Cap. 25: Sentimentos assustam.

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"Se apaixonar é fácil, difícil é ser correspondido."
- Mrysol

Meio de novembro

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Meio de novembro.
09:37hs; Paris.

Olhei meu reflexo no espelho e suspirei apreensiva.

Estava me arrumando para ir passear por Paris com Adam, porém eu não estava tão animada como eu queria. 

Desde que acordei e comecei a me recordar dos acontecimentos da noite passada, fiquei desconcertada com a possibilidade de eu estar certa. 

E se eu estivesse apaixonada por Adam?

Só posso estar louca. A poucos dias atrás eu odiava até mesmo quando falavam seu nome, e agora eu simplesmente estou apaixonada por ele? 

Isso é assustador. Sentimentos são assustadores na verdade. Se você não tomar cuidado com os pequenos detalhes, pode acabar sofrendo horrores.

E não era isso que eu queria; não quero sofrer nem mesmo fazer ninguém sofrer.

Mas eu certamente iria sair magoada dessa história, e se eu fosse a única apaixonada entre nós dois?

Não que eu esteja apaixonada de fato. É apenas uma hipótese…

Mas se eu não for correspondida? Se Adam, diferentemente de mim, tivesse conseguido separar sentimentos de uma relação casual? 

Eu preciso deixar meu medo e insegurança de lado e encarar de frente toda a situação. Se Adam também estiver apaixonado por mim, ótimo. Se não, não vai ser tão legal quanto a primeira opção, mas eu irei superar. 

A questão é que medo e insegurança são sentimentos assustadores; ou você vence eles ou será vencido.

Oh céus, eu estou tão ferrada.

-Linda, está tudo bem? - Escutei a voz rouca de Adam soar do outro lado da porta e percebi que estava a uns trinta minutos trancada no banheiro.

- Está, eu só tive um pequeno problema feminino. - Falei e escutei: "Ok!" vindo dele. Não menti ao menos. Eu realmente menstruei, mas esse não foi o motivo pelo qual eu fiquei presa aqui dentro. 

Terminei de arrumar meu cabelo, guardei todos os meus pertences e saí do banheiro. Fui em direção a minha mala e guardei minha necessaire dentro da mesma. 

- Está tudo bem? - Adam perguntou me encarando. Me virei para ele e sorri assentindo.

-Está sim, pode ficar despreocupado. - Ele se aproximou, pondo as mãos na minha cintura e beijando minha testa. - Nós vamos sair agora? - Perguntei.

- Ah sim. Quero aproveitar nossos últimos momentos em Paris. - Falou e eu fiz uma cara descontente.

-Ah nem me fale. Não quero voltar… - Lamentei e escutei sua risada.

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