Capítulo 39

219 40 7
                                    

Meu celular começa a vibrar, xingo mentalmente quando vejo que é Calebe.

- O que foi dessa vez? - paro olhando a cidade pela janela.

- A garota estava roubando, queria fugir com uma bolsa de dinheiro, já mandamos ir até a casa dela e trazer a mãe dela que deve estar envolvida.

- Ótimo, já estou indo.

- Ok.

Calebe não sabe que estou aqui então ele acha que vai resolver sozinho, mas vou o mais rápido que posso para a boate.

Quando chego um dos seguranças vai chamar o Calebe e quando ele entra está arrastando uma garota pelos cabelos.

Ela reclama com alguns sons abafados e minha raiva ferve.

Quando a joga no canto da sala, chuta a sua barriga e escuto um som abafado sair da sua boca, ela fica deitada encolhida perto da parede e seu cabelo tampa todo o seu rosto.

Que porra, já falei para o Cabele que não quero agressão contra as mulheres aqui, não importa o que elas façam.

- Para com essa porra, Calebe - falo alto me virando para ele.

- Ela está te roubando, eu estava resolvendo o problema - me aproximo mais dele.

- Sem agressão, quantas vezes tenho que repetir que não é para bater em mulher nenhuma aqui dentro, porra - dou um soco no seu rosto e ele geme colocando a mão no nariz que começou a sangrar.

- Você não tem direito de me dar um soco - ele fala aumentando o tom de voz.

- Eu mando nessa porra, eu faço o que eu quiser - viro quando vejo a menina se mexendo.

- Não se atreva a olhar para mim - falo voltando para a minha mesa - por que você achou que iria conseguir me roubar? - falo olhando para o corpo dela jogado no chão.

Espero um pouco e ela nem se mexe, Calebe deve ter acabado com ela antes de trazê-la até aqui.

- Estou te perguntando porra, então me responda - bato com a arma na mesa e escuto o Calebe rir.

Vejo ela se mexendo, e ela se senta, com muito cabelo por cima do rosto, molhado com o que eu acredito ser sangue. Ela se senta encostada na parede que fica manchada de sangue.

- Porque vocês são uns filhos da puta de merda - ela grita com uma voz falhada.

Sinto uma raiva crescer dentro de mim, me rouba e ainda quer vir me xingar??? Vai se fuder

E para finalizar ela levanta o rosto na minha direção, ela com certeza viu o meu rosto.

Puta que pariu.

Quando percebi já tinha disparado a arma, porra, minha intenção não era matar ela, mas que se foda também.

- O que é pra fazer com ela, Arthur? - Calebe fala se aproximando.

- Eu vou dar um jeito, agora sai daqui, porra - bato com a arma mais uma vez na mesa, que merda, apontei para a porta ainda com a arma na mão.

Sento na minha cadeira, encho o meu copo com whisky e viro tudo de uma vez.

Que porra.

Xingo em voz alta, agora vou ter que sumir com o corpo dessa mulher, que merda do caralho.

- Arthur - escuto uma voz baixa, rouca e lenta, que porra é essa? Como essa mulher sabe o meu nome?

Me levanto e olho o seu corpo que agora tem uma poça grande de sangue, encolhida, os cabelos cobrindo toda a sua cabeça e o seu braço esticado para cima.

Desejo Imprevisível - será que esse amor sobreviverá depois da verdade? Où les histoires vivent. Découvrez maintenant