Criminal Love//Pjm+Jjk//Jikook

•51•

♧Park Jimin♧

Jurei que seria morto.

- N-não foi uma visita, eu posso explicar...- gaguejei, enquanto tentava me levantar.

Kiyoung não parecia querer me ouvir, se aproximou sem cautela agarrando fortemente o meu braço. Ele me arrastou e me jogou no sofá da sala.

- Eu tento te ajudar Park, mas você só dificulta as coisas.- riu maldoso.- O que foi que eu te mandei fazer?

Eu não conseguia falar, era como se eu nem respirasse mais. Estava acanhado como um filhote.

- Responda!- gritou e ameaçou vir pra cima de mim.

- Ficar longe do Jungkook.- fechei os olhos com força e agarrei minha própria roupa.

- Então por que o trouxe aqui?

- Não fui eu! Ele simplesmente apareceu na minha porta e entrou no meu apartamento querendo respostas.- estava me atropelando em palavras.- Eu nem sei como ele me achou.

- Nosso acordo é que você o mantém longe e ele permanece vivo. Mas você não parece estar cumprindo a sua parte.- comentou, se afastando um pouco para mexer em uma das minhas estantes.

- Eu estou e permanecerei cumprindo.

- Que assim seja, porque Yugyeom não irá gostar de saber o que aconteceu hoje. Talvez ele tenha de fazer uma visita ao Jeon...

Yugyeom... Me atentei ao nome que Kiyoung deixou escapar.

Meu coração começou a apertar, não sabia se sentia mais medo por mim ou pelo meu alfa. Mas é claro que não me mantive quieto, eu nunca soube fazer isso direito.

- Acha que é fácil assim chegar até o Jungkook?

- Estamos mais perto do que você possa imaginar.- se virou lentamente pra mim.- Não nos subestime mais uma vez, Park.

- Eu ainda não entendo o que você ganha com isso, e desde quando se envolve nessas coisas.- murmurei fraco, com os olhos ardendo.

- Já fazem anos.- riu debochado.- Diferente do seu pai, era assim que eu conseguia dinheiro para a minha família. E é claro que teria sido melhor para mim se o bastardo do Taehyung fosse um alfa.

- Para colocá-lo nos seus esquemas ilegais?- provoquei.- Independente do status dele, Taehyung jamais se meteria nessas coisas. A mãe dele nem mesmo permitiria uma coisa dessas!

- Ele não teria escolha.- deu de ombros e seu olhar se tornou mais afiado.- E aquela ômega imprestável já não está mais aqui para impedir nada, não é?

Com isso, uma coisa pareceu se acender na minha cabeça. Um questionamento que eu não havia me dado conta.

- Se você está vivo... Onde estão os meus pais e a mãe do Taehy?- algo próximo a esperança se acendeu em meu peito.

- Ah, Park.- o mais alto gargalhou, limpando lágrimas inexistentes do seu rosto.- Eles já sabiam demais, não podia deixá-los vivos. Sinto muito se criou expectativas.

A amargura voltou a tomar conta de mim, meus olhos marejaram, não conseguia acreditar no que ouvi.

- V-você os matou.- devia ter saído como uma pergunta, mas não precisava, eu sabia a resposta.

- Já ouviu falar que a curiosidade matou o gato?- sorriu como um psicopata.- Existem coisas que é melhor que você não saiba.- cantarolou, se aproximando mais uma vez.

Nunca achei que sentiria tanto temor do pai do meu melhor amigo quanto agora. Cada vez que ele se aproximava era como se minha respiração e meu coração parassem, e eu instintivamente me encolhesse.