Capítulo 41

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Não consigo parar de andar em círculos e roer todas as unhas, o nervosismo me consome.

Irei sentir muita falta da Aurora e o meu maior medo é que dê tudo errado, com esse pensamento consigo ficar mais nervosa do que já estava.

Decidi ligar para Alice para tentar me acalmar.

- Pode falar, Verônica - as vezes essa mulher me assusta.

- Estou nervosa, tem certeza de que dará certo? - não consigo parar nem por um segundo.

- Fica tranquila, vai dar tudo certo - não adiantou muito as suas palavras pois continuo nervosa.

- Tudo bem então, obrigada - antes de desligar a ligação a sua voz me chama atenção.

- Espera, qual é o nome do namorado da Aurora? - por que ela quer saber dele?

- Arthur, por quê? - parei por um segundo e consegui ver meu remédio encima da minha mesa de estudos.

- Sobrenome?

- Não tenho nem ideia, mas por que quer saber sobre ele? - caminhei andando até o frasco.

- Nada, só estou pesquisando umas coisas.

- Aurora pediu para deixar ele de fora, ele não sabe de nada, então nem perca o seu tempo.

- Ok, já estou indo encontrar ela, até daqui a pouco.

- Até - desliguei e coloquei o celular sobre a mesa.

Decide tomar um dos comprimidos, sempre que tenho crises como essa eu tomo algum medicamento para me acalmar.

Tomei apenas metade para conseguir me manter bem caso eu tenha que resolver alguma coisa.

Me deitei na cama minutos depois e me sentir mais calma, fechei um pouco os olhos cansada depois de todo esse nervosismo.

Me levanto apressada quando escuto meu celular tocar, meu coração se aperta no peito antes mesmo que eu o toque, Aurora, atendo o mais rápido que consigo.

- Oi amora - escuto solucos de choro do outro nado da linha, puta que pariu.

- Tira a minha mãe daqui, por favor, não deixa ninguém tocar nela - não pode ter dado errado.

- O que está acontecendo, Aurora? - grito já ajoelhada no chão.

- Só tira ela daqui, me promete?

- Porra, isso não pode estar acontecendo, puta que pariu - falo tirando o celular de perto do ouvido -  Mas e você?

- Eu vou dar um jeito, mas tira ela daqui, me promete isso - começo a chorar, não posso permitir que algo aconteça com ela.

- Eu prometo, Aurora, por favor.... - antes que eu continuasse a falar ela me corta.

- Eu te amo, fala para minha mãe que eu a amo muito e para Arthur e para minha tia tbm, por favor - não, não, não, não pode ser.

- Aurora, por favor - grito e antes que eu consiga dizer o que quero ela desliga, grito jogada no chão do meu quarto, não pode ser, não pode ser.

Me levanto o mais rápido que posso, mais ainda estou zonsa pelo remédio, corro até o andar de baixo que está vazio, quando começo a ir em direção ao escritório do meu pai escuto alguém bater na porta.

Continuo andando, fingindo ignorar mas as batidas passam a ser mais rápidas e penso que pode ser Beatriz então corro para a porta e quando a abro vejo Alice.

Desejo Imprevisível - será que esse amor sobreviverá depois da verdade? Where stories live. Discover now