xxiv. he has my heart in his hands

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A reprise de um jogo de basquete e uma long neck entretinham Louis enquanto ele esperava pacientemente por Harry, que terminava de se arrumar no andar de cima. Eles haviam sido convidados com antecedência para uma comemoração cedida por Himmers e sua — agora — esposa em um pub no centro, e resolveram concordar de momento porque seria a primeira vez depois de dois anos, após toda a sucessão de acontecimentos, que Harry teria acesso à bebidas alcoólicas e um ambiente mais festivo.

O problema em torno da antecedência é que eles viviam tão colados e aproveitando todo o tempo que tinham juntos, que acabaram deixando a ideia do evento totalmente de lado. Teriam até faltado se não fosse por Niall, que ligou todo animado perguntando sobre suas expectativas para a noite quando Harry tinha acabado de cochilar e Louis estava arrumando a bagunça que fizeram antes de seguir pelo mesmo caminho.

Harry foi obrigado a sair do mundo dos sonhos para ser questionado se ainda queria ir e surpreendeu o mais velho ao levantar apressado e bem-disposto para começar a se vestir. Após confirmar presença e terminar a ligação, Louis caminhou nada acelerado para o quarto para começar a se preparar também.

O monopólio que Harry fazia no quarto era cômico. Ele conseguia dominar tudo ao mesmo tempo e com direito a biquinho e uma expressão frustrada quando Louis ficava na frente ou tentava pegar qualquer peça no guarda-roupa. O médico estranhou quando começou a acontecer, já que o quarto foi apenas seu por muito tempo, no entanto, passou a normalizar e até a achar a situação engraçada, porque tudo se justificava pela forma como Harry ficava feliz e saltitante depois de se arrumar sem ser inibido e do jeitinho que mais amava.

No improviso, o médico conseguiu uma camiseta bonita, seus jeans e tênis habituais e um moletom para se proteger do frio e retornou para a sala, deixando Harry sozinho para fazer o que bem entendesse. No que pareceu uma eternidade depois, o mais alto se juntou a ele, finalmente pronto para ir.

— Estou bem? — Ele perguntou, se colocando na frente da televisão com as mãos na cintura.

Louis tirou todo o foco do jogo sem graça para analisá-lo. Ele vestia uma calça flare cor verde menta, Vans pretos, uma camisa de botões branca com girassóis estampados e um choker de couro sintético com uma argola de prata no meio.

E ok... aqueles olhos azuis estavam preparados para Harry com maquiagem, lábios coloridos e unhas pintadas, mas não com a porra de uma gargantilha como aquela.

— Lou? — Voltou a chamar, aturdido.

— Pelo amor, Harry, vem aqui — pediu com aflição para beijá-lo.

Harry se aproximou, acreditando por um momento que era por conta do jogo que estava sendo interrompido, e o médico o agarrou pela cintura para que ele sentasse em seu colo.

— Olhe para você... — sugeriu, olhando para baixo também.

— O que tem eu? — Passou os olhos por si mesmo para tentar identificar algum defeito.

— Eu não posso suportar todas as vezes que você desce por essas escadas e me surpreende — respondeu admirado, segurando-o por baixo da camisa, pela cintura, para ter certeza de que ele estava ali e não iria para lugar nenhum.

O médico avançou para a frente e roçou seus lábios nos do professor, que estavam banhados de gloss grudento e doce, nunca indo muito longe para não retirar o produto. A distância foi sanada pelo próprio Harry, que não aguentou a pressão de não ter aquela boca sobre a sua.

Os estalinhos de beijo se intensificaram por minutos a fio e o mais velho foi obrigado a cessar ao perceber que Harry se animava demais e eles estavam atrasados.

aneurysm • lwt+hesOnde as histórias ganham vida. Descobre agora