Capítulo 33

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- Obrigada pela carona - falei assim que ela parou o carro em frente ao apartamento de Arthur.

- Uau - ela inclinou o corpo sobre o volante olhando para cima atraves do vidro do carro - seu namorado mora aqui? 

- Sim - admiti constrangida pela forma em que seus olhos me observam.

- Quem é ele? - meu celular vibrou e senti um alívio me percorrer por conseguir fugir dessa conversa.

- Desculpa, tenho que atender - balancei o celular em frente ao corpo forçando o meu melhor sorriso e já abrindo a porta do carro.

- Vou esperar a sua ligação - assenti com movimentos rápidos e me distanciei depressa.

- Oi Vê, pode falar.

- Só queria saber se tinha chegado bem.

- Sim e obrigada pela ajuda.

- Tudo bem, vai na escola hoje né? É o último dia de aula.

- Claro, não posso faltar nem um dia - entrei no elevador e apertei o botão do ultimo andar, que precisa que o Arthur libere para subir.

- A é, esqueci que você é a menina mais estudiosa da escola - ela falou em um tom debochado.

- Para de ser chata, agora tenho que desligar, nos vemos depois.

- Beijoooo - afastei o celular do ouvido quase ficando surda com o seu grito.

- Oi amor - Arthur está parado em frente a porta do elevador apenas com uma calça jeans escura e um copo de whisky na mão. 

- Oi, está bebendo a essa hora? - apontei para o seu copo e ele olhou como se tivesse esquecido que o copo estava na sua mão esse tempo todo.

- Tive que me manter acordado de alguma forma - ele virou o resto da bebida entre os lábios e se aproximou para segurar minha mão.

- Muito trabalho? - senti o calor do seu corpo me esquentar assim que ele enrolou os braços na minha cintura.

- Bastante, mas esquece isso - ele olhou para o relógio em seu pulso esquerdo - já está na hora de você se arrumar para a escola, vai tomar banho que eu vou fazer uns waffes para você comer - ele passou os dedos no meu cabelo enquanto olhava nos meus olhos.

- Quando que vou ter a oportunidade de fazer algo para você? Você faz tudo para mim e eu nunca tenho tempo de cozinhar para você.

- Não se preocupe com isso amor, agora vai tomar banho se não vamos ter que ir em alta velocidade de novo - ele sorriu para mim e deu um tapa estalado na minha bunda quando virei para subir a escada, soltei um grito assustado e subi as escadas correndo enquanto ouvia a sua gargalhada.

Depois de tomar um banho bem quente desci já arrumada e a mesa já estava pronta com waffes, bolo, frutas, suco e café.

Mas Arthur não estava lá, então me aproximei do seu escritório.

- Você não consegue resolver nada, eu sempre tenho que me virar com tudo nessa porra, não te contratei para não fazer nada.

Me assustei, nunca o vi estressado assim, e sem nem perceber continuei me aproximando até conseguir vê-lo de costas, seus músculos tensos, com outro copo de whisky na mão e um cigarro entre os dedos enquanto sua outra mão segura seu celular na orelha, ele aproxima o cigarro dos lábios traga e em seguida toma um longe gole do seu whisky.

Ele se vira para o lado e percebe a minha presença, suas sobrancelhas franzidas e o maxilar travado se desfazem mas antes que ele tentasse se aproximar eu corro de volta para a cozinha.

Desejo Imprevisível - será que esse amor sobreviverá depois da verdade? Onde histórias criam vida. Descubra agora