Criminal Love//Pjm+Jjk//Jikook

•28•

♧Park Jimin♧

Segui encarando a porta, e o barulho no corredor se repetiu, mas dessa vez mais próximo. Pensei rapidamente e comecei a mexer na gaveta do bidê ao lado da cama, e enfim achei o que queria, uma arma. Me coloquei de pé, mas mantendo uma distância segura da porta. O barulho dos passos se encaminhavam exatamente para cá e em segundos, a porta foi aberta.

Por conta do escuro, ainda não conseguia identificar quem era, mas a pessoa andava com dificuldade e se escorava na parede ao lado da porta. Por precaução, engatilhei a arma e no momento em que fiz o barulho, a pessoa se virou rapidamente em minha direção, como se tivesse levado um susto.

- Jimin? Mas que porra, abaixe isso!- era Jungkook, mas sua voz parecia arrastada. Fiz o que foi dito, larguei a arma e me aproximei cuidadosamente até o alfa.

- Jungkook? O que foi que aconteceu? Você está bem?- toquei seu braço.

- Apenas me machuquei um pouco, mas estou bem.- seguiu caminhando com dificuldade até o banheiro e eu o segui, parando no arco da porta.

Ele parecia sentir dor na perna, pois não aguentou em pé e se sentou na privada. Abaixou a cabeça arfando fortemente e voltou a me olhar.

- O que fazia no meu quarto? E porque estava com uma arma?

- Eu... eu não estava conseguindo dormir no meu quarto, então pensei em vir para o seu. Mas quando eu estava quase dormindo ouvi barulhos no corredor, e por medo peguei a arma que estava no bidê ao lado da cama.

- Como não soube que era eu? Não sentiu meu cheiro?- parecia confuso.

- Não... acho que pelo susto não prestei atenção nisso.- confessei.- Jungkook...

- O que foi?

- Seu rosto está bem machucado.- me aproximei e tomei a liberdade de tocá-lo.

- Essa invasão foi um pouco mais complicada. Por isso pedi que você não fosse.- disse enquanto olhava fixamente em meus olhos.

- Me permite cuidar disso?- encostei levemente em um dos machucados.

Jungkook hesitou um pouco mas logo concordou com a cabeça. Então abri o armário da pia pegando o soro fisiológico, algodão e gases. Me aproximei novamente e passei o líquido no algodão, levando-o até o rosto do alfa e passando pelas feridas. Algumas vezes ele pressionava os lábios ou travava o maxilar em sinal de dor, mas em momento algum reclamou. Enquanto já colocava a gase em seu supercilio, Jeon me analisava e resolveu falar.

- Sabe que eu poderia ter feito isso sozinho, né?

- O que?

- Eu poderia ter cuidado disso sozinho.- apontou para o próprio rosto.- Então porque se ofereceu?

- Eu não sei, acho que gosto de cuidar das pessoas.- dei de ombros.- Se sente melhor?- perguntei quando terminei o curativo.

- Hm... Acho que ainda sinto dor.- parecia pensativo.- Talvez você pudesse dar um beijo para passar mais rápido.- sorriu minimamente.

- Você não perde uma não é?- digo arqueado a sobrancelha.

- Tenho que aproveitar bem as oportunidades que recebo.- ele diz, sorrindo ladino enquanto colocava ambas as mãos em minha cintura, puxando-me para mais próximo de si.

Me inclinei lentamente para frente, e nossos lábios se encostaram levemente um no outro, logo senti nossas respirações se misturando. Jeon foi subindo uma de suas mãos vagarosamente até o meu rosto onde ele segurou delicadamente meu queixo e me puxou para si, dando início um beijo calmo que ganhava cada vez mais intensidade de acordo com os movimentos. Quando o oxigênio fez falta, separamos nossos lábios e encostamos nossas testas enquanto puxavamos o ar de volta.