030 | BRATZ & HACKER.

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Lembra quando eu disse que não acreditava em uma palavra do que a Valerie disse sobre nunca mais transar? Pois eu estava certa

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Lembra quando eu disse que não acreditava em uma palavra do que a Valerie disse sobre nunca mais transar? Pois eu estava certa. A acompanhei do seu lado –literalmente– o resultado do teste de gravidez e para a sua, nossa sorte deu negativo. Eu nunca respirei tão aliviada nesse dia, parecia que era eu com uma quase gravidez. E agora, a loira está com um fogo tremendo nessa festa, dada por Powell, e dizendo que precisa transar para amenizar toda aquela tensão que ela passou.

Enquanto beberico no meu copo e observo as pessoas dançando, inclusive minha melhor amiga, Hacker, Liebregts e os outros meninos, penso como irei voltar pra casa, já que eu fugi para vir à festa e minha mãe vai me matar quando eu chegar. Nunca fui disso e a mais velha está estranhando completamente o meu comportamento, ela não autorizou a minha vinda por eu estar muito "rebelde" e ainda sim eu estou aqui. Estou cansada, sabe? Não irei viver só pra arrumar a casa que eles bagunçam e ter o meu corpo servido para o marido dela passar a mão.

Respiro fundo ao pensar na última frase pensada e entornei todo o líquido do copo em minha garganta. Quando abro os meus olhos, o Vinnie está em minha frente. Tomo um susto.

━━━ Porra, precisa surgir assim? ━━━ questiono, com a mão no peito. Ele riu e segurou a minha mão, me puxando para a pista de dança improvisada na casa do Powell.

━━━ Você está numa festa, não se deve ficar parada como se fosse a decoração. ━━━ comentou. ━━━ mas se você, seria a mais linda dessa porra! ━━━ concluí e me arranca um sorriso idiota.

Hacker, gira o meu corpo e entrelaça os nossos dedos, levando as nossas mãos grudadas para cima de nossas cabeças. Começamos a movimentar o corpo em sincronia junto a música, o seu rosto está colado ao lado do meu e sua boca próxima ao meu ouvido, fazendo-me escutar sua respiração. Ela solta a nossa mão esquerda e me gira com a direita, colocando a mão livre na minha cintura e puxando o meu corpo para um seu num movimento ágil.

Seus dedos tiram os cabelos do meu ombro, jogando para trás e retirando os fios grudados em meu pescoço, o seu olhar se encontra com o meu e os nossos corpos continuam se movimentando em sincronia com a música no fundo. Um sorriso se forma vergonhoso em seus lábios, assim como nos meus. Os olhares são quebrados quando a música se encerra e uma música eletrônica é colocada, da qual não se dança colados.

Não sei o que foi isso, mas me perdi por alguns minutos em seus maravilhosos olhos. Não sei nem explicar o que eu senti com esses poucos minutos, que pareceram horas, em seus braços e com os olhos vidrados nos seus.

Vinnie, como sempre, me fez esquecer de tudo.

Respiro fundo e me afasto do loiro, avisando que irei pegar mais uma bebida e um novo copo, já que ele fez questão de jogá-lo em um lugar qualquer desse chão. Tenho pena do dono dessa casa.

Encho o meu corpo de vodka e mais uma bebida para misturar, e vou dando pequenos goles enquanto entra na mansão do Powell –essa casa dá três da minha–, preciso urgentemente ir ao banheiro. Deixo o copo na pia e levanto a minha saia, baixando a minha calcinha e notando que a mesma está um pouquinho molhada, isso tudo graças ao maldito (bendito) Vincent Hacker. Termino de fazer minhas necessidades e saio do banheiro com o copo em minhas mãos após lavá-las.

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