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« • 𝐀𝐫𝐭𝐡𝐮𝐫 𝐂𝐲𝐫 » 𝐏𝐨𝐢𝐧𝐭 𝐨𝐟 𝐯𝐢𝐞𝐰 • »
𝐓𝐞𝐫𝐜̧𝐚-𝐟𝐞𝐢𝐫𝐚 20:20𝐩𝐦

Ali, parado, vendo minha garota arrastar com o meu carro pra sei lá onde. Deixei uma lágrima de tristeza cair. Não queria que ela tivesse essa reação, fiz isso por ela. Fiz isso para proteger ela. Não achava que ela iria ficar puta a esse nível, ela nunca nem chegou a gritar comigo. Se bem que, não chegamos nem a brigar igual a hoje. Não gosto disso, da sensação de estarmos brigados. Que merda.

Sei que estamos em meio a uma guerra, e que a qualquer momento, pode acontecer um ataque, ou coisa parecida. Sei que eu posso morrer, não sou burro. Sei das consequências. Mas também sei que, se algo acontecesse com Sophia, eu não saberia lidar com isso, e minha vida daí pra frente não valeria de nada. Então, prefiro morrer lutando para proteger ela e minha família, do que estar parado e ver várias pessoas atrás dela querendo a sua cabeça em uma bandeja.

- Iai, cara - a voz de Dylan soa atrás de mim. Não respondo. Continuo encarando as marcas de pneus no chão, deixadas por Sophia.

- Kathryn mandou dois carros atrás dela para ficar de vigia. Não precisa se preocupar - Lipe diz e eu assenti.

Já sabia que eles iriam fazer isso, eles não são burros de deixar a filha recém achada de um sequestro, ficar zanzando pelas ruas de Los Angeles, assim sem nenhum vigia por perto.

- Pra onde ela foi? - Matthew.

- Não sei - respondo com uma voz baixa e rouca.

- Ela vai aceitar na boa, bro. Ela só não digeriu direito, sabe como Sophia é quando se trata de você, ou da família - Lipe diz e eu suspiro passando a mão no cabelo.

- No mínimo ela vai quebrar um braço de cada um de nós por termos feito isso, mas depois ela fica de boa - Dylan diz e nós encaramos ele - Oque? Eu não subestimo aquela loira não. Na minha cabeça, ela vira um mostro quando está com raiva -

- Não exagera, Dylan. Sophia não é uma psicopata - digo.

- Olha quem são os pais dela, irmão! Isso vem de sangue. Minha mãe disse que um vez, a Kathryn arrancou três dedos de um atendente de loja, só porque ele roubou dois dólares do troco dela - ele diz e nós arregalamos os olhos - Pois é, também fiquei chocado. Essa família não é muito normal não, cara -

- Ok, talvez você tenha um pouco de razão - Lipe diz e rimos fraco.

- Vamos pra casa, seus imbecis. Amanhã nos resolvemos com ela - digo em virando em direção ao carro dos meus pais.

Andamos até o grupo dos nossos pais que estavam conversando em frente aos carros. Eu fui até minha mãe e a mesma levou sua mão até meu rosto e acariciou minha bochecha, me fazendo sorri sem mostras os dentes.

- Quer conversar? - ela pergunta, e eu neguei com a cabeça - Ok então, se precisar conversar sobre algo, eu estou aqui toda a ouvidos - ela diz e eu a puxo para um abraço, e depósito um beijo em sua testa.

- Te amo, mãe - digo depois de nos afastarmos do abraço.

- Te amo, filho - ela beija minha bochecha e eu sorri. Abri a porta do carro que meu pai tinha vindo, puxei o banco do passageiro ao lado do volante para frente, e entrei no carro sentando no banco de trás da Lamborghini.

Puxei o banco da frente de volta para o seu lugar, e me ajeitei no banco de trás. Encostei minha cabeça no encosto do banco, e fechei os olhos. Estava cansado. Exausto. Não tinha conseguido dormir direito nessa madrugada, por conta da preocupação por Sophia. Mas agora ela está bem.

I'm The Fucking Boss | | Sophia HackerOnde as histórias ganham vida. Descobre agora