xxxvii. for every question why, you were my because

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exatamente dois meses depois, pois quem é vivo sempre aparece. fiquei meio sem rumo depois dos shows do louis em sp (ainda não retomei a ter vontade de viver sem ele por perto, inclusive).

saudades de vocês. não esqueçam de comentar, por favorzinho, ok!?

um beijão <3

A calma se instalou aos poucos no final do dia, quando Harry conseguiu tomar um banho relaxante e quente e organizar seus pensamentos enquanto Henry dormia.

A culpa que ocasionou toda aquela situação se dissipou aos poucos e, apesar de ainda sentir uma pontinha dela por ter ocasionado dor ao seu pequeno bebê, ele conseguiu aceitar bem a ideia de não ter feito de propósito.

Louis estava um pouco aéreo e após tomar seu próprio banho, passou um tempo com Henry, guardando seu sono com cautela. Era estranho que se sentisse um pouco distante dos dois, porque era Harry quem sempre estava tomando as rédeas quando se tratava do bebê e isso naturalmente o deixava em segundo plano.

Ele imaginava que não fosse fácil passar pela separação do parto e buscava validar todas as demandas que Harry trazia, embora soubesse que isso era também um reforçador para que eles se mantivessem naquele mesmo ritmo.

Olhar para o filho, no entanto, o fazia acreditar que, de alguma forma, tudo entraria nos eixos. Se o amor tivesse um rosto, seria idêntico àquele rostinho rechonchudo que ressonava baixinho.

Ele não via a hora de compartilhar essa sensação com o restante da família e Niall — que esteve presente na maioria dos momentos especiais de sua vida.

Depois que Harry retornou, garantindo que já estava descansado o suficiente, o médico se retirou para preparar uma janta reforçada para os dois. Ele sabia que o assunto viria à tona em algum momento próximo e se preparava para enfrentar o que poderia ser mais uma tempestade em copo d'água.

— Amor, o que você acha de jantar lá embaixo hoje? — Ele sugeriu, dando um sorriso. — Podemos colocar o Henry no bebê conforto por alguns minutinhos...

Para sua surpresa, o professor assentiu levemente, complementando: — Mas ele vai ficar no bebê conforto por quinze minutos no máximo.

— Como quiser — comemorou animado, deixando um beijinho na testa dos dois. — Quer escolher o que vamos comer?

— Não, pode ser o que você decidir — se absteve da decisão, se sentando na cama.

— Tudo bem, eu venho chamar vocês.

Ele desceu as escadas saltitante, abrindo todas as janelas do caminho e seguindo para a cozinha.

Preparou sem muita dificuldade um ensopado de legumes e grão de bico, arroz, torradas temperadas e uma torta de maçã para a sobremesa. Era simples e preferia manter dessa forma, porque era a primeira tentativa de jantar com Harry após a chegada de Henry.

Parecia bobo, mas significava muito para eles. Foi a forma como Louis o cuidou quando ele quis ir embora pela primeira vez e trazia também todas as particularidades da rotina que construíram ao longo dos anos juntos.

Com capricho, arrumou a mesa com a toalha mais bonita que eles tinham, além de retirar do fundo do armário os melhores pratos e talheres para a ocasião especial. Finalizou com uma jarra de suco natural de laranjas e apagou as luzes, já que era somente um romântico incurável e queria que seu zelo fosse encarado como uma adorável surpresa.

aneurysm • lwt+hesOnde as histórias ganham vida. Descobre agora