Capítulo 19

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Voltamos!❣️
Sejam bem-vindos de volta...
E me perdoem pelo sumiço de quase um ano.! Precisava me focar mais na minha vida acadêmica.

Lorenzo

— Senhor Marchetti, só mais uma pergunta....

A mulher diz e isso me faz fechar os olhos e respirar fundo.
Juro que estou tentando ao máximo ser paciente. Mas essas pessoas acabariam com a paciência de qualquer um. E não estou sendo dramático.

Mas preciso sorrir e fingir que me agrada responder a esse monte de perguntas idiotas.
De nada vale fazer um evento beneficente e ser visto como um homem arrogante e mal educado. Não que eu não seja visto assim, mas enfim, preciso manter a pose.

— E a mulher que o acompanhou hoje? Significa que Nina De Angelis ficou mesmo no passado? — um outro repórter pergunta e quase enfia o microfone na minha boca. Desta vez não consigo disfarçar, deixo-os ver perfeitamente quando reviro os olhos irritado.

— A mulher que chegou comigo é minha namorada — digo com um falso sorriso.

Vejo Luigi atropelar os repórteres com o rosto nada bom. Parece que ele viu um fantasma e isso assusta mais a mim.

— Preciso roubar ele agora — Luigi diz e sai me empurrando.

Quando finalmente chegamos em um local mais calmo olho para Luigi esperando que ele solte a bomba.

— Fala de uma vez — rosno.

— Antonella e a madrinha se encontraram — ele suspira — Ela disse o sobrenome quando se apresentou!

— Merda! — digo com os punhos cerrados e agora estou tão agitado quanto Luigi.

— O que fazemos? — Luigi me olha e isso me irrita. Eu não sei o que fazer. Acho que planejei tudo, mas não esse momento. Sei que a madrinha não vai receber muito bem essa informação e que ela fará de tudo para me convencer a deixar Antonella.

— Não sei. Eu não sei de merda nenhuma agora — passo minha mão pelo meu cabelo, deixando-o totalmente bagunçado e me arrependo logo em seguida.

— Você precisa contar isso para madrinha. Ainda hoje. Se não ela descobre por conta própria — reviro os olhos.

_ Vamos voltar para lá dentro — digo apontando para a porta que nos separa de onde todos, ou quase todos, estão.  — Eu sou o capo! Não preciso contar merda nenhuma a ninguém. Não preciso de consentimento, não preciso de aprovação.

Luigi nega com a cabeça mas não diz nada. Ele sai na frente mas vou logo atrás para não ter que deixar Antonella mais tempo sozinha. Ou melhor, com a madrinha.

[...]

— Senti sua falta — Antonella diz próximo ao meu ouvido logo depois que me sento ao seu lado.

— Estou aqui, só pra você — digo levando minha mão até sua coxa debaixo da mesa. E ela me olha mordendo o lábio, mas para envergonhada quando vê a madrinha olhando para ambos com uma cara nada boa.

— O quê? — pergunto olhando para a mulher que sei que já montou tudo em sua cabeça.

— Precisamos conversar Lorenzo! — é, ela já sabe e agora quer confrontar.

— Talvez amanhã, preciso levar as meninas para casa cedo hoje — digo me referindo a Antonella e Grazi.

— Tudo bem, nos vemos amanhã, no trabalho — a palavra "trabalho" é pronunciada como uma ameaça! Merda, ela sabe de tudo! Porque diabos essa mulher tinha que ser assim tão esperta.

Respiro fundo e vejo as perguntas no rosto confuso de Antonella.
E assim segue a noite. Com olhares que dizem mais que palavras e palavras que recusam a ser colocadas para fora, todos sabendo o que elas querem dizer.

[...]

Nada anormal aconteceu no resto da noite. Madrinha saiu um pouco mais cedo e Antonella e eu pudemos ficar mais a vontade.

Mas agora, Antonella deseja boa noite para Grazi que entra em seu quarto e sei que daqui para frente terei que responder um monte de pergunta. E infelizmente terei que mentir.
Não posso contar a verdade. Não posso correr o risco de perder a mulher da minha vida.
Sei que ela não vai entender o que fiz.
Talvez ela não entenda que independentemente de tudo eu a amo com todo o meu coração e não consigo pensar numa vida em que não a tenha.

— Lorenzo...

— Eu — respondo olhando para ela.

— Porque a madrinha estava estranha comigo a noite inteira?

— Ela... — sou interrompido.

— Na verdade, ela não ficou estranha a noite inteira, foi só depois que ela ouviu meu nome. Como se ela me conhecesse.

— Amor não se preocupe com isso. Deve ter sido só impressão sua. A madrinha é uma boa mulher, mas ela leva um tempo a aprovar as minhas namoradas, sabe. Ela me vê como um filho.

— Humm — ela diz enquanto se posiciona a minha frente para que eu abra o zíper do seu vestido. — Ela gosta da Nina?

— O quê? Não, claro que não.

Antonella tenta se afastar, mas levo minhas mãos para suas costas nuas. Lentamente, passo meus dedos  e sinto sua pele se arrepiar.

— Você está maravilhosa — digo e sem pensar duas vezes deposito vários beijos molhados em suas costas descendo até sua bunda.

— Ai Lorenzo...

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Obsessão De Um Mafioso Onde as histórias ganham vida. Descobre agora