, mas sabendo melhor dos homens eu sei que tudo que ele queria era um bom tempo comigo e para isso ele iria dizer o que eu queria ouvir para deixá-lo ficar.
Então me poupei do papo furado e escolhi afogar a Melissa racional e dar ouvidos a Melissa que queria ter pelo menos por mais um tempo uma das melhores transa da sua vida.
Voltei para a cama e fui me aconchegando para perto dele, passei minha mão pelo seu peito e desci em direção ao caminho da felicidade, se era para mantê-lo por mais um tempo eu iria gastar muito bem gasto esse tempo.
- Bom dia. - ele disse com os olhos fechados e um sorriso no rosto.
- Ah sim, para você é um ótimo dia. - disse sedutora enquanto fazia exatamente o que eu sabia que ele queria nas partes baixas de seu corpo.
Aproveitamos muito aquela manhã na cama, eu fiz o início ser todo sobre ele e ele me recompensou depois reafirmando o motivo que eu deveria mantê-lo.
———//———
- Parece que celular serve muito pouco para vocês dois. - Devon disse enquanto eu me juntava a ela na piscina aquecida da casa.
- Ontem depois que chegamos foi contá-lo sobre o MGK. - eu expliquei entrando na água morna.
   - Sério? Você contou tudo? - ela perguntou surpresa.
    - Não, contei só o necessário para que ele entendesse o que estava rolando ontem.
    - Depois que vocês saíram MGK arrumou confusão com uma galera na festa e Gerry colocou ele e os amigos dele para fora. - ela me contou.
    - Conhecendo ele, eu imaginei que algo assim poderia acontecer. Quando o Lewis atacou ele sem levantar um dedo, ele se tornou um fósforo riscado só esperando um lugar para atear fogo. - comentei.
    - Hoje cedo eu ouvi o Nick conversando com o Lewis aqui fora, ele contou o que aconteceu no VMA, disse para Lewis ficar de olho porque sempre que o Colson está no mesmo lugar que você ele arruma uma forma de te humilhar e você sempre aceita. - ela comentou.
    - Eu não consigo reagir, me concentro em apenas não fazer nada para dar mais motivos para falar de mim. - eu me justifiquei.
    - Eu já conversei com você sobre isso, eu não acho que você esteja evitando briga, mas sim, se culpando ainda pelo que aconteceu e acreditando que você não tem o direito a retaliar as provocações por achar que ele tem razão em dizer toda essa merda para você. - ela tocou bem na ferida ainda exposta, e eu não sabia o que dizer, talvez ela tivesse razão sobre isso, mas eu nunca admitiria para mim mesma que eu era estúpida assim. - você já falou sobre isso com Luana? - ela queria que eu falasse com minha psicóloga sobre isso.
    - Ela sabe. - eu disse.
   - Mas ela sabe desse seu bloqueio em superar isso?
    - Certas coisas nem mesmo a terapia ajuda a lidar. - eu disse pesarosa. - Falando nisso Luana e Wesley não iriam chegar hoje? - questionei lembrando que minha amiga e seu marido iriam vir para passar o natal conosco.
   - Havia até me esquecido disso. - Dev disse e fez uma pausa pensando. - talvez seja uma ótima oportunidade para você contar a ela sobre o que aconteceu.
    - Não se atreva a falar nada com ela aqui sobre o que rolou, não vamos misturar as coisas, ela está aqui como família, não como minha terapeuta. - eu cortei e Devon levantou as mãos na defensiva.   
    - Não está aqui mais quem falou. - ela disse recuando. - Mudando de assunto você tinha que ver Matt e Milly na festa ontem. - ela disse sorrindo. - eles estavam bem próximos na festa de ontem.
   - Quão próximo? - eu indaguei.
- Bem desde que saímos de LA na quarta ele tem tentado se aproximar, mas ela tem sido bem incisiva em não dá atenção as investidas dele.
   - Amiga você solteira está se revelando uma grande fofoqueira. - eu disse rindo e ela também riu da constatação.
   - Fofoqueira não, analista. - eu ri mais ainda. - Fazer o que, me sobrou mais também para analisar a vida dos outros.
