Capítulo 15 - Cartas cinzas

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Atenção pulguinhas o capítulo a seguir é narrado pelo Jimin. Achei interessante que vocês tivessem um pouco de como as coisas passam na cabeça dele.

O capítulo a seguir tem conteúdo sensível!

#mamaeschantagistas #ataldamark2

Boa leitura 🥺

~^•^~

Jimin

Desespero...

Era assim que eu definiria o que estava sentindo naquele momento. É complicado você imaginar que está tudo bem ao sair de casa e quando retorna, tudo desmorona. Meus sentidos estavam confusos e eu não sabia o que resolver primeiro, Wonho chorava alto, usando todas as forças que tinha em seus pequenos pulmões e Junghyun estava grudado novamente em minhas pernas. E enquanto tudo isso acontecia, meu marido estava desmaiado no quarto no fim do corredor.

A minha sorte é que não sou cardíaco.

Respiro fundo algumas vezes antes de conseguir tomar verdadeiramente uma atitude, até a emergência chegar eu tenho que acalmar duas crianças e conferir se o Jungkook ainda respira.

— Junghyun eu sei que você tá assustado, sei que você nunca viu seu pai assim, mas precisa me soltar, preciso acalmar o Wonho. — Comecei, olhando em seus olhinhos tempestuosos. Eu sabia que ele estava tão desesperado quanto eu, mas eu realmente precisava acalmar o Wonho e não conseguiria fazer isso se ele não me soltasse. — Olha só, você precisa ser só um pouquinho mais forte que o medo neste momento, está bem? Só por uns minutinhos, eu ainda vou estar aqui. Pode fazer isso, não pode?

Para minha surpresa ele concordou, se afastando com o corpo trêmulo e se sentou no chão, abraçando as próprias pernas. Com as minhas pernas livres, corri até o bebê conforto. Wonho esperneava e seu rostinho estava inteiramente vermelho.

— Meu bem, hey, tudo bem, tá tudo bem! — Repito enquanto tiro as proteções de seu corpo e o pego no colo. — Olha para mim pequeno...

Eu sabia que ele tinha sentido toda a tensão, estava muito perto do pai para seu lobinho não sentir. Naturalmente eles tinham uma conexão de matilha e se nem Junghyun conseguiu aguentar a energia toda, imagina um bebê de seis meses.

— Papai tá aqui, amor. — Comecei a balançar seu corpinho com cuidado, enquanto tentava sorrir e lhe passar conforto. — Sou eu e nada vai te acontecer. — Ele fechou os olhos e quando abriu novamente, seus olhinhos estavam cinza contornados em amarelo. Com a sua iniciativa, deixei meu ômega aparecer também e ao ver a coloração de meus olhos ele se acalmou. — Vai ficar tudo bem, amor.

Após ter certeza que ele não voltaria a chorar, o coloquei de volta no bebê conforto. Depois de ver que ele ficou quietinho, andei até o irmão dele.

— Junghyun, vai ficar tudo bem, tá bom? — Pego em sua mão, trazendo-o para perto de mim e o abraço.

Ele me abraçou forte e ouvimos uma movimentação. Evangeline subiu a escada junto do socorro e eles foram diretamente para o quarto. Tentei explicar o que eu sabia e iria deixar as crianças com a beta, mas Junghyun disse que iria comigo a qualquer custo e Wonho voltou a chorar quando me afastei, o que resultou em nós três juntos em uma ambulância a caminho do hospital.

Quando chegamos eu não tive tempo de assimilar o que estava acontecendo, me levaram para longe enquanto conduziam Jungkook para a emergência. Ficamos sentados na sala de espera e um rosto conhecido se aproximou para o meu alívio.

Recém Casados - Versão reescrita (Jikook)Where stories live. Discover now