Desejo Imprevisível - será que esse amor sobreviverá depois da verdade?

Capítulo 13

  Aurora fechou os olhos enquanto eu acariciava suas costas, quando sua respiração se acalmou percebi que ela ainda precisava descansar, queria poder permanecer ao seu lado mas tinha muitos negócios para resolver.

Me levantei a contragosto e devagar para não acordar a Aurora, tomei uma ducha fria e me vesti, fui para o escritório que tinha no corredor e tive algumas reuniões de negócios mas não consegui tirar a Aurora da mente, estou realmente apaixonado por ela mas não preciso dizer isso em voz alta ainda.

Quando olhei através da janela percebi que já estava tarde e me levantei para ir ver se Aurora ainda dormia, assim que entrei no quarto não a vi na cama mas ouvi o barulho do chuveiro então decidi esperar que ela saísse do banheiro.

Quando ela saiu do banheiro estava com um vestido vermelho soltinho, com alguns detalhes da frente que realçava suas curvas e uma toalha enrolada no cabelo.

- Que susto - falou assim que me viu e colocou a mão no peito.

- Desculpa - ela começou a pentear o cabelo em frente ao espelho - conseguiu descansar bem ?

- Sim, parecia que eu estava nas nuvens, obrigada, você dormiu também? Quando acordei você não estava.

- Tive algumas reuniões de última hora e não pude cancelar, mas agora já está tudo resolvido.

Fui até ela e a abracei enquanto ela terminava de se arrumar, ela sorriu e se virou para mim, passou os braços pelos meus ombros e olhou nos meus olhos de um jeito doce.

- Obrigada - me deu um beijo carinhoso e continuou me olhando.

- Pelo o que?

- Por ter me trazido para cá, é o lugar mais lindo que eu já vi.

- Fico feliz que tenha gostado, espero poder te levar em diversos outros lugares - colei nossos lábios em um beijo calmo e carinhoso - vem, mandei preparar nosso jantar lá fora.

Quando chegamos do lado de fora estava tudo organizado da forma que eu queria, só as luzes do jardim e a luz da lua.

- Nossa, que lindo - ela se virou olhando em volta.

- Vem - puxei a cadeira para ela se sentar e rapidamente me sentei do outro lado.

Coloquei vinho tinto em nossas taças enquanto esperávamos o jantar chegar.

- Quem mora aqui? - tomou um gole do seu vinho enquanto observava o local à sua volta.

- Ninguém- tomei um longo gole do vinho.

- Como podem deixar uma casa tão grande vazia? - perguntou indignada - de quem é essa casa? É da sua família?

- A casa é minha - ela me olhou espantada.

- Como assim? Você vai ter que me trazer aqui muitas outras vezes então - falou rindo, um dos meus funcionários veio trazer os nossos pratos.

- Boa noite senhores, o jantar de hoje é filé mignon, purê de batata trufado com bacon, espero que gostem - ele se retirou assim que terminou de falar.

- Meu Deus, está muito cheiroso - concordei com a cabeça e começamos a comer - por que você não mora aqui? - tomou mais um gole de vinho e olhou nos meus olhos esperando por uma resposta.

- Aqui é um pouco distante, tenho que estar em um lugar com fácil acesso para reuniões e outros trabalhos.

- Entendi, falando nisso, quando você vai embora? - ela olhou nos meus olhos mas desviou rapidamente e voltou a comer.

- Amanhã, infelizmente, estou com várias reuniões atrasadas e contratos para finalizar - ela concordou com a cabeça parecendo chateada mas não me olhou.