———//———
   Luana e Wesley chegaram a noite, já estávamos preparando a ceia e em clima de festa. Éramos 20 pessoas, sendo catorze dessas pessoas brasileiros, ou seja, a casa estava pegando fogo. Música e conversa alta, gente bêbada, briga por causa dos preparos da comida.
    Minha família tinha o ritual de que cada pessoa tinha que contribuir com um prato para a ceia, o que acontece é que esse foi o primeiro natal em que todas as pessoas estavam na mesma casa durante o preparo, ou seja, uma cozinha para 20 pessoas prepararem uma comida.
    Eu e Lewis havíamos ido para cozinha mais cedo para evitar essa confusão que eu sabia que iria acontecer, eu preparei o famoso doce francês Paris Brest e ele havia preparado um gnocchi vegano. Agora apenas deixamos o pau quebrar na cozinha enquanto meu avô passava raiva ensinando Lewis a jogar truco.
- Ah eu vou deixar vocês para lá. - disse me levantando da mesa onde meu avô gritava e Lewis entregava as melhores cartas antes da hora.
Fui para a cozinha e me deparei com minha avó discutindo com minha tia Flora, que escuta pouco, como deveria ser feito o chester.
- Não sei por que vocês insistem todo ano em fazer esse frango seco, ninguém come. - falei e me arrependi na hora quando vi a cara de que as duas me dirigiram.
Sai de lá correndo e encontrei minha mãe e ajudando Nick a fazer cookies, eles estavam sentados em uma mesa conversando e fazendo as bolinhas de cookies com uma calma.
- A casa é belíssima, tem tanto coisa, tantos lugares inusitados. - minha mãe disse a ele.
- A senhora tem que ver isso aqui no verão. - eu disse me juntando a eles. - viemos tão rápido que não vamos aproveitar nada da casa, assim Nick vai ter que emprestar a casa no verão novamente. - eu provoquei.
- Seus pais não se incomodam em ter tanta gente desconhecida na casa? - ela perguntou a ele.
- Eles não dão muita importância, possuem muitas casas ao redor do mundo, não se importam muito se eu uso uma ou outra as vezes. - Nick disse dando de ombros.
- Mas você foi criado em uma em especial? - minha mãe perguntou, eu já sabia onde aquela pergunta iria, minha mãe intrometida ia implicar com a infância do menino, para comprovar que dinheiro não é tudo.
- Sim, eu morei por muito tempo em uma casa em Massachusetts. - ele explicou. - mas era como se fosse uma casa só minha e do meu irmão, nossos pais viviam viajando então sempre ficamos só nós dois na casa com alguns empregados. - prato cheio para minha mãe militar.
- Onde está Matt agora? - questionei para mudar o foco da conversa e não dá abertura para minha mãe falar.
- Ele está fugindo da cozinha para não ter que fazer nada. - Nick disse.
- E Milena? - eu não pedi o fato de que minha irmã e o irmão de Nick estavam sumidos exatamente no mesmo momento e minha mãe constatou isso agora, pois ela estava olhando ao redor a procura da menina.
- Ela deve está resolvendo coisas do trabalho, eu vi ela atendendo um telefonema agora a pouco. - ela disse.
- Sei, trabalho em véspera de natal. - falei rindo sarcasticamente.
Minha mãe deu de ombros e continuo seu questionário a Nick.
- Onde estão seus pais hoje? Eles não tem costume de passar o natal com vocês? - ela continuou o interrogatório.
- Estão em um jantar de negócios em Dubai. Eu e Matt estamos acostumado a passar o natal sem eles, mas sempre tivemos nossos avós, acontece que eles morreram a alguns anos. - ele explicou e a essa altura eu tinha certeza que minha mãe estava certa de que iria pegar eles para criar.
- O meu filho, a partir de agora vocês não passam mais sozinho. - ela disse afetiva a ele. Eu disse, ela ia pegar para criar.
Minha mãe era assim, coração grande, brava mais muito afetiva.
Levantei da mesa deixando eles fazendo os cookies e fui até o sofá onde Luana e Devon conversavam.
- Espero que o tópico da conversa não seja eu. - disse me juntando a elas.
- E de queimais seria?! - Luana provocou.
