xxxvi. you mean the whole wide world to me

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por essa nem eu esperava

antes de tudo: eu simplesmente amo perinatalidade, então é uma das coisas que mais quero focar nessa reta final da história.

o harry está passando por um período chamado baby blues, que é muito comum no pós-parto, porque há uma espécie de separação entre mãe e bebê, além dos hormônios estralando, o que ocasiona sentimentos de tristeza, ambivalência, culpa, irritabilidade… enfim. é completamente normal até 2 semanas após o parto e a atenção da família/rede de apoio é muito necessária para que não evolua para uma depressão pós-parto ou qualquer outro nível de desajuste nessa fase de adaptação.

leiam tudo e compreendam em todos os momentos que ele parecer um chato insensível

mil beijos, espero que gostem e comentem, por favorrrrrrrrrrrr <3

Receber um bebê era, na mesma medida que descobrir um amor maior que o peito, uma loucura.

Depois de dois dias no ritmo hospital, ganhando atenção de toda a equipe que vinha checar se estava tudo bem e ganhando vários mimos nesse processo, Harry já não aguentava mais.

Apesar de todo o altruísmo, ele só queria um pouquinho de privacidade junto com seu bebê, queria conhecê-lo sem palpites de terceiros, aprender um pouco da rotina que viria a seguir, quando fossem só eles. Até mesmo a presença de Tracy o deixava um desconfortável, embora ela fosse a pessoa que mais o dava a sensação de controle sobre aquela situação.

Louis ficou lá todas aquelas quarenta e oito horas e, se saiu por algum instante, foi enquanto eles dormiam ou não estavam prestando atenção. O fato de ele ter levado um bloquinho para anotar as coisas que diziam e ter mais respaldo quando fossem para casa fez Harry gargalhar, porque ele com certeza tinha noção daquele universo, mas também estava aberto às experiências das outras pessoas. 

Assim que receberam a tão esperada alta, eles ajeitaram cuidadosamente todas as coisas que trouxeram e ganharam e foram até a recepção da maternidade, onde Anne e Robin os esperavam para uma carona para casa.

Harry ainda estava meio relutante com as pessoas ao redor e, em conjunto com a dor leve que sentia na região da barriga e a sensação de que em algum momento todos os seus órgãos cairiam para fora, não conseguiu esconder muito bem a expressão fechada em seu rosto quando encontrou os pais.

Eles sorriram, tentando desviar um pouco da situação, dizendo que estavam com saudade dele e que o bebê era lindo, sem demonstrarem muita proximidade por ora. Louis havia preparado-os anteriormente, explicando que a forma como Harry estava lidando era natural e que seria assim por um tempo.

— Nós viemos na minivan e montamos a cadeirinha — Robin disse, tentando quebrar o gelo. — Agora o trânsito está bem tranquilo, então vamos devagarinho para não assustá-lo.

— Obrigado, pai — Harry conseguiu dizer, balançando o bebê que dormia. — Obrigado a todos por permanecerem aqui comigo.

— Oh, meu amor, nós estivemos aqui todos esses dias — Anne garantiu, se derretendo com a fala dele. Quando ele e a irmã nasceram, ela agia exatamente da mesma forma, tentando fornecer a proteção necessária aos seus pequenos nenéns. — Você não está sozinho, nós somos sua família.

Dentro do carro, o bebê conforto estava instalado atrás do assento do motorista e, enquanto Harry acomodava Henry no espaço, Louis guardava as bolsas no porta-malas.

aneurysm • lwt+hesOnde as histórias ganham vida. Descobre agora