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𝐓𝐞𝐫𝐜̧𝐚-𝐟𝐞𝐢𝐫𝐚 07:30𝐚𝐦

Maratona 4/7

- Obrigada - digo a mais velha depois que ela me entrega uma xícara com chocolate quente.

- Vamos cuidar desses machucados agora - Ela diz e vai até uma gaveta, pega uma maleta de primeiros socorros e vem até mim.

- Como é seu nome? - pergunto a mais velha.

- Margareth - Ela diz e eu assenti.

Depois do delicioso banho que eu tomei, Margareth me entregou uma calça de moletom, uma blusa preta, e um casaquinho de tricô. Está muito frio, e a chuva cai loucamente lá fora, fazendo as árvores se balançarem com muita força, e chegou a ter relâmpagos.

Agora eu estou com um pano enrolado em baixo do meu braço cobrindo meus seios, esperando Margareth vim tentar tirar essa bala desgraçada do meu ombro.

- Então, Margareth... - começo e a senhorinha se senta em minha frente - A quanto tempo a senhora mora aqui? - pergunto e ela abre a maleta.

- Moro aqui a alguns anos, Sophi - ela responde, chega perto de mim, e começo a passar álcool no furo em meu ombro com delicadamente, mas sobressalto ao sentir arder - Eu sempre quis ter um lugarzinho de paz. Quando eu soube que tinham acabado de inaugurar essa área de chalés, então eu e ele, decidimos que iríamos morar aqui -

- Ele? -

- Sim, ele - gemo de dor ao sentir a mulher começar a tentar tirar a bala - Eu era casada, o nome dele era, Patrick Albuquerque. Nos conhecemos em um restaurante, onde o mesmo trabalhava como chefe de cozinha - ela diz e vejo um mini sorriso em seu rosto.

- E porque, você "era" casada? Vocês se separaram? - pergunto com um pouco de dificuldade.

- Não, querida. Ele morreu aos sessenta e dois anos, de câncer no fígado - ela diz e eu suspiro.

- Oh, perdão - digo e ela balança a cabeça em negação - Eu não queria ser invasiva. Meus pêsames -

- Não, está tudo bem. É bom conversar um pouco com outras pessoas, apesar de você só ter, dezessete anos - Ela diz e ri - Consegui... Tem certeza que foi só um acidente? - ela diz me fazendo engolir seco - Vamos costurar isso agora -

- Vocês moravam aqui, quando ele... morreu? - pergunto com delicadeza nas palavras.

- Sim, morávamos aqui a cinco anos, quando ele morreu - ele responde e começa a passar a agulha fazendo os pontos. Isso dói pra caralho - Ele fazia as melhores comidas, eu adorava ficar sentada encima do balcão da cozinha, só observando ele cozinhar - ela diz com um sorriso nostálgico, me fazendo sorrir também.

- Você o amava muito? - pergunto.

- Muito. Eu faria de tudo por ele, não tinha pessoa no mundo que me entendia tão bem, do que ele - ela termina de fazer os pontos, e passa uma pomada cicatrizante.

- Eu sinto muito pelo morte dele - digo confortando a mais velha, e ela assente sorrindo fraco.

- Tudo bem, querida - Margareth enrola atadura em meu ombro, e começa a passar um pouco de pomada nos cortes espalhados pelo meu corpo - Acho melhor você descansar um pouco - ela diz depois de terminar de cuidar dos meus cortes.

I'm The Fucking Boss | | Sophia HackerOnde as histórias ganham vida. Descobre agora