Capítulo 17

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Voltei a realidade quando ouvi batidas na porta.

- Filha, está tudo bem? - eu não quero mentir mas não posso contar isso para ela.

- Estou bem, mãe, já vou sair - olhei para todo aquele dinheiro enrolado que estava no chão e senti o sangue correr mais rápido por minhas veias.

Percebi que tinha ficado muito tempo no banho quando minha mãe bateu na porta, ela não costuma fazer isso.

Joguei uma água gelada no rosto para ver se o meu rosto inchado melhorava um pouco.

Quando abri a porta do banheiro fui o mais rápido possível para o meu quarto, joguei o dinheiro na cama, cada bolo tem 1.500 mil, como peguei 4, no total tinha 6.000 mil.

12.500 mil é o que tem guardado no fundo falso da bolsa que fica no meu guarda-roupa, o meu coração se aperta cada vez que penso na maluquice que eu estou fazendo, mas quando eu lembro que tudo isso tem um bom motivo, consigo ficar mais tranquila.

Me joguei de costas na cama pensando o por quê da minha vida ser assim, com esse pensamento acabei pegando no sono.

Levantei com o barulho do despertador fui direto para o banheiro, quando me olhei no espelho tomei um susto, meus olhos estavam inchados, com olheiras e meu rosto amassado, entrei depressa no chuveiro com a água gelada para ver se melhora a minha aparência.

Depois de já estar vestida saí do quarto com a mochila nas costas e fui em direção a cozinha.

Peguei uma pera e uma garrafa de água na geladeira, quando estava abrindo a porta para sair ouvi um som que me fez virar.

- Filha - ela estava com um pijama de bolinhas e os fios do seu cabelo loiro estavam bagunçados.

- Oi, mãe - falei apontando para o seu cabelo.

- Para, até parece que nunca me viu de cabelo em pé - ela riu enquanto caminhava em minha direção - você não está dormindo bem, está com olheiras - falou enquanto passava os dedos embaixo dos meus olhos.

- Eu sei, se der eu durmo um pouco a tarde.

- Tudo bem,você tem que se cuidar mais, eu te amo - me deu um beijo na bochecha.

- Eu também te amo - fiz sinal de tchau com a mão e sai de casa.

Fui caminhando até a casa da Verônica como de costume.

- Oi amora - Verônica veio saltitando em minha direção com um sorriso de orelha a orelha e antes que eu pudesse responder ela se jogou nos meus braços.

- O que aconteceu para você estar tão feliz essa hora da manhã? - olhei para ela com a sobrancelha arqueada e ela deu um sorrisinho bobo e começou a dar voltas em volta de si mesma, só faltou os coraçõezinhos em volta da sua cabeça.

- Ele me pediu em namoro - ela gritou contente.

- Tá falando sério? - segurei suas duas mãos e ela concordou com a cabeça, começamos a pular juntas no meio da rua, enquanto gritavamos juntas.

Um carro estava se aproximando na rua então paramos de pular e seguramos nossas emoções.

- Me conta como foi - puxei sua mão para seguirmos caminho e ela entrelaçou nossos dedos.

- Ele me chamou para jantar ontem à noite - ela falava animada enquanto balançava nossos braços para frente e para trás - fomos em um restaurante bem chique no centro da cidade, na hora da sobremesa chegou um doce de chocolate numa taça linda, quando eu olhei para o prato que estava a taça estava escrito " quer namorar comigo?", eu sei que foi clichê mas foi tão lindo, estou muito apaixonada.

Desejo Imprevisível - será que esse amor sobreviverá depois da verdade? Donde viven las historias. Descúbrelo ahora