Capítulo 42

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Merda, está tudo desmoronando.

Depois que a Beatriz foi embora eu consegui entrar na sala do Calebe sem que ele soubesse e consegui descobrir tudo, já estava tudo arquitetado, mas estranhamente não tinha nada sobre Aurora.

Coloquei um detetive particular em sua cola e algumas pessoas para vigiar ele aqui dentro, fora as câmeras e escutas.

Infelizmente o que Beatriz disse sobre as mulheres é verdade, nada que eu faça ou fale vai diminuir a dor dessas mulheres, mas irei resolver isso o mais rápido possível.

Tudo isso será resolvido.

💫

Depois da Verônica entrar aqui querendo me matar percebi que ela não é boba e que faria qualquer coisa pela Aurora.

E o que eu mais preciso agora é proteger Aurora e Beatriz, esses homens não podem saber nada sobre elas.

- Ou - Verônica chacoalhou a mão na frente do meu rosto e eu deixei meus pensamentos de lado - vamos logo, quero ver ela.

- Tudo bem - me levantei e a guiei pela passagem.

Nós dois conversamos muito, e estamos tentando pensar na melhor forma de proteger Aurora e Beatriz.

E a melhor alternativa até agora é tirá-las do país o mais rápido possível, mas quero informar isso para Aurora, então vou esperar que ela acorde.

Assim que coloquei os pés dentro de casa aquela sensação ruim voltou com força, quase matei a mulher da minha vida, eu nunca me perdoarei por isso.

- Eu vou ver ela primeiro - Verônica não me deu nem chance, se aproximou do médico e entrou na sala rapidamente. Fui até a varanda me encostando na sacada ao lado de Beatriz.

- Me desculpa - ela se virou para mim olhando nos meus olhos.

- Não é a mim que você deve desculpas - e rapidamente desviou o olhar.

- Eu sei que devo muitas desculpas a Aurora mas devo a você também e a todas as mulheres que foram violadas e enganadas.

- Tudo bem - ela passou a mão no cabelo, que está preso em um rabo de cavalo bagunçado.

- Tudo bem? - falei mais para mim do que para ela, tirei um cigarro do bolso da calça - se importa? - apontei para o cigarro.

- Não - ela o pegou entre os meus dedos e colocou entre os lábios e aproximei o isqueiro para acende-lô, fazendo a mesma coisa para mim - não sabia que fumava - ela falou após soltar a fumaça de olhos fechados.

- Só fumo quando estou nervoso mas e você? - me virei olhando para ela.

- O mesmo - deu mais um trago no cigarro, seu rosto está inchado, parece muito mal emocionalmente - O que vai fazer agora?

- Como assim?

- Você disse que estávamos em perigo, quero saber o que vamos fazer.

- Vou tirar vocês do país, até tudo se resolver, já estou providenciando a minha casa mais protegida, pode ficar tranquila.

- Como você está? - ela se virou segurando a minha mão - está resolvendo tudo sozinho, não se permitiu colocar esse sentimento ruim para fora, não precisa ter o controle da situação em todos os momentos.

- Eu sou o culpado, fiz isso com vocês, eu atirei nela, eu me aproximei dela mesmo sabendo que a colocaria em perigo - ela apertou um pouco mais minha mão.

Desejo Imprevisível - será que esse amor sobreviverá depois da verdade? Where stories live. Discover now