xxxiv. treasure hunt

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oi!

eu juro que comecei a escrever esse capítulo em dezembro, assim que postei o último… mas janeiro foi um inferno e fevereiro só tem 28 dias, então…

eu espero que vocês gostem! obrigada pelo apoio e pelas 100k de visualizações. eu demorei um pouco para chegar até aqui, embora hoje me sinta satisfeita, na medida do possível, com o andamento da história.

um beijão, amo vcs e não esqueçam de comentar, pf 🙏🙏🙏🙏🙏

Em diversos momentos desde que descobriu sua gravidez, Harry achou que não poderia se sentir mais inchado e cheio, como quando fazia longas caminhadas ou se esforçava em tarefas diárias sem se dar conta que depois sofreria com a sensação de ter sido atropelado por uma jamanta em todo o seu corpo. No entanto, nenhuma dessas ocasiões se assemelhava minimamente a quando adentrou a 35ª semana de gestação. 

Em um mês — ou quatro semanas, como era a contagem —, de acordo com sua obstetra, eles poderiam estar fazendo o agendamento da cesariana, porque o bebê estaria prontinho para conhecer o mundo. 

Estava sendo uma fase bastante delicada, repleta de ansiedade e pensamentos conflitantes e por mais que se sentisse acolhido por toda a família e principalmente Louis, ele tinha certeza de sua culpa nos fios de cabelo branco que surgiram na cabeça de sua terapeuta. 

Ele se sentia frequentemente indisposto e até formular sentenças parecia demandar muito de sua energia, por isso, em alguns momentos se fechava tanto que só conseguia reagir quando Louis se sentava com as costas encostadas na dele, ambos no centro da cama, e servia de apoio para uma rápida ginástica que conseguia relaxar todos os seus músculos.

Muita conversa precisou rolar antes que eles começassem a remanejar toda a decoração do quarto do bebê para o quarto do casal e começassem a repensar no local que logo receberia Daisy e Phoebe. Foram dias estressantes que quebraram com toda uma expectativa altíssima sobre o quartinho desfeito e, no fundo, quando tudo se ajustou, ele percebeu que sofreu por algo que não era imutável e que seria muito importante para que as duas garotinhas se sentissem em casa, mesmo tão longe dos pais. 

Doris foi muito solícita aceitando as duas em seu apartamento e se encarregando de ajudar em todo o processo, entendendo que o tempo de Louis se dividia basicamente para Harry e suas demandas e o trabalho. Ela encontrou uma professora com boas referências para acompanhar o ensino das meninas em casa, pelo menos enquanto elas não tinham o suporte necessário para iniciar em uma escola totalmente nova no meio do ano letivo, e preparou toda uma programação para que pudessem se divertir com as atrações da cidade, que envolviam cultura, brincadeiras e muitos, muitos sorrisos. 

À noite, todos jantavam juntos no quintal da casa do casal, que tinha sido enfeitado com luzinhas coloridas e balanços. Harry fazia questão de preparar uma comida fresca e deliciosa, que quase sempre envolvia cores e texturas diversas. Por sorte, as duas comiam de tudo e não eram resistentes a novos ingredientes, o que tornava as coisas divertidas quando elas soltavam comentários sobre ervilhas e purê de cenoura.

Louis se aproximava das duas irmãs cada vez mais, sempre trazendo livros, cadernos de pintura ou novas decorações para que elas pudessem colocar nos nichos pendurados nas paredes do quarto. A conversa ia fluindo e tomando forma aos poucos e, até então, elas pareciam bem com a ideia de que logo morariam ali com os três. 

Poucas vezes trouxeram os pais à tona ou citaram a vida que costumavam ter, porque tudo na cidade era muito novo e a maneira como era apresentado contribuía para que todos os dias fossem mágicos. Os pais de Harry ajudavam muito nessa parte, entusiasmados com o contato que há algum tempo deixaram de ter com pré-adolescentes. 

aneurysm • lwt+hesOnde as histórias ganham vida. Descobre agora