- É sério? - eu perguntei realmente assustada de Devon ter dito algo.
- Não. - Devon riu do meu egocentrismo de realmente achar que seria sobre mim. - Luana está tentando engravidar.
- Amiga, você não me contou isso. - eu disse espantada e lhe dei um abraço de empolgação. - torço muito por você, vai dá certo.
- Eu e Wes estamos tentando passar mais tempo juntos, as coisas entre nós estavam muito estranhas, estávamos trabalhando muito e passando muito tempo afastados. A questão é que nós dois estamos sempre em uma cidade, estado ou país diferente e quando estamos próximos geograficamente nunca temos tempo para nos ver. - ela desabafou.
- Então vocês acharam que um criança poderia forçar esse conexão? - eu como sempre muito grossa sem querer com as palavras, as vezes parece que meu cérebro não filtra as coisas que eu falo.
- Não é bem assim. - Luana diz sem graça. - eu e ele achamos que é o momento certo de expandimos a família e nos concentrar mais em nós e menos no trabalho. - ela justificou.
- Espero que tudo dê certo, vocês serão excelentes pais. - eu disse tentando amenizar o que havia dito anteriormente.
- Então Lewis Hamilton está de volta. - ela constatou me provocando para ver minha reação.
- A intenção não foi minha. - eu me defendi.
- E como você se sente sobre isso? - ela perguntou.
- Não vamos falar disso agora, vamos deixar a terapia para a sessão, agora vou é pegar uma cerveja para nós. - disse me levantando, mas antes que pudesse prosseguir Luana segurou meu braço.
- Vou te dar um conselho como amiga e não como psicóloga. Se cuide, as vezes olhamos para os outros mais que para nós mesmo, você tem feridas abertas que precisam cicatrizar, cair novamente só vai abri-las mais um pouco. - ela falou e me fez ficar ainda mais insegura em algo que eu já não estava muito confiante.
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     Eu estava na varanda do térreo sozinha tomando um vinho e olhando para as árvores que ficam à frente. Estava um pouco frio aqui fora, mas eu precisava de um momento de paz sozinha para colocar alguns pensamentos em ordem.
    Lewis veio até mim e me abraçou pelas costas trazendo um calor bem vindo. Eu aceitei seu abraço e me aconcheguei nele.
    - No que você está pensando? - ele me perguntou e eu ri.
   - Quando eu era criança minha mãe sempre me perguntava isso.
    - Então você sempre foi muito pensativa? - ele diz beijando o topo da minha cabeça.
- Penso até demais. - disse e virei de frente para olhar para ele. - você não está triste de não passar o natal com sua família? - eu perguntei.
- Nós não temos essa tradição de nos reunir para a ceia de natal, quer dizer até fazemos, mas não necessariamente é algo que fazemos questão. Eu vou até meus pais quando eu tenho folgas, não precisa necessariamente ser uma data especial. - ele explicou.
- Entendi. - disse abraçando-o pela cintura. - você vai visita-los após o natal?
- Não, a mídia está me cercando em Londres e cercando meus familiares, esperando algum posicionamento da minha parte.
- Então você está aqui porque está fugindo deles? - provoquei, não que eu me importasse com os motivos para ele está ali.
- Não só isso, mas está aqui é pelo menos fora do radar deles.
- Ah eu estaria satisfeita em ser o seu álibi. - disse antes de dá-lo um beijo.
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A ceia de natal foi tranquila, Lewis aprendeu um pouco sobre o costume brasileiro em arrumar a mesa para comer antes da hora certa, brigar com a pessoa que comeu primeiro e com quem começou pela sobremesa e não pelo jantar, ele ria das confusões e ficava admirado com a facilidade era feito as pazes após as brigas.
No dia 25 ficamos dentro da casa apenas jogando cartas e assistindo filmes. Minha irmã teve a irritante ideia de maratonar os filmes que eu fiz e todos se reuniram para ver. Eu odiava assistir meus próprios filmes, sempre criticava minha própria atuação e ficava com vergonha em certas cenas que eu me prestei a fazer.
    No dia 27 fizemos as malas e fomos em direção ao calor das Ilhas Cayman para passar o ano novo.

Apenas um encontroWhere stories live. Discover now