Capítulo 45

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- Vamos Aurora, já chegamos - escuto a voz de Arthur e abro os olhos aos poucos - eu iria te levar no colo, mas pode machucar o seu ombro.

- Tudo bem - me levanto devagar, um pouco tonta e saio do avião.

- O médico já está esperando - senti todos os meus pelos arrepiarem, sempre tive muito medo - o que foi?

- Nada - abri um sorriso rápido e entrei o mais rápido que consegui no carro pois minha cabeça não parava de girar.

O caminho foi calmo e demorado, mas quando nos aproximamos da casa tinha diversos seguranças, tantos que não conseguia nem contar.

Eles estavam por todo lado, não quero nem pensar para que ele tem tantos desses.

- Olá, meu nome é Armando e eu vou cuidar do seu ferimento.

Só consegui concordar e ele me guiou até um quarto, meu corpo começou a tremer e a suar frio, minha cabeça girou tão rápido que me segurei ao batente da porta para não cair.

- Está tudo bem? - Arthur me olha preocupado, me puxando para perto de si.

- Pode chamar a minha mãe, por favor?

- Ela está dormindo Aurora, por conta do remédio ela não vai acordar nem tão cedo.

- Merda - fechei os olhos e contei até 10 tentando acalmar meu corpo e mente.

- O que foi amor? O que está sentindo? - ele segurou minhas mãos entre os dedos - sua mão está gelada.

- Arthur, eu estou com medo - não consegui segurar as lágrimas e me agarrei a ele - eu não quero sentir mais dor.

- Eu fico com você, pode ser? - ele falou acariciando meu cabelo, assenti e respirei fundo antes de sair do seu abraço - vamos juntos.

Ele segurou a minha mão e e me acompanhou para dentro do quarto, me sentei na maca como o médico pediu e ele ficou em pé ao meu lado.

O médico começou a tirar o curativo e meu coração foi acelerando, tanto pela dor, tanto pelo medo.

- Agora vou aplicar a anestesia para poder refazer os pontos - tentei me levantar para poder correr para longe, mas Arthur me segurou me mantendo firme ali.

- Por favor - olhei para ele chorando.

- Calma, eu estou aqui com você - ele me abraçou de lado, deixando meu ombro livre - nunca vou te deixar sozinha, vai ser bem rápido, eu prometo.

Permaneci ali e senti uma picada em meu ombro, soltei um gemido abafado e me mantive nos braços dele.

Depois disso não senti mais dor nenhuma, só sentia minha pele sendo repuxada, mas dor não.

- Prontinho - olhei para o meu ombro que já estava com um pequeno curativo - tome bastante cuidado, e descanse bastante para poder se recuperar rápido.

- Obrigada Doutor - sorri para ele que abriu um sorriso contente para mim.

Ele saiu do quarto e o Arthur me mostrou os principais lugares da casa, porque não aguento andar muito, fico muito cansada.

Ele me levou até o quarto que a partir de hoje é meu e se retirou, decidi ligar para Verônica.

- Oi amora - ouvir a sua voz me deixa tão feliz.

- Oi Vê - me aproximei da janela vendo os seguranças mudando de turno.

- Está tudo bem? Como foi a viagem?

Desejo Imprevisível - será que esse amor sobreviverá depois da verdade? Where stories live. Discover now