Capítulo 39

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100 mil leituras🥵♥️
Vocês são demais🙏🏽 Obrigada ♥️

Antonella

— Como ele está? — pergunto assim que entro no carro de Luigi que veio até a estação para me encontrar.

— Graças a Deus, e contra todas as expectativas Lorenzo continua vivo, em coma, mas vivo. — fecho os olhos e agradeço a Deus ao ouvir essas palavras.

— Preciso vê-lo.

— Tudo bem. Vamos deixar suas coisas e levar Graziela e vamos — diz me olhando mas logo volta sua atenção para a estrada — Mas e aí, está tudo bem com você?

— Está sim. — digo automaticamente, mas me lembro do que aconteceu com os russos — Na verdade... — suspiro — Os Russos vieram atrás de mim, o tal Mikhail me manteve em cárcere — Luigi freia bruscamente e agradeço a Deus por estarmos os dois com nossos cintos de segurança.

— O quê? Eles te machucaram? Por que não me falou antes?

— Estou bem, eles não fizeram nada. — suspiro — o tal Mikhail me falou umas coisas sobre Lorenzo e me deixou sair, mas não é o momento para pensar nisso — Luigi concorda com a cabeça e volta a dirigir.

— Você acha que os russos sabotaram o helicóptero? — pergunto depois de um tempo em silêncio. Mesmo  com Mikhail dizendo que não quer Lorenzo morto, não confio nele e em nenhum deles.

— Não sei. Seria difícil eles terem acesso a ele, mas tudo é possível e ninguém é completamente confiável, e se foram eles, foi com ajuda de dentro. Mas as investigações indicaram um problema técnico no motor que é comum em helicópteros daquele tipo e um dos responsáveis confessou que falhou a manutenção e quase ninguém sabia que Lorenzo usaria naquele dia — ele suspira. — Então se eles não confessarem, nunca saberemos — termina.

Não digo mais nada. E fazemos o resto do caminho em silêncio. Luigi parece pensativo. Mas com tudo que está acontecendo, quem não está.
Mas algo me diz que ele sabe de tudo, ou quase tudo. Se Lorenzo realmente matou meu pai, ele sabe.
Mas não quero pergunta-lo, não sei se a resposta for positiva eu ainda irei ver Lorenzo no hospital, e se eu não for e ele morrer eu nunca me perdoaria.

Quando descemos, Grazi vem correndo em nossa direcção, especificamente na direcção de Luigi e o abraça.

— Você demorou, quero ver meu irmão — disse com a voz fraca. Com certeza ela chorou por horas.

— Vou guardar as coisas da Antonella e vamos — ela concorda e Luigi sai com a mala de mão que é minha única bagagem além da bolsa, mas essa eu levarei ao hospital.

Grazi não olha para mim em nenhum momento. Me pergunto se é só por ela estar nervosa e com medo pelo irmão ou se de alguma forma ela me culpa.

— Oi?? — arrisco e ela se vira em minha direcção pela primeira vez. Não responde, apenas força um sorriso simpático.

Quando Luigi volta, diz que vamos usar outro carro, concordamos e Grazi é a primeira a entrar no banco traseiro do mesmo. Com certeza ela não está afim de conversa com ninguém.

Antes de ligar o carro, Luigi me olha.

— O que quer que eles tenham te falado, saiba que Lorenzo ama você. Ele já falhou, mas faria tudo por você. — diz baixo. Sorrio em resposta, mas não digo nada.

[...]

Na recepção, conseguimos nossos cartões de visitantes, Luigi pergunta se queremos conversar com os médicos ou ver ele primeiro. Grazi e eu concordamos que queremos ver Lorenzo.

Então, vamos até ao quarto cinco andares a cima, onde uma enfermeira diz que deve ser um visitante por vez, porque eles acreditam que os pacientes em coma podem ouvir sons do exterior e não querem lhes causar confusão, principalmente para o caso de Lorenzo que indica danos cerebrais.

— Deixe Antonella entrar primeiro — Luigi diz a Graziella que assente.

— Obrigada — ela apenas sorri, continua me ignorado com educação.

A enfermeira abre a porta do quarto para mim e sorri ao fecha-lá e nos deixar em lados opostos do mesmo.
Antes de dar o primeiro passo, analiso o lugar.
Não parece com os quartos de hospitais padrão. Ele não é só branco, tem uma mistura de azul, cinza e branco. Tem um janela enorme, com cortinas sofisticadas. Do outro lado a parede tem dois quadros, os dois são muito bonitos e estranhamente acalmastes. De um lado da cama que tem o dobro do tamanho das camas normais de hospitais, tem uma cabeceira com flores, um jarro de água e um copo. Do outro lado está uma máquina dessas de hospital, com várias linhas, números, e desenhos que não consigo entender, e ele está ligado a ele por um monte de fios.
E quase em frente a cama, tem um sofá de dois lugares que com certeza é mais carro que o da minha casa.

Quando finalmente consigo dar o primeiro passo, e depois mais um, outro e outro, consigo finalmente ver Lorenzo de perto.
Ele está com o rosto todo machucado. Com um curativo acima do olho esquerdo e outro no queixo.

Engulo em seco e afasto a coberta para pegar sua mão., que tal como o rosto está com alguns arranhões.
Me abaixo para ficar próximo ao ouvido dele.

— Eu te amo Lorenzo. — é o único que consigo dizer.

Obsessão De Um Mafioso Onde as histórias ganham vida. Descobre agora